Atingidos pelos Reflexos...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo !


Balanço

No passado trabalhei em algumas empresas onde nessa época do ano, tinha a função de fazer a contagem dos produtos estocados. O serviço consistia em separar todas as mercadorias, classificadas por códigos, confrontar com as entradas e saídas ocorridas no ano, e assim verificar se o saldo daquele item no estoque estava correto. Não existe outra maneira de se fazer essa conferência, os itens deviam ser contados um a um. Isso fazia com que ficássemos todos sujos, pois muitas vezes os itens a serem contados estavam fora de lugar, no meio de outros com códigos diferentes, sujos, empoeirados, esquecidos no estoque. É sem dúvida um trabalho chato e demorado, que exige muita atenção, porém necessário á toda empresa que queira saber sua real situação ao final do exercício.

É costume de algumas pessoas, também nessa época do ano, fazerem o que se convencionou em chamar-se de “Resoluções para o ano novo”. Apesar de pessoalmente acreditar que devamos fazer isso diariamente, creio que a idéia de estabelecer novas metas para nossas vidas é salutar em toda e qualquer época.

Nesse último dia do ano, estou tentando fazer o balanço que fazia nas empresas onde trabalhei, em minha vida pessoal . Quero verificar se tudo que tenho “estocado” dentro de mim, confere com aquilo que tenho adquirido ou se já não é algo do que já tenha me desfeito. Já verifiquei que há algumas coisas fora de ordem, outras “empoeiradas” que havia até me esquecido que as tinha, mas que tem muito valor. Há ainda outras , as quais já não deveriam mais estar aqui e muitas que preciso urgentemente providenciar para compor o “estoque”. Estou percebendo que vou gastar mais tempo para fazer isso do que imaginava, talvez até me “suje” um pouco por conta disso, mas é necessário. Preciso planejar melhor minha vida, ter um futuro certo, depositar minha esperança em resoluções que valham a pena. Preciso criar o hábito de aplicar aquilo que tenho aprendido de bom de forma prática e efetiva em minha vida e na vida das pessoas que estão á minha volta. Preciso me desfazer de certos hábitos que acredito me impedirem de atingir meus objetivos. Preciso fazer com que minha vida seja produtiva, de tal forma que os resultados do balanço no ano que vem superem todas as minhas expectativas... E nesse tempo de reflexão, lembro da palavra infalível de Deus, para que os meus (e também os seus) planos dêem certo...


Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vocês, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para dar a vocês um futuro e uma esperança. Então vocês me invocarão, e virão até mim , e falarão comigo, e eu ouvirei vocês. Vocês me buscarão, e me acharão, quando me buscarem de todo o vosso coração.( Jeremias 29:11-13)


Por que sem Mim...nada podeis fazer. (João 15:5)

Meus votos nesse novo ano que se inicia é de que todos nós possamos fazer esse balanço de fim de ano, verificar nossa real situação, e de posse dessas informações, traçar planos conforme os planos de Deus para nossas vidas.

UM FELIZ 2009 á todos os amigos ...

José B. Silva Junior

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL !

FELIZ NATAL Á TODOS !!! Que a PAZ...a verdadeira PAZ que só a redenção através de Jesus Cristo pode nos dar esteja presente no lar de todos que estão lendo essa mensagem ! Que a liberdade que esse Natal nos proporciona possa ser cantada por todos. !!!

Hoje sou livre...livre...Ele vive !!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Por que ?


Não me pergunte o motivo, mesmo porque não saberia explicar. Apesar de reconhecer minha propensão à racionalidade e procurar sempre o uso da capacidade cognitiva para justificar minhas ações, preciso reconhecer que não sou capaz de fazê-lo nesse momento. Deixo-me levar pelo sentimento...sentimento de tranqüilidade comigo mesmo, sentimento de poder agir segundo minhas convicções, sentimento de paz, descrito pelo apóstolo Paulo quando disse: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração”.

Sinto também que talvez algo devesse ser feito, falado ou escrito. Palavras que precisem chegar à algum lugar onde encontrem pelo menos uma reflexão. Palavras (ou gestos) que alguém talvez esteja esperando. Mas , o sentimento que prevalece, é o de ética, respeito e admiração que impedem qualquer literalidade, discurso ou ação que possam ferir esses sentimentos construídos ao longo de tantos anos.

Talvez esteja sendo egoísta, já pensei nisso...Mas quando você sente o perigo á sua volta, é natural, que pense em você. Preservar-se é o primeiro passo para não prejudicar à si mesmo, nem aqueles que você ama.

Há quase uma unanimidade na conclusão de que vivemos dias difíceis. Mas, o que na verdade têm nos ameaçado ? O que nos tem afligido ? Por que você não está plenamente satisfeito como (ou onde) está ? Alguém respondeu que a culpa é do sistema. E talvez seja mesmo esse o perigo que enfrentamos hoje e que traz tantas ameaças às nossas vidas.

Mas, o que esse sistema pode contra nós ? Ele vai conseguir diminuir-nos a ponto de negarmos nossas origens ? Como nos relacionamos com o sistema de modo que possamos não o servir sem pensar ? O que precisamos talvez, é aprender a viver neste tempo que se chama hoje, como verdadeiros seres humanos, racionais que somos. E isso, pode ser feito, quando nos mantemos fiéis aos nossos próprios ideais, rejeitando as exigências impessoais e impostas pelo sistema que nos pressiona. Ainda que sejamos bem sucedidos em nossos propósitos, pense um pouco: Que espécie de vida é essa ? Que tipo de sucesso é esse que o obrigou a nunca mais fazer nada do que quis e aprendeu em toda sua vida ? Quando você sentir que encontrou um caminho, que é por ali que deve ir, então mantenha-se firme no caminho que você escolheu, e não deixe ninguém desviá-lo dele.


José B. Silva Junior

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Perguntar não ofende...

Extraído do Site http://www.crerepensar.com.br/ do meu "xará" José Junior.

