Atingidos pelos Reflexos...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

(Meus)"Ensaios sobre a cegueira - Eu era cego, e agora vejo" II‏

E já que o assunto é cegueira... outro pensamento que li hoje e achei apropriadíssimo ao momento..

A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira; a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas: e tal era a dos Escribas e Fariseus. Homens com os olhos abertos e cegos. Com olhos abertos, porque, como letrados, liam as Escrituras e entendiam os Profetas; e cegos, porque vendo cumpridas as profecias, não viam nem conheciam o profetizado.

(...) Esta mesma cegueira de olhos abertos divide-se em três espécies de cegueira ou, falando medicamente, em cegueira da primeira, da segunda, e da terceira espécie. A primeira é de cegos, que vêem e não vêem juntamente; a segunda de cegos que vêem uma coisa por outra; a terceira de cegos que vendo o demais, só a sua cegueira não vêem. Padre António Vieira, in "Sermões"

quarta-feira, 29 de julho de 2009

(Meus) Ensaios sobre a cegueira - Eu era cego, e agora vejo !


Filosofando com meus botões por estes dias, fazia a seguinte reflexão: Como pode se explicar o fato de algumas pessoas enxergarem níveis da realidade de modo tão diferente de outras? Acabei me perguntando: Como, “fulano de tal” não enxerga tal coisa ?

Pensei que o fato de enxergar ou não , esse ou aquele assunto sob determinada perspectiva, era também a principal metaforização nos evangelhos para representar todos aqueles que estavam reduzidos à impotência e privados de sua real condição humana. O próprio Jesus afirma que os líderes judaicos de seu tempo eram “cegos” (Mt. 23:16,19,24) e dizia ainda que eram cegos guiando outros cegos.Assim, entendemos que a frase: “ dar vista aos cegos”, contida nos evangelhos é uma das que pode perfeitamente qualificar a missão libertadora de Cristo.

No capitulo 9 do evangelho de Mateus, nos deparamos com Jesus “abrindo os olhos de um cego”. Um mendigo que pedia esmolas sentado e vivia dependente dos outros. Jesus, ao dar-lhe visão, dá também mobilidade e independência. Tira-o de uma vida improdutiva e inerte. Esse ex-cego foi levado aos fariseus para ser interrogado... eles queriam que o cego declarasse que Jesus era um pecador por haver curado no sábado (o que era contra a lei dos judeus). A resposta do cego foi ótima, direta, sem teorias e nem teologias... : “Eu não sei quem era ele, se pecador ou não, o que sei é que eu era cego e agora vejo”.

Poderia aqui compartilhar experiências minhas, de como isso acontece gradativamente em minha vida. Sobre o novo olhar que adquiro à medida que deixo Cristo agir em mim. E de como esse olhar precisa ser continuamente disciplinado, praticado e habituado. Não acontecendo de uma hora pra outra.

Mas...descobrir e começar a enxergar coisas novas nem sempre é fácil. Isso pode ser muito dramático e doloroso. Sabem por que? Porque começamos a nos conhecer melhor. E geralmente não gostamos do que vemos. Não é nada fácil ficarmos frente a frente com aquilo que nos desagrada em nós mesmos.

E é também difícil, porque causa sofrimento o fato de enxergar a realidade das mazelas de nossa sociedade, de nossa igreja, de nossa família. Porém, apesar de doloroso, é um processo necessário. É muito melhor do que continuar cego.


Outra conseqüência desagradável é o fato de nem sempre sermos compreendidos. As pessoas geralmente não gostam daqueles que enxergam mais. Porque os que tem uma visão mais ampla, revelam o que não queremos ver, aquelas coisas para as quais fazemos vistas grossas.

Houve um tempo em que eu acreditava piamente que as pessoas que estão dentro da igreja são melhores que as que estão fora. Até evitava relacionar-me com as que são indiferentes a Deus e à Igreja. Após tantas decepções com pessoas que ocupam cargos de liderança nas igrejas perdi essa ingenuidade. Eu era cego, agora vejo !