Perguntas Retóricas - Renato Fontes



Por Renato Fontes
Estive pensando em algumas coisas ao longo dos últimos anos e, de tão intrigado que fico com algumas delas, decidi colocar minhas indagações na forma de perguntas. Algumas das perguntas ouvi de outros, como a 4, a 5 e a 6, que aprendi com Juan Carlos Ortiz (do livro "O discípulo"), mas a maioria veio de experiência própria. Resolvi utilizar o mesmo estilo de argumentação de Philip Yancey, no seu livro "I was just wondering" ("Perguntas que precisam de respostas", editora Textus). Afinal, como diz o ditado, "perguntar não ofende"...Eu só queria saber:
1. Por que palavras como "paixão", "fogo", "glória", "poder" e "unção" vendem muito mais CDs do que "graça", "misericórdia" e "perdão"?
2. Por que aqueles que mais falam sobre "prosperidade" evitam sistematicamente textos como Tiago 2:5, I Timóteo 6:8 e Habacuque 3:17-18?
3. Por que se fala tanto em dízimo, defendendo-o com unhas e dentes, mas quase nada se fala sobre ter tudo em comum e outras coisas como "ajudar os domésticos na fé" e "não amar somente de palavra e de língua mas de fato e de verdade"? Em qual proporção a Bíblia fala de uma coisa e de outra?
4. Por que em Atos 4, quando os apóstolos foram presos, a igreja orou de forma tão diferente do que se ora hoje? Por que não aproveitaram a ocasião pra "amarrar o espírito de perseguição", pra "repreender a potestade de Roma", ou coisa semelhante?
5. Por que Atos 2:4 é muito mais citado como modelo do que era a igreja primitiva do que Atos 2:42?
6. Por que todo mundo sabe João 3:16 de cor, mas tão pouca gente sabe I João 3:16?
7. Por que 90% ou mais dos cânticos congregacionais modernos são na primeira pessoa do singular, quando a proporção nos salmos é muito menor?
8. Por que todo mundo aceita que Jesus curou e colheu espigas no sábado, aceita também que Deus ordenou que seu povo matasse vários povos rivais, mas se escandaliza absurdamente quando alguém diz que Raabe fez certo ao mentir para preservar duas vidas? O que vale mais, em situação de conflito, que um soldado pagão saiba a verdade ou a vida de dois homens? Será que se Raabe tivesse dito a verdade, teria sido elogiada em Hebreus 11?
9. Por que quase tudo que se vende numa livraria cristã foi produzido nos últimos 50 anos, se nosso legado é de 2.000 anos de História do Cristianismo? O que aconteceu com os outros 19 séculos e meio?
10. Por que tanta gente que acredita que a salvação é pela graça, ou seja, não é obtida sendo "bonzinho", paradoxalmente acredita que ela pode ser perdida sendo mau? Pode algo ganho sem mérito ser perdido por demérito?
11. Por que a Igreja é muito mais rigorosa com pecados sexuais como o homossexualismo do que com a gula ou a ganância? Aliás, por que em tantas igrejas a ganância nem é vista como pecado, mas como virtude, disfarçada com o nome de "prosperidade"?
12. Por que tantos evangélicos chamam seus líderes de "apóstolos", mas criticam os católicos por seguirem um líder chamado "papa"?
13. Por que, mesmo o Cristianismo crendo que o homem foi nomeado por Deus como o responsável pela criação, e que tudo que Deus criou é bom, são os esotéricos os que mais lutam pela defesa do meio-ambiente?
14. Por que, na maioria dos grupos de louvor no Brasil, não há espaço pra quem toca instrumentos brasileiros como o cavaquinho e o berimbau?
15. Por que todos os ritmos de origem na raça negra até hoje são considerados por alguns como diabólicos?
16. Por que alguém como Lair Ribeiro faria mais sucesso como pregador hoje do que, digamos, Francisco de Assis?
17. Por que se canta tanto sobre coisas tão etéreas como "rios de unção" e "chuvas de avivamento", ao passo que Jesus usava sempre figuras do cotidiano para ensinar, como sementes, pássaros e lírios?
18. Por que se amarra, todos os anos, tudo quanto é "espírito ruim" das cidades, fazendo marcha e tudo, mas as cidades continuam do mesmo jeito? Aliás, se os "espíritos ruins" já foram "amarrados" uma vez, por que todo ano eles precisam ser "amarrados" de novo?
19. Por que uma doutrina como o pré-tribulacionismo, que apregoa que Jesus vai tirar a igreja da reta de qualquer sofrimento ou perseguição, não faz sucesso algum na China, no Irã ou na Indonésia? Aliás, por que ela fazia tanto sucesso na China pré-comunista, e depois declinou por lá?
20. Por que se canta todos os dias "Hoje o meu milagre vai chegar"? Afinal, ele não chega nunca? Que dia está sendo chamado de "hoje"?
21. Por que Jó não cantou "restitui, eu quero de volta o que é meu", nem declarou ou amarrou nada, muito menos participou de "campanha de libertação" quando perdeu tudo?
22. Por que tanta gente acredita que a terra e o universo foram criados há 6 mil anos, interpretando Gênesis 1 literalmente, mas esses mesmos nunca dizem que o sol gira em torno da terra, interpretando literalmente Josué 10, tampouco dizem que a terra é retangular, interpretando literalmente a expressão bíblica "os quatro cantos da terra"?
23. Por que nós nunca vamos ao médico e pedimos, "doutor, dá pra queimar essa enfermidade pra mim por favor"? Por que então se ora pedindo isso pra Deus? Seria correto orar assim pra Deus curar alguém enfermo por causa de queimadura?
24. Por que não se faz um mega-evento evangélico, desses que reúnem um milhão de pessoas ou mais, pra fazer um mutirão para distribuir alimentos aos pobres ou ainda para recolher o lixo da cidade? Aliás, por que se emporcalha tanto as cidades com óleo e outras coisas nos tais "atos proféticos"? Não seria um melhor testemunho limpá-la ao invés de sujá-la?
25. Por que as rádios evangélicas tocam tanta coisa produzida por gravadoras ricas e nada produzido por artistas independentes?
26. Por que se faz apelo ao fim de uma "pregação" que não fez qualquer menção ao sangue, à cruz, ao arrependimento, ou sequer ao pecado?
27. Por que se enfatiza tanto a ordem bíblica para pregar a Palavra e se negligencia tanto as ordens para fazer justiça social e alimentar os famintos? Quantas vezes cada uma delas aparece na Bíblia?
28. Por que Deuteronômio 28:13 ("o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda") é tão citado, ao passo que I Coríntios 4:11-13 ("somos considerados como o lixo do mundo") ninguém gosta de citar?
29. Por que quem pensa diferente de nós é sempre "inflexível", "fariseu" ou "duro de coração" (quando não chamamos de coisa pior)?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Elogium



Segundo a psicologia Junguiana, a projeção, é o termo técnico utilizado para dizer que vemos nos outros, aquilo que não conseguimos ver em nós mesmos. Ou seja, quando critico alguém por alguma atitude (ou falta de atitude), é como se estivesse criticando a mim mesmo. Vamos tentar exemplificar: Quando julgo alguém por ser tímido, na verdade estou inconscientemente justificando minha timidez, criticando essa característica em outro indivíduo. Simplificando, criticamos em outros os defeitos que negamos em nós mesmos.

Por um outro lado, por que será que temos tanta dificuldade em elogiar (sinceramente) os outros ? O Consultor em Marketing Paulo Angelim, nos dá algumas respostas para a questão:

“As pessoas não reconhecem nem expressam as qualidades do outro, ou seja, não elogiam...
a) por medo de que isso signifique reconhecê-lo como melhor que elas;
b) por medo que isso fortaleça muito o outro e comprometa sua autoridade sobre ele (no caso, se o outro for um liderado);
c) por orgulho próprio, egoísmo e vaidade, uma vez que acham que são melhores em tudo;
d) por vingança, uma vez que nunca foram elogiadas;
e) por falta de discernimento e humildade em distinguir as qualidades do outro;
f) por serem negligentes ou por ignorarem a necessidade da construção de relacionamentos fortes;
g) por terem visão estreita do mundo, achando que somente elas são capazes de fazer as coisas bem-feitas;
h) por timidez;”

Tenho observado muitas vezes que preciso desenvolver o hábito de elogiar as qualidades das pessoas que me rodeiam. Não vou conseguir o respeito e atenção de minha esposa , filhos, amigos e pessoas que cruzam meu caminho se a maioria das palavras que troco com eles são de críticas negativas e repreensões por atitudes que julgo ir contra meus conceitos do que é certo. Quando reconheço as qualidades dos outros, estou mais aberto a aprender coisas novas e consequentemente me tornar uma pessoa melhor, além de estabelecer um canal de relacionamento saudável e prazeroso com o próximo.

Na sala onde trabalho, somos em 12 pessoas. E pensando nessa questão de relacionamentos e de como podemos ser mais atenciosos e amáveis uns com os outros, algo que sempre acontece lá tem me servido de exemplo. Temos um objeto na sala, que tinha tudo para ser motivo de discórdia: Um aparelho de ar condicionado. Algumas pessoas, não agüentam ficar com o aparelho ligado, pois sentem muito frio. Já outras preferiam ter o aparelho ligado durante todo o dia, pois sentem muito calor. Tudo para que um clima ( desculpem o trocadilho), de intriga e oposição fosse estabelecido. Mas o que se vê, na maioria das vezes, é que quem sente calor abre mão do aparelho ligado e quem sente frio concorda que o ar seja usado. Não foram poucas as vezes que as pessoas passaram frio ou calor, respeitando o sentimento e a opinião do próximo. Não tenho certeza pela parte dos outros, mas de mim, isso exige um certo sacrifício, exige que eu abra mão do que seria mais fácil: reivindicar os meus direitos e criticar quem não pensa igual a mim. Mas contrariar a teoria da projeção negativa é necessário. O bem que quero pra mim, tenho que querer também para os outros. Os elogios que espero, tenho que distribuí-los com o mesmo prazer que terei ao recebê-los. Meus amigos do trabalho tem me ajudado a compreender isso ...quando abrem mão do ar condicionado desligado.