Houve um tempo em que eu acreditava que as pessoas que não professam nossa religião, estavam peremptoriamente condenadas à eternidade sem Deus. Com o tempo aprendi que o critério dado por Cristo para medir a proximidade de uma pessoa com Deus não é a religião que ela segue, mas sua prática, seus frutos de amor e justiça. Eu era cego, agora vejo !

Houve um tempo em que
eu acreditava que as pessoas estavam me contando certos episódios da vida de outros com um interesse realmente sincero em ajudá-las. Com o tempo conclui que só o fazem mesmo porque se rendem a um dos desejos mais negativos do ser humano: a fofoca. Melhor (ou pior) ainda quando a fofoca vem disfarçada com linguagem piedosa. Eu era cego, agora vejo !


Creio que muitos de nós talvez pudéssemos compartilhar algumas experiências dessa natureza. De como adquirimos, aos poucos, uma visão mais larga e profunda da existência. De como vamos adquirindo discernimento. Sempre haverá aqueles que ficam incomodados com a revelação de certas verdades, com as luzes que são lançadas sobre determinadas questões ou simplesmente com opiniões sinceras sobre determinados assuntos.


Porém, a pessoa, que está buscando o crescimento no conhecimento e amor de Cristo, tem como seu compromisso maior o testemunho dessa nova visão da vida e da realidade que Cristo nos proporciona. Por isso podemos dizer com alegria, tal como aquele ex-cego: “Eu realmente não conheço muito bem sobre Cristo, as complicadas doutrinas que sobre ele os teólogos escrevem... Nem sei muito bem o que é cristologia. Só sei que eu era cego. Um dia Ele me encontrou. E eu agora vejo”


José B. Silva Junior.


Texto baseado em trechos do livro: “Entre o Púlpito e a Universidade” – Carlos Eduardo Calvani

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Voltemos ao Evangelho...


Ontem, estivemos pregando na 1ª Igreja Batista do Matão, na cidade de Sumaré-SP. Aproveitamos esse espaço para agradecer ao Pr. Everaldo pela oportunidade e privilégio que nos proporcionou de compartilhar a Palavra de Deus com as pessoas ali presentes.

Meditamos no texto de Apocalipse 2:12-17.

Pensamos sobre as dificuldades que podemos encontrar quando vivemos em um ambiente conturbado, (assim como os cristãos de Pérgamo) mas ainda assim, sermos fiéis aos princípios morais estabelecidos pela fé cristã.


Os cristãos daquela época viviam numa cidade que prestava culto ao imperador e onde os templos dedicados à deuses pagãos como Zeus e Atenas eram freqüentados pela grande maioria da população. E embora vivendo dentro desse sistema, pressionado por falsas doutrinas e culto à ídolos, Jesus os elogia por permanecerem fiéis ao nome Dele: “Reténs o meu nome e não negaste a minha fé...”


Como tem sido difícil para nós que nos chamamos cristãos conviver com situações tão difíceis nos dias de hoje, onde vemos “mercadores da fé” venderem milagres em troca de uma oração de 7 minutos com hora marcada ( 7 pra meia-noite) , sem esquecer é claro de uma oferta “simbólica” de R$ 7,00. Ainda Ontem soube também de uma campanha de uma grande denominação, que anunciava que por uma “contribuição de fé” no valor de R$ 33,00, (o número da idade de Cristo), todas as suas enfermidades (do contribuinte é claro) seriam curadas. Misticismo, superstição e numerologia, querendo se passar por evangelho. Como ser cristão nesse ambiente ?


Hoje almoçando com um grande amigo, falamos um pouco sobre o assunto. Recebi dele assim que cheguei em frente ao computador uma mensagem que me fez refletir sobre a proliferação desses “mercadores do evangelho”:

“Assim como os primeiros cristãos começaram a cultuar desenhos que faziam nas cavernas e posteriormente a cultuar os enterrados ali, (e é importante lembrar que não foi a igreja católica que impôs as primeiras adorações a santos e imagens. Esse foi um movimento que surgiu no meio do povo), acho que a adoração as celebridades (pseudo-pastores negociantes da fé) é fruto da necessidade de um povo sedento por sarar suas vidas.

É um movimento que, assim como nos primórdios do cristianismo, vem do povo, querendo um libertador que solucione os maiores anseios da alma com uma bela , confortante e atrativa pregação no domingo....para que assim consiga-se a garantia de uma SEMANA abençoada...


O verdadeiro Pastor dá alívio para a vida toda..... mas alguns querem ter uma semana boa.”


Outro aspecto sob o qual meditamos, estava no fato de que a igreja de Pérgamo apesar de não negar o nome de Cristo e ser elogiada por isso, foi também advertida para que os ensinos dos Nicolaítas não fossem absorvidos pelos Cristãos.
Como já citamos em postagens anteriores, os nicolaítas eram conhecidos por aceitarem a imposição do império romano, de modo que fossem de alguma maneira favorecidos pelo sistema político da época. Jesus pede à igreja que fique bem longe disso. Fiquei impressionado com a semelhança da mensagem escrita no 1º século com nossos dias, e com coisas que acontecem tão próximas a nós.

A mensagem dirigida à Igreja de Pérgamo quer nos dizer que podemos sim viver num ambiente conturbado, cercado de corrupção, e de ensinos que vão contra o que Jesus nos deixou, e apesar disso, sermos fiéis, retermos o nome dEle e não negarmos nossa fé... É exatamente isso o que Ele pede á Igreja de Pérgamo e acredito também, a cada um de nós...


Que Ele nos abençoe, nos proteja e nos ajude a sermos dia-a-dia transformados pelo (verdadeiro) evangelho !

sexta-feira, 24 de julho de 2009

José Alencar internado novamente...

Hoje não me contive e encaminhei um e-mail ao vice presidente José Alencar manifestando minha admiração por sua luta , exemplo de perseverança e compreensão da vontade de Deus em sua vida. Recebi abaixo a resposta de sua assessoria de comunicação social:

"Senhor José Benedito da Silva Junior,


Recebemos em ordem sua mensagem desta data.Agradecemos a generosa manifestação contida em sua mensagem dirigida ao Vice-Presidente José Alencar.O Vice-Presidente se encontra ainda em São Paulo e, quando liberado pelos médicos, retornar a Brasília, seu e-mail será entregue a ele.
Atenciosamente,
Amaury T. Machado
Assessor de Comunicação Social
Vice-Presidência da República"

Que tudo vá bem para ele...

José Alencar lutando contra o câncer...



Continuo comovido e impressionado com o exemplo de força e perseverança desse homem frente às adversidades da vida. Me emociono a cada entrevista sua...

Que Deus o abençoe...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Política e Igreja


O prefeito de Paulínia, José Pavan Júnior (DEM), teve o mandato cassado e tornou-se inelegível por três anos. A sentença foi dada ontem pela juiza Maria Raquel Campos Pinto Tilkian. O democrata foi cassado sob acusação de compra de votos. A juiza já marcou a diplomação do segundo colocado, o petista Dixon de Carvalho, para o dia 24, às 14h, no cartório eleitoral da cidade. A diferença de votos entre os dois foi de 1,5 mil votos.(por Venceslau Borlina Filho).

Segundo a sentença da juíza, um único depoimento 'acrescenta dados relativos à compra de votos e ao abuso do poder econômico' praticados por Pavan Júnior e Simone: o de um homem que presenciou o ex-prefeito Edson Moura (PMDB) em uma casa no bairro Alto dos Pinheiros, em Paulínia, distribuindo dinheiro a diversas pessoas, nos valores de R$ 500,00 a R$ 1 mil. Moura foi apoiador da campanha eleitoral do prefeito eleito e sua vice. Com isso, Maria Raquel concluiu que: 'os réus, apoiados pelo ex-prefeito Edson Moura, abusaram do poder econômico, oferecendo vantagem pecuniária aos municípes e um bem, o terreno, em favor de uma igreja, cuja comunidade congrega cerca de mil pessoas'. A decisão é resultado de uma ação de impugnação do mandato eletivo do prefeito e sua vice pela coligação 'Renova Paulínia', de Dixon e seu vice Luciano Bento Ramalho (PR). (Jornal Cosmo on-line)