Nas páginas da bíblia, encontramos vários textos que caminham no mesmo sentido. Pedro por exemplo diz: busque a paz e empenhe-se por alcançá-la...(I Pedro 3:11), o escritor aos Hebreus sugere : Segui a paz com todos...(Hb 12:14a). O próprio Cristo ensina a seus discípulos: ...tende paz uns com os outros... (Mc 9:50). A mesma mensagem Paulo traz em Romanos 12: 18: ... no que depender de vós, tende paz com todos os homens.

Existe um costume de se elogiar pessoas que já não estão mais vivas, tanto que é comum ouvirmos as pessoas dizerem que ao morrer todos ficam bonzinhos. Aliás, essa é a origem etimológica da palavra elogio: do idioma latim, elogium, significa “inscrição tumular; epitáfio... Eram as palavras positivas que eram colocadas nas lápides dos que eram sepultados....Talvez por aí se explique nossa dificuldade em elogiar pessoas que estão entre nós.
Nós que estamos vivos, precisamos nos empenhar em distribuir palavras agradáveis aos que estão á nossa volta. Em um mundo tão conturbado e violento, isso se torna quase que uma emergência.

E se você chegou até aqui lendo essa reflexão, saiba que não está entre os quase 80 milhões de brasileiros que não têm hábito de leitura. O que o torna uma pessoa com mais chances de obter informação e conhecimento. Parabéns !

Gostou do elogio ?


José B. Silva Junior

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tozer

Publicado no Blog do Tiago...
Maná da Semana MANÁ DA SEMANA: APRENDENDO COM TOZER
MANÁ DA SEMANA: APRENDENDO COM TOZER
Sex, 24 de Outubro de 2008 11:29 José Benedito Silva Junior

Ontem durante o intervalo de aula na faculdade, num daqueles grupinhos que se formam para um bate papo informal , onde sempre temos a oportunidade de beber da experiência e do conhecimento de futuros teólogos ; conhecimento este, produto de horas de leituras e dedicação ás pesquisas em alguns dos mais de 14.000 volumes que compõem a biblioteca da Faculdade Teológica Batista de Campinas, entre um assunto e outro abordado pelos diletos estudantes, assuntos esses aliás, de notável relevância à contribuição do nosso desenvolvimento intelectual, foi exatamente o comentário sobre um livro e mais especificamente seu autor, o que mais despertou minha curiosidade.

O livro do qual falávamos, era uma coletânea dos escritos de A.W. Tozer. Na ocasião, alguém questionou sobre a abreviação do nome, e nenhum dos aplicados aspirantes à busca do saber ali presentes, incluindo esse que vos escreve, conseguiu se lembrar (é assim que falamos, quando não sabemos algo), do significado da abreviação “A.W”. Então, para que não mais nos esqueçamos (ou aprendamos) do nome de tão importante escritor e pensador Cristão aí vai:

Aiden Wilson Tozer nasceu em Newburg, Pensilvânia, Estados Unidos, em 21 de abril de 1897. Em 1912, sua família deixou a fazenda e foi para Akron, Ohio; e, em 1915, aos 17 anos de vida, converteu-se a Cristo, e imediatamente passou a ter uma fome e sede insaciáveis por Deus. Morreu em 1963 e na sua lápide foi escrito: “A. W. Tozer, Um homem de Deus”. esta afirmação, representa o sonho que este homem teve em toda sua vida: Ser “apenas” um homem de Deus. O reconhecimento não foi fruto de lábios lisonjeadores, mas da vida divina que exalava de um homem simples, sério e que amava profundamente ao Senhor e a sua Palavra.

Tozer certa vez escreveu: “Urge voltarmos ao verdadeiro cristianismo, não apenas no que se refere ao credo mas também a prática real de vida. Separação, obediência, humildade, naturalidade, seriedade, autodomínio, modéstia, longanimidade: tudo isso precisa fazer parte do viver cotidiano normal de quem se diz discípulo de Jesus. Precisamos purificar o templo, tirando os mercenários e os cambiadores, e ficarmos sob a autoridade do Senhor ressurreto. Daí, sim, poderemos orar em plena confiança, e aguardar o verdadeiro reavivamento que certo virá”. No seu enterro alguém disse: “Eu temo que nós nunca vejamos outro Tozer. Homens como ele não são gerados nas faculdades de teologia, mas ensinados pelo Espírito Santo”.

Com quase meio século após sua morte, o ministério de Tozer está vivo como nunca. Seus preciosos livros rodam o mundo todo, em dezenas de idiomas, carregando uma palavra profética de conteúdo imensurável. Eles causam repugnância aos superficiais, mas alimentam solidamente os que buscam conhecer profundamente a Jesus. Seus livros não ocupam lugares nas vitrines dos mercadores da fé, mas são publicados por trabalhos sérios.

Alguém também disse sobre Tozer: “Suas obras, nos entusiasmam tanto sobre a verdade que nos esquecemos de Tozer e tratamos de pregar a Bíblia.”

Que esse breve comentário sobre Tozer e sua obra, possa servir de inspiração para todos nós, à praticarmos aquilo que temos lido e aprendido , e que as “conversas do intervalo” sejam cada vez mais produtivas e inspiradoras.

Que Deus nos capacite...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Ter razão ou ser feliz ?

Estamos no fim do semestre, e eu com varios trabalhos por fazer...por isso tambem, ando sem tempo de postar meus textos...Meu amigo Max me enviou a mensagem abaixo essa semana. Otimo para nossa reflexão. Valeu Max !

Ter razão ou ser feliz?
Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos.
O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.
Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira a direita e percebe que estava errado. Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.
Mas ele ainda quer saber: "Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais". E ela diz: "Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite".
MORAL DA HISTÓRIA
Essa pequena historia foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
"Quero ser feliz ou ter razão?"
Pense nisso e seja feliz.
(autoria desconhecida)


sábado, 8 de novembro de 2008

Bolsa de Valores


Crise econômica. Essa é a notícia que anda de boca em boca nos últimos dias. Não entendo de economia e nem vou me arriscar aqui a querer explicar o que está acontecendo. O assunto é complexo demais . O que sei, é que já tenho pessoas ao meu redor sofrendo as consequências dessa crise. Amigos que perderam seus empregos, e outros que presenciam toda essa situação e encontram-se ansiosos e aflitos pelo futuro incerto que os esperam.

Outro dia ouvi pelo rádio alguem dizer que o que experimentávamos até aqui, era um falso crescimento econômico. Uma ilusão provocada pelo aquecimento da economia, com um dinheiro que na verdade não existia. Os valores circulavam pelo mercado, mas em algum momento seus verdadeiros donos o reclamariam. Apesar do comentário simples, pensei que talvez seja isso mesmo o que tenha acontecido.

E , como em nossa sociedade capitalista, tudo tem girado em torno do consumo, quando perdemos esse poder, a tendência é ficarmos preocupados pelo fato de talvez não conseguirmos fazer tudo aquilo que planejamos . Ficamos aborrecidos com a possibilidade de ficarmos distantes de nossas metas, e sofremos com isso.