Publiquei em meu blog em Janeiro deste ano um artigo sob o título: Pendência , que teve como objetivo a reflexão sobre o assunto da relação entre Igreja x Política. Na ocasião pensei sobre o perigo que a igreja corre como instituição que deveria ter a preocupação principal de levar a mensagem libertadora do evangelho às pessoas, e de fazê-las descobrirem a verdade e crescerem espiritualmente, mas que ao invés disso, estivesse se preocupando com conchavos políticos e nas benesses que a máquina político-administrativa poderia talvez à ela dispensar.

Hoje, o processo que existia na época sobre a suspeita de compra de votos, pelo então recém-eleito prefeito de Paulínia teve sua sentença promulgada e as acusações foram confirmadas. A juíza entendeu como suficientes as provas que mostraram o crime cometido por Pavan Junior.


Ano passado no Rio de Janeiro o Pastor Marcos Pereira da Silva negociou durante o culto em uma igreja da Assembléia de Deus, cargos para a secretaria de administração penitenciária e de ação social, só não obteve êxito em confirmá-los por que não houve acordo com o candidato Sérgio Cabral.


Minha reflexão novamente é... Qual benefício o evangelho tem, quando políticos, de posição duvidosa recebem a palavra dentro de templos evangélicos ? Aliás, diga-se de passagem, políticos que só adentram as portas desses templos em época de campanha eleitoral.
Como instituição que zela pela proclamação da palavra de Deus, pela regeneração de almas, e por uma transformação da sociedade, inclusive para que atos como suborno e compra de votos não sejam uma prática comum, penso que precisamos estar atentos ao nosso comportamento nas próximas eleições. Creio que levar Jesus à sociedade, requer de nós um firme propósito e alicerce na Palavra de Deus, que nos recomenda não nos filiarmos à um jugo desigual, afinal, que sociedade tem a justiça com a injustiça ?

Notícias como essas, fazem-nos pensar na responsabilidade que temos com a moral, com a ética e com a honestidade que a Palavra de Deus nos recomenda.
Consciência política sim. Usar a igreja de Cristo como "trampolim" para objetivos pessoais jamais.

“Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão”. I Tim. 6:9-11.


Pois...“Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido. Lucas 12:2 .


Que Deus tenha misericórida de nós...e nos ajude !

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Semeador...

Recebi hoje essa mensagem do meu irmão Silvio... não conheço o autor, mas fui profundamente tocado por ela e tenho certeza que será sempre inspiração para que eu prossiga no caminho... e acho oportuno compartilhá-la com você , para que a semente encontre também aí...um lugar para germinar e dar frutos.


Tua função é semear.
A semente é abundante; Um pensamento; Um conselho; Um pouco de água; são sementes que germinam facilmente.

Não semeies, porém desnecessariamente, como quem cumpre uma missão desagradável. Semeie com interesse, com atenção, como quem encontra nisso o motivo central de sua felicidade.

E, ao semear, não pense: Quanto me darão? Quanto demorará a colheita? Recordas que não semeas para enriquecer, aguardando o ganho multiplicado; semeias porque não podes estar inativo, porque não podes servir a Deus sem servir aos demais.

És dono de ti mesmo, da vida e do universo.Tua semente pois, não cairá no vazio.Sem querer, sem esperar recompensas, receberás recompensas, sem pensar em colheitas,. . . E tudo porque semeias num reino onde dar é receber, onde perder a vida é encontra-la, onde gastar servindo é aumentar.

Semeia sempre em todo terreno, em todo tempo, boa semente com amor, com interesse, como se estivesse semeando o próprio coração. SÊ POIS, UM SEMEADOR.


" a semente está em nossas mãos.Cuides com o que semear,pois o semear é livre, a colheita é obrigatória"

"E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear..."Mateus 13:3

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Neoignorantismo

Recebi um e-mail essa semana de uma pessoa que está entre os novos contatos que tenho feito nos últimos meses por conta dessa atividade “bloguística”. Josenilton kaj Madragoa é escritor e tem compartilhado com algumas pessoas o ensaio de um livro que pretende publicar, que tem como título: “Conscienciosofia Prática”. Dentro da leitura do texto, aliás, muito bem escrito e pensado, encontrei uma palavra que pela sua peculiaridade chamou muito minha atenção, e me fez refletir sobre algumas coisas:

Neoignorantismo.

E para que entendamos sobre o que estamos arrazoando, necessário se faz que os significados da origem da palavra e do termo fiquem bem claros para nós.

Ignorante: Pessoa que não tem conhecimentos, que comenta um assunto sem conhecer detalhe, que não sabe o suficiente sobre tal matéria. Destaco como interessante uma última definição de ignorante que encontrei, enquanto fazia a pesquisa para escrever esse texto: “Você, ao procurar o significado dessa palavra”.

Partindo desse ponto, podemos então pensar em ignorantismo como uma ação contínua da ignorância, chegando próximo a um estilo de vida.

Se fosse então definir neoignorantismo, o faria pensando em: “Uma tendência da consciência em defender a ignorância como a melhor maneira de viver sem complicações nessa época pós-moderna”

Acredito mesmo que vivemos um uma época que faz apologia ao ignorantismo.Parece ser exatamente isso que vemos em muitas instituições que se autodenominam igrejas na atualidade. A ignorância sendo alimentada pela proliferação de “líderes” que se aproveitam do povo sofrido e pouco instruído para ter algum, ou melhor, muito benefício e até porque não dizer, lucro. Estes ao invés de incentivarem a busca pela leitura e pelo conhecimento (como fez o apóstolo Paulo ao citar os Bereianos) trazem até os “fiéis” posicionamentos e pensamentos fechados e mastigados por eles, pensamentos estes que muitas vezes vão contra os próprios ensinamentos bíblicos. Usam dos púlpitos e de sua influência sobre os incautos para disseminar ensinamentos heréticos e inclinados à apostasia. Eu mesmo não preciso ir muito longe para buscar exemplo desse tipo de líder.

Senão, de que outra maneira podemos entrar em contato com o conhecimento do sagrado se não pela leitura? Afinal, o que Deus nos deixou para que o conhecêssemos e compreendêssemos sua vontade senão o texto? Creio não existir outra forma pela qual possamos de maneira eficiente e satisfatória deixar de ser ignorantes acerca da revelação divina. Deus poderia se revelar a nós da maneira que mais lhe conviesse: Através da tradição oral, do envio de seres angelicais e de sonhos e visões como fez nos tempos antigos. Mas não. A maneira como Ele se revela a nós de maneira universal, é através do texto bíblico. Conversando com uma amiga de trabalho sobre esse assunto enquanto escrevia esse parágrafo, embora ela tenha confessado certa preguiça de ler, disse-me também o que seu pai sempre ensinou a ela e a seu irmão, algo que também acredito, deva ser ensinado por todo líder e pastor de qualquer igreja: “Meus filhos, sabem o que têm que fazer? Três coisas: Ler, ler e ler.” No nosso caso, a leitura do texto sagrado deve ser o principal objetivo se quisermos nos distanciar do neoignorantismo evangélico.

Citando novamente Josenilton Madragoa:

“Ler é decriptar. Os meandros e subterrâneos do texto são perceptíveis apenas para os leitores iniciados na misteriosa e quase esotérica arte da hermenêutica profunda. Nos dias de hoje isso tem sido privilégio de poucos ledores. É o efeito da prevalência do neoignorantismo, imposto não mais pela igreja na Idade das Trevas, mas pelo Capitalismo, igualmente supranacional, que prefere consumidores não pensantes e que contribuam para o apressuramento, de forma segura e constante, das esteiras de produção de culturas de massas altamente lucrativas.”