Penso que ás vezes, temos nos cobrado demais. Conversando com uma amiga esses dias, chegamos a conclusão de que é fácil nos comportarmos desse jeito. Queremos ter tudo sob o nosso controle, comandar a situação, precaver problemas, eliminar riscos. Vivemos como se tivéssemos que ter as respostas pra tudo, agir sempre como se tivéssemos que provar que somos melhores do que os outros, parece que estamos sempre defendendo uma tese na qual não podemos tirar menos que 10. Temos medo de expor nossas limitações, revelar nossos fracassos, compartilhar as fraquezas . Talvez, passemos tempo demais querendo mostrar aos aos outros o que na verdade gostaríamos de ser. Mas a verdade é que não dá pra ser assim. O preço á pagar é alto demais e a cobrança imposta sobre nós pela sociedade chega a ser insuportável ás vezes. Mas há uma saída !

Deus, em sua infinita sabedoria e capacidade de sondar o coração do homem e seus desejos humanos, deixou-nos uma mensagem que nos alerta sobre como devemos agir em relação ao problema.

Quando percebemos que o futuro pode ser incerto, que os recursos financeiros podem em algum momento nos faltar, se talvez estejamos em algum momento nos iludindo que tudo que obtemos seja mesmo nosso, e através de nossos próprios esforços, convém lermos e lembrarmos sempre das palavras de Jesus no evangelho de Mateus:

“Não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Olhai para as aves do céu que não semeiam nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.25,26,33).

Não importa se hoje a Dow Jones, a Nasdaq ou a Bovespa tiveram queda ou subiram. Deus disse que não precisaríamos nos preocupar com esse tipo de coisa, afinal, as aves não fazem nada disso e Ele as sustenta. Somos mais valiosos para Deus do que qualquer outra criatura existente, (que bom saber que temos valor !). Não há ações em qualquer bolsa de valores desse planeta que faça com que Deus se esqueça de nós, e é Ele mesmo quem nos garante isso... "Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti". Isaías 49:15

Não podemos e não devemos nos iludir, tudo que acontece à nossa volta, o tempo e a maneira como vivemos, nossa própria vida, deve ser entregue ao seu verdadeiro dono, aquele que à criou. É a condição apresentada no texto de Mateus, o de buscarmos em primeiro lugar as coisas de Deus e sua justiça para que tenhamos tudo aquilo que precisamos.

Na bolsa de valores do céu, nossas ações, quando são orientadas e dirigidas por Deus, permanecem sempre em alta e podemos assim ter paz em meio à qualquer crise.

Deixo-vos a Paz, a minha Paz vos dou: Não a dou como o mundo a dá...João 14:27

José B. Silva Junior

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Colei...

Colei do blog da minha filha Julia....gostei ! http://juliaibcp.blogspot.com/
A vida passa ..
Se pudéssemos ter consciência de quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades de felicidade. Para nós e para os outros. No jardim, algumas flores são colhidas cedo demais. Algumas mesmo em botões. Há sementes que nunca brotam, assim como há flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.Muitos de nós, cegos pela pressa, pela busca de duvidosos status e pelos tantos “compromissos” não sabem adivinhar a duração da beleza de todas as flores que foram plantadas em nosso redor. E cuidamos mal. Descuidamos de nós e dos outros. Vivemos tristes e preocupados com coisas pequenas. Nos afligimos demais com horários e perdemos tempo, jogamos fora horas e minutos preciosos. Perdemos dia, às vezes anos, quando não a vida toda.Na maioria das vezes, calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando é hora de contemplar o silêncio. Deixamos de dar o beijo, o abraço ou o aperto de mão que tanto nossa alma pede, porque algum orgulho bobo ou um preconceito inócuo impede essa aproximação. Não declaramos nosso afeto porque imaginamos que o outro conhece nossos sentimentos.Assim corre o tempo, passa a vida e nós continuamos os mesmos, fechados em nós, circunspectos, arrogantes, embrutecidos. Reclamamos aquilo que nos falta e deixamos de reconhecer e agradecer tudo o que possuímos, sempre achando que temos de menos. De outro lado, compramos, gastamos, consumimos e esbanjamos, sempre comparando nossa vida com a daqueles que julgamos serem mais felizes que nós. E se nos comparássemos com aqueles que têm menos?Nesses pensamentos pequenos a vida passa. O tempo passa. Passamos pela vida em geral esquecidos de viver. Apenas sobrevivemos. E justamente porque não sabemos fazer coisa melhor... Não aprendemos a tirar da vida o que ela tem de melhor. Um dia, inesperadamente, acordamos, olhamos para trás e constatamos a inutilidade de tudo quanto se fez nesta vida. E perguntamos: E agora? Pode ser tarde demais. Hoje ainda se pode, quem sabe, reconstruir alguma coisa, dar um abraço, perdoar, pedir perdão, agradecer, dizer “eu te amo”.O ser humano nunca é velho ou jovem demais para amar e ser amado, e assim encontrar um sentido para sua existência. O coração do afeto não tem idade. Não vamos perder tempo olhando para trás. Vamos viver hoje, curtindo o presente com olhos fitos no amanhã. Ainda há tempo de apreciar as flores, colocar os pés no riacho, assistir um pôr-do-sol. Há tempo para nos voltarmos para Deus e para os outros. A vida, ainda que passageira, está em nós. É preciso viver bem pois, só se vive uma vez.Pior que perder a vida diante da morte é desaproveitá-la no decorrer da existência.


Antônio Mesquita Galvão

Postado por Juuh às 18:56 0 comentários

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Leituras - Spurgeon

CHARLES SPURGEON (1834-1892)


Conhecido como o “príncipe dos pregadores”, aos 19 anos já era pastor na Park Street Chapel, em Londres. A princípio um lugar muito amplo, para mil e duzentas pessoas, porém freqüentado por um pequeno grupo de fiéis. Em poucos meses o prédio não comportava mais a multidão e eles se mudaram para um outro auditório que comportava quatro mil e quinhentas pessoas! A Igreja então resolveu alugar o Surrey Music Hall, o prédio mais amplo, imponente e magnífico de Londres, construído para diversões públicas. O culto inaugural deu-se em 19 de outubro de 1856. Quando o culto começou, o prédio no qual cabiam 12.000 pessoas estava superlotado e havia mais 10.000 fora que não puderam entrar!



Abaixo um texto muito interessante de sua autoria....




Apascentando ovelha ou entretendo bode


Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua imprudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar à Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse "e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho". Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.

Em outra passagem encontramos: "E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres"(Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?

Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus

apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? "Vós sois o sal da terra" (Mt.5:13), não o doce açúcar – algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi à expressão: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos"(Mt.8:22). Que seriedade impressionante!

Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: "Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!". Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los.

Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!" Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma. Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: "Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos". Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles "viraram o mundo de cabeça para baixo". Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.

Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permitam que os negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falem e testifiquem! Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o bêbado para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de promover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.

O que os pastores precisam hoje é crer no conhecimento aliado à espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.
Charles Hudson Spurgeon

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sociosofia


Tive duas excelentes aulas essa semana na faculdade que fizeram com que pudesse refletir um pouco sobre a complexidade da vida e dos problemas que por vezes nos cercam.

Numa bem exposta aula de sociologia pela competente professora Maria José Duarte Osis, estudamos sobre as instituições sociais e seu papel de formação e integração social do indivíduo, sendo destacadas as três principais: Família, Escola e Instituições Religiosas. Discutimos sobre a adaptação do sistema educacional ás necessidades sociais ao longo da história, e de como algumas lideranças políticas e sociais indicam uma reforma na educação como fator preponderante à esperança de corrigir os problemas existentes, principalmente no que se refere aos desvios de comportamento moral na sociedade como um todo. Abriu-se espaço também à discussão sobre o lugar e importância da família e da Igreja nesse contexto.

Outra aula, da qual pudemos extrair importantes pensamentos e conceitos, foi a de filosofia, do nosso amigo professor Pita. Baseados na leitura de Urbans Zilles sobre Freud e sua linha psicanalítica de que a sexualidade molda determinados comportamentos e que isso ocorre desde a infância. E tentando explicar aqui de uma forma simplificada, a aula foi direcionada a um questionamento sobre a consideração ou não dessa linha de pensamento que parte de um ateísta, dentro de nossos valores teístas. Expuseram-se alguns casos reais de traumas infantis, refletidos de forma evidente na vida adulta e debateu-se sobre como poderíamos entender e tratarmos desses casos.

Cheguei à algumas humildes conclusões após assistir essas duas aulas. A família é sem dúvida , a principal e mais importante instituição social quando pensamos na formação e integração do indivíduo dentro dos mais diversos grupos. A própria antropologia reconhece que não pode existir uma sociedade sem a presença da figura paterna e baseando-se em informações científicas na área psicológica, verificamos a necessidade primordial do grupo familiar na composição de uma estrutura saudável de educação do indivíduo. Estudos demonstram que os dois primeiros anos de vida são cruciais neste processo. É neste período que a criança deverá receber o afeto, o carinho e amor através de contato físico e verbal de seus pais e principalmente da mãe. Quando isso não acontece, alterações de comportamento como, rebeldia, depressão e desajustes sociais serão percebidos a partir da adolescência. Tenho pessoas muito próximas que sofrem por terem passado por essa situação. E antes de dizer que Deus é aquele que pode curar todas as nossas enfermidades, devemos nos lembrar que aquele que educa o menino no caminho em que ele deve andar, verá que até quando esse menino envelhecer, não serão notados desvios da conduta que o próprio Deus estabeleceu para sua vida, será alguém ajustado social, mental e espiritualmente. E educação aqui , penso que implica também em todos os conceitos descobertos pela psicologia quanto ao acompanhamento e cuidado dos pais desde a infância. Infância essa, tratada por Freud, como fase responsável por todos os traumas e dificuldades percebidos na vida adulta.

Não haverá sociedade ajustada sem uma família estruturada e enquanto delegarmos á terceiros a missão de educar nossos filhos. Não há escola que possa formar o indivíduo que não foi instruído devidamente desde menino, e que não teve uma base de carinho e afeto no ambiente familiar. Não há igreja que possa restaurar vidas pregando a cura, antes de se preocupar em estabelecer o amor de Jesus dentro das famílias, para que pais tenham condições de dar esse amor e instrução aos seus filhos.


“Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito nos aproxima.” Louis Pasteur

Um ótimo fim de semana á todos

José B. Silva Junior

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Paradigma Tecnocrático


O crescimento da Igreja sob o paradigma tecnocrático


Acompanhando as leituras desse semestre na faculdade, sobre o assunto "desenvolvimento da igreja", um dos capítulos do livro indicado como tema para a semana de estudo temático, sugeriu-nos o texto a seguir:

Afinal, qual a essência do paradigma tecnocrático ? Em resumo, podemos entender que para os tecnocratas a igreja é constituida de um modelo constitucional, ou seja, onde se crê que todo o crescimento é produzido automaticamente pelo trabalho na área institucional da igreja. Uma forma de pensamento monista que torna a pessoa convicta de que com um ótimo programa de crescimento, torna-se inevitável alcançar os objetivos, não levando-se em conta os fatores naturais de crescimento do organismo Igreja.

Esse pensamento pode produzir, a níveis extremos, convicções como do tipo: "Celebre o culto de acordo com uma liturgia bem definida e o Espírito Santo vai cair sobre a igreja automaticamente". Ou: "Aceite um conjunto definido de doutrinas e você é "automaticamente" cristão." Ou ainda: "se você é indicado líder , você está automaticamente capacitado para o ministério" e também: "implante esse programa de crescimento e sua igreja irá crescer e se desenvolver automaticamente". Representantes dessa forma de pensamento vivem na ilusão de que o que é feito no campo institucional garante automaticamente o crescimento de todas as áreas da igreja.

A fé incondicional nesse mecanismo automático cega o tecnocrata. Visitar um culto ou experimentar a ação real do Espirito Santo, aceitar um conjunto de doutrinas ou ter um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, participar de um rito de ordenação para o ministério ou receber os dons espirituais, implantar um pacote de métodos para o crescimento da igreja ou experimentar crescimento real da igreja, são aspectos entre os quais o tecnocrata não enxerga diferença.

Isso tudo não tem nada a ver com processos automáticos naturais do desenvolvimento da igreja . O que os tecnocratas imaginam apontam muito mais para uma máquina onde prevalecem os princípios de causa e efeito. Essa estratégia, no que se refere aos seus princípios básicos, está próxima da magia.
A força-motriz psicológica do paradigma tecnocrático é a bem difundida mentalidade da auto-suficiência, tão propagada hoje também no cristianismo. Ao invés de depositar a confiança só sobre a pessoa de Jesus, busca-se garantias exteriores.

O pensamento monista-tecnocrático, me parece ser o modelo mais difundido no cristianismo ocidental. E é o grande perigo da igreja no mais tardar, a partir da segunda geração de crentes. Suas intenções são boas e respeitáveis na maioria dos casos. Só que isso não muda o fato de que esse é um paradigma extremamente perigoso para o desenvolvimento do organismo igreja.


Nota: Trechos desse texto contido no livro : O Desenvolvimento Natural da Igreja - Christian A. Schwarz - Editora Evangélica Esperança .

Hoje é dia dele !

A população mundial chegará aos sete bilhões em 2012, segundo a última projeção do Escritório do Censo americano, que analisa diferentes fatores que afetam o crescimento demográfico em 226 países. Assim, em 13 anos a população mundial passará a ter um bilhão de habitantes a mais. Atualmente há 6,7 bilhões de pessoas no mundo.


6.700.000.000...esse é o número . Não é incrível, que nenhuma dessas pessoas sejam iguais ? Isso mesmo, até mesmo gêmeos são diferentes uns dos outros. Então, se você tinha a esperança de achar uma cópia sua qualquer dia desses pela rua, esqueça. Somos únicos.

Mas no meio desses 6,7 bilhões, existe uma pessoa, cuja aparência física com certeza é a que mais perto chega de mim . Alguém com quem cresci e passei grande parte de minha vida . Que no início de minha adolescência, me ensinou a gostar dos Beatles, que me influenciou a tentar aprender a tocar violão e a iniciar um curso de bateria (ambos sem sucesso), alguém para quem eu olhava e imitava o jeito de falar, andar e vestir. (tanto , que não foram poucas ás vezes que nos desentendemos por eu pegar suas roupas para usar). Pessoa na qual, me inspirava e ainda me inspiro pela inteligência que possui e pela competência em tudo que faz.

Silvio, não sei se todos os irmãos sentem a mesma coisa. Mas eu sinto uma enorme satisfação quando dizem que sou parecido com você.