As pessoas têm procurado nos dias de hoje uma melhor maneira de viver sem complicações nessa sociedade consumista. O trabalho, a conquista de bens materiais, a diversão,o passar horas e horas sentado em frente à um aparelho de TV... Tudo isso tem feito parte dessa busca à um modelo agradável de vida. Sem nos darmos conta, fazemos da ignorância um estilo de vida e plantamos em nossa consciência uma defesa natural contra a busca do conhecimento da vontade de Deus para nossas existências. Precisamos com urgência, fazer essa busca por iniciativa e vontade próprias, tentando nos desligar de paradigmas e filosofias estabelecidas através da imposição de falsos líderes e pseudo-mestres que tem como principal objetivo, não o compartilhar o conhecimento da verdade que liberta, mas sim a manipulação das massas a fim de obterem benefícios particulares.

“Ora, os cristãos de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram, de fato, assim" (Atos 17:11).

Que Deus nos ajude...
José B. Silva Junior

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Conceitos errados sobre louvor...





Por Ramon Tessmann

Há algum tempo atrás, estive estudando sobre um tema bastante interessante direcionado à area de louvor. O que mais me chamou a atenção foram os tópicos apresentando os principais conceitos errados que criamos em volta deste tema. Vou explicar de forma objetiva e clara laguns destes conceitos.

O primeiro passo que devemos dar, que é dos mais importantes, é aprender a separar a tradição, da verdadeira vontade de Deus e seus propósitos para o louvor. Devemos esquecer de todos os ritos, idéias, hábitos, pensamentos, etc., e irmos para as Escrituras Sagradas ver o que Deus ordena que façamos e ver do que Ele se agrada. Muitas vezes devemos repreender aquilo que não tem base bíblica, mesmo tendo ouvido isto desde crianças. É difícil fazer isto, mas devemos aprender a discernir as idéias equívocas que temos a respeito de louvor. Observe abaixo os principais conceitos errados que formamos.

1- Apenas uma mera apresentação: neste ponto nós devemos nos diferenciar do mundo. Deus não criou o louvor para nos O apresentarmos diante dos outros, mas para o engrandecimento do seu grandioso Nome. Às vezes fazemos do louvor uma peça de teatro onde o objetivo é mostrar algo, dar show ao público presente...

2- Para cativar os outros: é comum ouvirmos: "vamos fazer um louvorzão para atrair os jovens!". Mesmo em reuniões de louvorzão, Deus deve ser o centro, pois é Ele que tem o poder para agir na vida das pessoas a atraí-las para o Corpo. Devemos estar prontos a louva-Lo e Ele fará a obra por nós...

3- Prática de comércio: este pensamento é bem comum em lançamentos de Cd's. Você já se perguntou para que que serve um culto de lançamento de Cd? Se é para a glória de Deus, AMÉM, mas na maioria dos casos isto serve para apresentar um Cd para o público e conseqüentemente vender o produto... Você se lembra o que Jesus fez com a pessoas que iam ao templo com o pensamento de comércio e de fazer bons negócios? Com certeza este conceito é direcionado a todas as áreas, desde a cobrança de cachês até a venda de produtos.

4- Ocupar espaço no culto: tem gente que pensa que o louvor serve para preencher um espaço no culto, com algo diferente. Uma animação, um momento de alegria ou de se levantar da cadeira e se espreguiçar...
Reconhecimento próprio: é o que chamamos de síndrome de Lúcifer, coração cheio de orgulho... pessoas que buscam aplausos, elogios e se acham o máximo.

5- Preparar o povo para a palavra: não se louva para preparar o povo para a palavra. O louvor é para o Senhor e não para a igreja. Quão ruim seria se a única finalidade de louvor fosse a preparação para palavra. Aí Deus não curaria, não batizaria, não falava através do louvor. A intenção seria preparar. Deus deve ser louvado independente da palavra, pois também sabemos que é Ele que vai falar através do pastor.

Conclusão:

Estou certo de que Deus deve ser o alvo de nossos louvores. Devemos tomar o exemplo de Davi no livro dos Salmos, que sabia direcionar o seu louvor a Deus e com certeza Deus se agradava dele! Não nos deixemos levar por ritos aprendidos com a tradição e que não têm fundamento bíblico, mas louvemos a Deus com toda a nossa força, com o coração cheio de SINCERIDADE, expressão, amor, humildade, e com a consciência de que só Ele é digno do nosso louvor...Aleluia!!!

Um abração em Cristo Jesus e até a próxima,

Ramon Tessmann

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Uma definição de igreja...




Copiado do Blog do Chiroma

Vende-se...em nome de Jesus.




No vídeo acima, o vendedor Marco Feliciano, do Ministério Tempo de Avivamento, leva a teoria da teologia da prosperidade às últimas consequências . Enquanto garante que Deus atenderá a todos os pedidos de "fiéis", "perseverantes" ou "valentes", ele aproveita e vende cursos de teologia, DVDs, CDs de músicas e camisetas. Mas ele também usa o nome de Jesus em merchandisings.

Segundos após realizar uma oração inflamada (que inclui palavras de língua desconhecida), Feliciano ressurge como garoto-propaganda no mesmo cenário para vender um consórcio de casa própria, o GMF Consórcios.

"Você realiza, então, em nome de Jesus, o sonho da casa própria", diz o pastor/vendedor.

Quando vejo esse tipo de coisa... a primeira coisa que me vem a mente é o episódio bíblico onde Jesus, num acesso de ira, expulsa os vendendores do templo e literalmente "vira as mesas." O texto sagrado assim nos diz:

"E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio." João 2:15-16


Entendo que Jesus condenava ali, além da profanação do templo, o interesse comercial que havia por trás da religião dos judeus. Ele quis realizar um protesto profético com vistas à restauração da dignidade do lugar santo vilipendiado por comerciantes. Podemos dizer também que indiretamente Jesus se revoltava contra a casta sacerdotal, que era a responsável pelo desrespeito ao recinto sagrado. Jesus então naquele momento, representava a tradição dos Profetas de Israel, e não a classe dos chefes político-religiosos da época. Sua intenção era também acabar com o tráfico moral que aquelas negociações representavam, afastando o povo do verdadeiro sentido do Culto à Yavé.

Fico imaginando o que Jesus faria se estivesse dentro do estúdio onde o Marcão gravou seu "merchan"... principalmente na hora em que escutasse Seu nome sendo usado como avalista do produto...

Ou melhor...não quero nem imaginar...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Seja o que Deus quiser...

Hermano Freitas - Direto de São Paulo

O vice-presidente da República, José Alencar, foi ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, nesta quarta-feira. Alencar afirmou que sentiu dores no abdome e seu médico pediu para que ele fosse ao hospital para adiantar exames. "Seja o que Deus quiser", disse o vice-presidente na chegada à unidade de saúde.

O vice-presidente foi internado na manhã do último sábado com uma obstrução no intestino - que foi tratada somente com medicamentos. Ao sair na segunda-feira do hospital, Alencar disse que as dores e a obstrução foram causadas por descuidos na alimentação. Ele contou que os tumores abdominais estariam sendo reduzidos devido ao tratamento que vem realizando nos Estados Unidos. Em janeiro, o vice-presidente enfrentou 17 horas de operação para a retirada de nove tumores no abdome. Mas, em maio, exames constataram o retorno dos tumores na mesma região.