E nesse dia 21/10...que é seu dia, quero te dar os parabéns por mais um ano de vida. Te desejar muita saúde e alegria nos muitos anos que ainda devemos passar juntos, pedir as bençãos de Deus sobre você e a Rose e mais uma vez te agradecer por tudo que tem feito por mim.
Feliz Aniversário !
Mano Junior.
"Pois Tu criaste todas as partes internas do meu corpo; tu uniste todas essas partes para formar o meu corpo, enquanto eu ainda estava no ventre de minha mãe. Eu te agradeço por me teres criado de maneira tão perfeita e maravilhosa! O teu trabalho é um verdadeiro milagre e na minha alma sei disso muito bem. Tu conhecias perfeitamente cada parte do meu corpo enquanto eu ainda estava sendo formado no ventre de minha mãe, como a semente que cresce debaixo da terra. Antes mesmo de o meu corpo tomar forma humana tu já havias planejado todos os dias da minha vida; cada um deles estava registrado no teu livro! Senhor, como são importantes para mim os teus pensamentos sobre a vida!" (Salmo 139:13-15 – A Bíblia Viva).

sábado, 11 de outubro de 2008

Carta


Estou publicando hoje aqui, uma carta que recebi mês passado de meu professor de filosofia, Pita, comentando sobre um dos textos que publiquei aqui no blog (O Fato, Deus!), e que foi apresentado como trabalho em sua disciplina. Aproveito para agradecê-lo mais uma vez pelas palavras e pela contribuição que tem dado para essa nossa busca pelo saber.



Bom dia José Junior!

Leio quase todos os artigos que me enviam, e tenho percebido um grande crescimento nos conteúdos por você escrito, pensado e refletido, fruto desse existir do pensamento. A filosofia surgiu como um esforço de interiorização do conhecimento, uma ascece do espírito que, ao buscar a unidade do saber, buscava nela a sua própria unidade e,nesta a unidade de saber, ser e agir. Você tem demonstrado essas qualidades e o encorajo a continuar buscando esse crescimento filosófico. Saiba que em todo o período grego, a interrogação sobre a alma, o bem e a conduta na vida não era um domínio separado das investigações físicas e ontológicas, mas formava com elas, na pessoa do filosofo, a síntese de conhecimento e vida. As escolas de filosofia não eram apenas centros de ensino e investigação científicos, mas escolas de sabedoria e , até certo ponto, sociedade iniciáticas. Não procurava apenas transmitir a seus membros um certo conhecimento, mas educá-los numa certa maneira de viver que, para a consciência filosófica, era a maneira certa de viver.
O assombro, dizia Aristóteles, é a mãe do desejo de compreender. Não se referia é claro, ao assombro meramente emotivo, epidérmico, comum ao homem e ao animal, que encontra alivio rápido em gritos e trejeitos. Referia-se aquele assombro mais duradouro e profundo, especificamente humano, que em vez de se exteriorizar se interioriza e em vez alivio busca a verdade, mesmo sabendo que troca o fácil pelo difícil. Assim, precisamos ver o “mito da Caverna” como uma realidade para a nossa vida e ministério. Precisamos beber em outras fontes para conhecer o pano de fundo histórico em que o Saramago bebeu (ou percorreu), e assim, entender as idéias que moldaram seu pensamento ou mesmo, influenciou.
Nas décadas de 40 a60, eram comuns os debates sobre “Para que serve a literatura?”. Em geral respondia-se que servia para “criar um mundo melhor”, o que significava, descontados os eufemismos, estender sobre todo o planeta o domínio soviético. Hoje o tema esta fora de moda: sem discussões, dá-se por pressuposto que a literatura serve para o sustento dos que a praticam e que não seria licito esperar dela nada mais, exceto, naturalmente, o lucro dos que a comercializam. Assim, alguns escritores (entre eles, Saramago) vivem um certa ressaca ideológica, o descaramento autocomplacente com que, de outro lado, mostra que, nos dias que correm, as alegações ideológicas de parte a parte não passam em geral de um verniz destinado a encobrir uma mesma mentira fundamental. Crenças análogas vigoram para a musica, as artes plásticas, etc.
Foi assim que os antigos apóstolos da literatura revolucionária se transfiguraram em apologistas da literatura comercial. A literatura tornou-se “uma profissão como qualquer outra”- expressão que se aplica por igual, e com idêntica tranqüilidade, ao sacerdócio e á prostituição. Veja: se a comunidade dos ouvintes de Pixinguinha acumula maior poder dos que a dos amantes de Bach, Pixinguinha torna-se automaticamente superior a Bach. A estratégia de Saramago determina que os intelectuais procurem ocupar espaços nos meios de comunicação, no sistema educacional, de onde podem facilmente impor sua crenças mediante a repetição generalizada de frases feitas, que, acabam por se impor como se fosse um consenso natural e espontâneo. A medida mesma deixava de ser mera abstinência de juízos de valor para se tornar apologia do inferior e repressão explicita a toda pretensão de superioridade diante da qual toda a argumentação é um protesto da alma solitária que se volta, a um tempo, contra tudo que fala, age, adora, busca a Deus. Esta união de todas as forças contra a cultura superior é talvez o fenômeno mais significativo e mais alarmante da nossa época. Nesse novo quadro, as exigências mínimas de coerência, inteligibilidade, sinceridade e honradez cedem lugar aos arranjos oportunistas mais grosseiros e estapafúrdios, que se tornam não apenas crença publica, mas dogma “cientifico” dos intelectuais das massas. Assim, décadas e décadas de cultura anti-Deus, em filmes, livros, e novelas que celebram a maldade como estilo de vida (você já parou pra perceber que felicidade nas novelas não da ibope?) como referencia moral para a sociedade, induzindo-os a fortalecer suas defesas corporativas contra todos nós.

Parabéns, motivação e sucesso!!!!






Pita

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Roubando carga


Hoje pela manhã, ao tentar dar partida no carro, não obtive nenhuma resposta ao girar a chave na ignição. Nenhuma luz se acendeu, nenhum sinal de partida do motor. Apesar de estar com uma bateria nova, não via nenhuma esperança de que conseguiria fazer com que o motor do carro funcionasse.

Precisei ligar para o mecânico, ele trouxe uma bateria, e com cabos ligados àquela que não funcionava, fez com que a partida fosse dada. Ao dar o diagnóstico, lá na oficina, ele me disse que provavelmente algo estava “roubando carga”da bateria, sugeriu então fazer uns testes para localizar qual seria o “ladrão” da carga.

Talvez nossas vidas em algum momento passem por situação semelhante. Onde não vemos o menor sinal de que as coisas vão dar certo. Você percebe que tem muita energia dentro de você, investe seu tempo e esforços em fazer com que tudo dê certo, mas ao parar para refletir, começa a pensar que não está conseguindo sair do lugar. Talvez nossas preocupações, ansiedades e problemas do dia-a-dia sejam os fatores que estejam nos “roubando a carga”. Entregar tudo isso que esteja nos tirando as forças, àquele que pode resolver tudo da melhor maneira é sempre o melhor caminho. Há um texto bíblico que nos ensina algo sobre isso:

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças;e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.

Por outro lado, ao ver o mecânico ligar aqueles cabos entre as baterias , fiquei pensando que ás vezes preciso desse mesmo recurso em minha vida. Quando não consigo sair do lugar por meus próprios esforços, vou precisar de alguém que compartilhe suas forças comigo. A simbiose acontece na natureza, e pode ser definida como uma relação mutuamente vantajosa, na qual dois ou mais organismos diferentes são beneficiados por esta associação. Aquele que tem energia de sobra empresta ao que tem de menos, e assim os dois são beneficiados, o que tem muita, não acumula energia inútil ,e o que não tem nenhuma recebe alguma e consegue renovar as suas.

Esta semana tive essa experiência duas vezes. Ouvi palavras na faculdade, de uma pessoa muito simpática que me procurou para conversar e com a qual tenho pouquíssimo contato, mas que serviram para me lembrar que todos nós podemos ser usados por Deus. E de uma outra pessoa a quem amo muito e da qual recebi uma importante ajuda financeira, que está fazendo com que eu possa renovar minhas forças. Agradeço à Deus, criador da simbiose, que coloca em nossas vidas pessoas que são como aquela bateria que fez com que meu carro funcionasse hoje.


"Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a Lei de Cristo". Gálatas 6:2

José B. Silva Junior

domingo, 5 de outubro de 2008

Eleições



Hoje é dia de eleição. Já cumpri com minha obrigação de cidadão e eleitor do município de Paulinia, votando logo de manhã para vereador e prefeito. Quero ver meus candidatos no poder e espero que assim como eu, eles também cumpram suas obrigações caso forem eleitos.

Fiquei pensando hoje então no significado da palavra "eleger". Do latim eligere , que significa : "escolher, preferir entre dois ou mais". Embora seja importante elegermos os candidatos que vão nos representar nos poderes legislativos e executivos de nossas cidades, há uma eleição que vai tratar de um aspecto muito mais importante de nossas vidas.
Passamos todo tempo elegendo aquilo que deva ser prioridade para nós. Em determinada época de nossas vidas priorizamos o estudar,em outra o namorar, o escolher uma profissão, o constituir familia, o cuidar dos filhos, da aposentadoria . Quando não priorizamos, ou não elegemos como principal algo que devia ser importante em determinada época de nossas vidas, sem dúvida, em algum momento, pagaremos o preço. Podemos deduzir então desse raciocínio que eleger prioridades pode fazer toda a diferença em nosso dia-a-dia e em nossa vida futura.

O apóstolo Pedro em sua primeira carta, abre seu discurso dirigindo suas palavras aos "eleitos de Deus", e desenvolvendo seu pensamento vai explicar aos que estavam seguindo os ensinos de Jesus na Galácia e na Ásia, o que significava essa eleição:

"Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus, não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam." I Pedro 2:9-10.
Essa é a eleição que faz a diferença. Ser eleito para ser chamado de povo exclusivo de Deus. Sair de uma situação de escuridão total (e assim a bíblia diz que está todo aquele que sem Cristo), para entrar naquilo que a bíblia chama de maravilhosa luz, saber que sem essa eleição, não podemos sequer sermos chamados de povo e também não contamos com as misericórdias de Deus. Porém, a partir do momento em que somos eleitos por Deus,através do reconhecimento do sacrfício de Jesus em nosso lugar, recebemos a grande misericórdia de Deus em nossas vidas e passamos a ser chamados de povo Seu. Não vamos ocupar uma cadeira na câmara, nem ser a autoridade máxima de uma cidade, mas vamos sem dúvida ter a melhor eleição de nossas vidas.

É uma questão de preferencia entre dois ou mais caminhos, assim como preferimos um entre mais de dois candidatos. A diferença é que dessa eleição, teremos, diferentemente das consequencias temporais da escolha desse ou daquele vereador ou prefeito, consequencias eternas.

Uma boa eleição á todos.

"Portanto...empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão, e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2ª Pedro 2:10-11

José B. Silva Junior
















sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Música !


Lord I come before you - Salvador
Senhor, eu venho diante de Ti

Lord I come before You . Love to sing Your praise

Worship and adore You. As You fill me with Your grace

Lord I come before You. Surrounded by Your love

When it comes down to Your mercyYou know

I just can't get enough. Oh, You knocked on my door

More than once before . I can finally hear

You call my name .Send Your mercy down

Let the trumpet sound .Now my heart cries out to you in praise...

Teologia da Ciência

Um dos mais conceituados cientistas no campo da cosmologia e, igualmente, um dos mais renomados teólogos de seu país, o polonês Michael Keller, equilibrou o pragmatismo científico e a devoção pela religião. Ele decidiu fixar esses dois olhares sobre a questão da origem de todas as coisas: colocou a ciência a serviço de Deus e Deus a serviço da ciência. O resultado intelectual foi a formulação de uma nova teoria que começa a ganhar corpo em toda a Europa: a "Teologia da Ciência".A "Teologia da Ciência" define-se, simplificadamente, que a ciência encontrou Deus. E a isso Keller chegou, fazendo-se aqui uma comparação com a medicina, valendo-se do que se chama diagnóstico por exclusão: quando uma doença não preenche os requisitos para as mais diversas enfermidades já conhecidas, não é por isso que ela deixa de ser uma doença. De volta agora à questão da formação do universo, há perguntas que a ciência não responde, mas o universo está aqui e nós, nele. Nesse "buraco negro" entra Deus. Keller disse ao site da BBC de Londres, que apesar dos nítidos avanços na pesquisa sobre a existência humana, continua-se sem saber o principal: quem seria o responsável pela criação do cosmo? Keller montou a sua metodologia a partir do chamado "Deus dos cientistas": o big bang, a grande explosão de um átomo primordial que teria originado tudo aquilo que compõe o universo.– Em todo processo físico há uma seqüência de estados. Um estado precedente é uma causa para outro estado que é seu efeito. E há sempre uma lei física que descreva esse processo – diz ele.E, em seguida, fustiga de novo o pensamento: "Mas o que existia antes desse átomo primordial?" Essas questões, sem respostas pela física, encontram um ponto final na religião – ou seja, encontram Deus. Segundo o filósofo, "A ciência nos dá o conhecimento do mundo e a religião nos dá o significado".


sábado, 20 de setembro de 2008

Árvores


Quando criança , em frente á casa onde passei o maior tempo de minha infância, existiam duas grandes árvores. Elas produziam uma enorme sombra que invadia tanto o quintal de nossa casa, quanto a fachada externa, indo até o outro lado da rua . Fazíamos delas ás vezes, traves de nosso improvisado campo de futebol. Era uma enorme turma de crianças: O Humberto, o Edson, o Furlan, o Paulinho, o Zé Carlos, o Marquinhos, o Edinho, o Julis, o Marcelo (pipa) e tantos outros... lembro que após os “grandes campeonatos” de futebol, nos sentávamos àquela sombra e invadíamos a noite entre conversas e provocações infantis. Aproveitavámos uma época onde quase tudo que existia de importante eram as brincadeiras de rua e os chutes na bola em direção ao meio daqueles troncos-traves. Aquelas árvores, de alguma maneira simbolizavam um certo elo de ligação entre todas aquelas crianças. Significavam proteção contra o sol, durante e depois de corrermos atrás daquilo que era importante para nós. Ficávamos aguardando a época onde caíam de seus galhos aquelas “cascas” que se quebravam ao pisarmos, provocando uma satisfação que só quem é criança sente. Elas também significavam um certo poder para mim, pois afinal de contas, estavam bem em frente de minha casa.



Sempre cultivei a idéia de ter em frente à minha casa quando adulto, uma grande árvore como aquelas. Mesmo antes de ter minha própria casa, entendia a árvore como algo que deveria fazer parte de toda e qualquer residência. Para mim, casa sem árvore era algo como um carro sem rodas. Tanto que sempre que passava em frente á uma casa e não via uma árvore, me recusava a aceitar a idéia de que aquela fosse uma casa completa, um lar.



Hoje não tenho uma árvore como aquelas á frente de minha casa. A que foi plantada cerca de 10 anos atrás , não cresceu como eu desejava e esperava. Algumas pessoas a olham e comentam que ela dever ter algum problema, deve estar doente. Outras dizem que não é mesmo o tipo de árvore que cresça. Sempre tentei cuidar dela da melhor maneira que pude mas ela não chegou nem perto daquelas árvores companheiras de minha infância. Tenho essa frustração, de não ter a árvore de meus sonhos em frente de casa.



Existem na bíblia , passagens interessantes que falam sobre árvores. Conhecemos a história de um homem que se aproveita da altura de uma árvore e sobe em cima dela, para que pudesse enxergar Jesus. Zaqueu, sendo de baixa estatura, não teve dúvidas em fazer daquela árvore sua companheira. O salmista compara o homem que é feliz, á uma árvore...lemos no 1º salmo, que aquele que busca os ensinamentos e preceitos de Deus, assim como fez o baixinho em busca dos ensinamentos de Jesus, será como uma árvore plantada junto á ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria e cujas folhas não caem. Fiquei imaginando aquelas árvores de minha infância que já eram belas, ao lado de um riacho, cheia de folhas e flores. À essa imagem Deus comparou a pessoa que busca praticar seus ensinamentos. Bela, vigorosa, cheia de vida, produtiva.