Tenho acompanhado o drama do vice Presidente da república José Alencar. Nos últimos doze anos, ele passou por mais de dez cirurgias, já perdeu o rim direito, a próstata e dois terços do estômago. Sua experiência tem servido para que eu perceba como a fé em Deus pode tornar um homem otimista mesmo diante de circunstâncias das mais adversas. Não sei qual a religião de Alencar, também não sei o que ele pensa sobre a doutrina da salvação. O que sei, é que em todo esse tempo que tenho tido a oportunidade de ouvi-lo, ele demonstra ser alguém que entende bem a soberana e perfeita vontade de Deus sobre sua vida terrena ! Em uma de suas entrevistas, antes de submeter-se a uma delicada cirurgia para retirada de tumores, ouvi-o dizendo com sua habitual calma e serenidade, e com aquela surpreendente expressão de tranqüilidade no rosto: -“Não quero para minha vida, nem um dia a mais, nem a menos do que Deus planejou”

Cada vez que me lembro do vice-presidente e ouço suas declarações, fico pensando em como eu agiria diante do mesmo problema. O que falaria para as pessoas, para meus amigos, para os meus filhos, esposa e conhecidos. Lamentaria? Reclamaria das dores? Ficaria em silêncio, talvez questionando Deus sobre o porque do meu sofrimento? Ou, se assim como Alencar; distribuiria sorrisos, palavras de estímulo e a certeza de que Deus está no controle de tudo?


Ainda não consegui responder com certeza a essa dúvida. Mas espero que as palavras de José de Alencar sejam para mim, assim como são para ele em todas as situações, muito mais do que um jargão e uma frase feita, mas algo que possa ser sentido, aceito e vivido com um coração cheio de paz.


Seja o que Deus quiser” – José Alencar


"...mas também gloriemo-nos nos sofrimentos; sabendo que o sofrimento produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Rom. 5:3-5


José Junior

terça-feira, 7 de julho de 2009

"Tira a gente daqui..."



Vivíamos o ano de 1997. Era uma noite com ventos fortes e céu escuro, o que indicava que uma violenta chuva estava prestes a cair. Passava das 21:30 e eu, minha esposa Nilce e minha filha Júlia, na época com apenas 3 anos, acabávamos de sair da Igreja Batista Central na cidade de Paulinia e seguíamos rumo á Cosmópolis onde morávamos.

Entramos no carro, e seguimos pela estrada que ligava os dois municípios. Aproximadamente 12 Km de pista simples, sem acostamento, muitos buracos, quase nenhuma sinalização no asfalto e um tráfego muito acentuado de caminhões. Não foram poucas as vezes que fazendo o mesmo percurso, testemunhamos acidentes das mais variadas formas.

Logo que iniciamos o trajeto, chega a prometida chuva . E dali para frente, iria presenciar uma das piores que já tinha visto até aquele dia. Era aquele tipo de chuva com ventos fortes, que você não consegue identificar de que lado vem e que mesmo com o limpador de pára-brisa ligado em sua maior velocidade, pouco se podia enxergar da pista. Ocorreu-me a idéia de parar... mas onde ? Já que o acostamento era um precário “caminho” na beira da pista que aquela altura nem a melhor visão humana poderia identificar. Pensei que tão perigoso quanto continuar a viagem seria tentar parar em meio aquela escuridão e debaixo de toda aquela água.

Tentava disfarçar a tensão pela qual passava, fazendo o possível para deixar a Nilce e a Júlia tranqüilas... Mas percebi que não estava tendo sucesso.

Antes de chegar à entrada da cidade, havia na estrada um grande declive acompanhado em seguida de um aclive. Quando passei no final da baixada, havia muita água no asfalto... a ponto de sentir o carro querer escapar de controle. Senti também que a água parecia ter entrado no motor, o que se confirmou, pois ele parou de funcionar logo que a subida começou. Nesse momento a chuva era ainda mais forte que antes e os vidros do carro estavam todos embaçados. A visão que tinha do lado externo do carro, numa escala de 1 a 10, era de 0,5. Por instinto virei a direção do carro para direita, tentando sair da frente do que quer que seja que eu não conseguia ver viesse atrás de mim. Girava a chave, na vã tentativa de fazer o carro funcionar. Ficamos os três, eu a Nilce e a Julinha, imóveis e sem falar uma palavra por aproximadamente uns 5 minutos (enquanto tentava