Por outro lado, lemos também um episódio que vai fazer com que Jesus tenha um comportamento incomum se comparado aos relatos de sua história em toda a bíblia. Jesus mostra indignação ao passar ao lado de uma árvore que não produzia frutos. O ensinamento disso para nós, creio ser o de que ,assim como as árvores, precisamos produzir frutos que alimentem as pessoas, sombras que ajudem o próximo na peregrinação da vida, apoio que permita ao outro o enxergar a pessoa de Jesus. Caso contrário nossa vida será semelhante á figueira que secou por não produzir aquilo para a qual ela foi criada. Não terá propósitos .

Penso que vou ter que cortar aquela árvore em frente de casa, plantarei outra, pois espero ainda ver uma grande árvore lá em frente, que me ajude a lembrar que preciso ser como uma delas.

"Felizes os que confiam no Senhor [...] são como árvores plantadas às margens de um rio, cujas raízes alcançam águas profundas. Tais árvores não são afetadas pelo calor nem se preocupam com longos meses de seca. Suas folhas permanecem verdes e produzem fruto delicioso." Jeremias 17:7-8 NLT


José B. Silva Junior

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Bendita será...

Segundo o IBGE o número de processos de divórcio ajuizados nas Varas de Família de alguns estados brasileiros vem crescendo muito a cada ano. Foram mais de 360%, se comparado com as ações protocoladas há dez anos. Essa quantidade tão grande de lares desfeitos merece uma reflexão. O que está levando a essa verdadeira explosão do número de separações e divórcios?
Roberto Shinyashiki em seu livro "Amar pode dar certo"", diz, que talvez essa situação deva-se ao grande medo que o homem moderno tem de amar e ser amado. Num mundo materialista, muitas pessoas sentem-se envergonhadas de amar, como se isso fosse algo ridículo e bobo. O medo então seria o de estar numa posição de fragilidade e dependência que o amor provoca. Sempre acreditei na máxima de que amar é um eterno abrir mão. Abrir mão de meu medo de ficar dependente da outra pessoa, abrir mão das minhas vontades e fazer com que a vontade do outro seja também a minha. Leibniz vai dizer que "Amar quer dizer sentir-se inclinado a alegrar-se com a perfeição e o bem do outro, com a sua felicidade".
O ser humano tem aquela velha tendencia de preocupar-se com seu bem estar, e o amor em sua essência, como todos sabemos ,vai dizer que precisamos amar ao próximo como a nós mesmos. Na esfera conjugal, significa dizer que para demonstrar esse amor, deveremos sim abrir mão de nosso eu e de nossas preferencias. Na bíblia , o amor sempre estava condicionado à ações. O amor platônico, aquele em que dizemos amar, mas não evidenciamos isso através de atitudes, é só um sonho. Precisamos amar através de ações.
Deus deixou uma promessa para todos os casais, todas as famílias da terra que vem sendo tão atacadas hoje através de uma desvalorização pela mídia e pela própria sociedade. No capítulo 12 de Genesis Deus diz a Abraão, a quem a bíblia chama de nosso pai na fé, que nele "...seriam benditas todas as família da terra..." Através da descendência de Abraão, chegamos até Jesus, que faz benditas todas as nossas famílias. Que nos capacita a amar-nos uns outros, que tira de nós o egoísmo de querermos agradar somente a nós mesmos, que tira de nós o medo e nos capacita á dia-a-dia nos eforçar-nos para transformar em atitudes o amor que dizemos sentir por nossas esposas , nossos maridos e nossos filhos. Em Jesus, podemos ter esperança de reverter os 360% a mais de divórcios nos últimos dez anos, em uma vida de paz e vida abundante que só Ele pode dar a cada um que busca nele o alicerce de seu lar. Pare de lutar sozinho, peça a Deus que faça em sua família e em seu lar, tudo aquilo que ele planejou para você , e que começou lá atrás, no capítulo 12 do livro de Gênesis.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Persevere !


Alguém disse que não importa a maneira como começamos algo, mas sim, como terminamos. Sempre que escuto essa frase lembro-me dos inúmeros regimes para emagrecer que comecei na segunda pela manhã e terminei na hora do almoço.


A perseverança consiste em sermos firmes em uma resolução, projeto, ou sentimento. Tem a ver com envidarmos um esforço maior em direção á um objetivo, mesmo que para isso, tenhamos que suplantar males iminentes e dificuldades que surjam pelo caminho.


O problema, é que todos nós temos problemas. No meio do caminho, em sua luta pela perseverança, os problemas talvez sejam tão grandes quanto o seu desejo de enxergar seu objetivo realizado. Quantas vezes não decidimos começar novos planos, tomarmos novas resoluções, e logo à primeira barreira já nos vemos desanimados ? Para aqueles que têm algum vício como o cigarro e não conseguem passar do terceiro dia em sua decisão de abandoná-lo, saberão bem o que estou querendo dizer, ou aqueles que perdem a calma facilmente e fazem de tudo para se controlar, mas não conseguem passar do primeiro carro parado à sua frente num sinal verde ou ainda aquela pessoa que precisa restaurar seu casamento e relacionamentos familiares e que muitas vezes não sabe nem mesmo por onde começar ? Seja qual for nossa meta, em qualquer área de nossa vida, vamos precisar de muito mais do que resoluções... Afinal de contas, para que serve a perseverança não é mesmo ? Foi por causa desses obstáculos que alguém inventou essa palavra.


Encontramos um exemplo de perseverança na história dos grandes seguidores de Deus.


Lendo a historia de José, podemos observar algo que acontece com todo aquele que se dispõe a querer fazer a coisa certa: a alternância entre bons e maus momentos. José tem um sonho, onde se vê numa posição de destaque em relação aos irmãos e realizando grandes coisas, isso é bom. Acontece que seus irmãos ficam com inveja dele e o vendem como escravo, o que é ruim. A partir daí ele arruma um bom emprego no palácio de Potifar e fica encarregado de administrar todos os negócios por ali, isso é bom. A esposa de potifar fica de olho nele e tenta seduzi-lo, muito ruim. José foge, isso é bom. O problema é que a mulher fica furiosa , mente para o marido e o acusa de assédio sexual, muito ruim.


A partir daí, José vai nos dar um exemplo de perseverança. Ele é preso, e dentro da prisão ele não perde as esperanças e a vontade de realizar na sua vida tudo que sonhara. Mesmo como um prisioneiro, longe de casa, separado do pai, traído pelos irmãos, cercado por estranhos que o compraram e venderam, ele persevera. Mas há um importante detalhe que revela de onde vinha a perseverança de José:


“...Porque o Senhor estava com José e lhe concedia bom êxito em tudo que realizava.” Gn. 39:23b.

A história termina com José como governador do Egito, realizando as grandes coisas que sonhara e em posição de destaque diante de seus irmãos.
José não desistiu, diante da rejeição de sua família...não desistiu por ser rebaixado à condição de escravo...não desistiu por ser acusado e condenado por algo que não havia feito. Perseverou e realizou.

Concluímos então que a perseverança nos leva a exercer controle sobre as situações ao invés de nos entregarmos passivamente, nos faz permanecer fiéis a nossos valores quando somos tentados a transigir e nos faz encontrar sentido e propósito em nossos obstáculos. E principalmente, entendemos que não há perseverança quando não convidamos Deus para estar conosco, concedendo-nos bom êxito em nossas realizações.

"Mas o nobre projeta coisas nobres e na sua nobreza perseverará." Isaías 32:8

José B. Silva Junior

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails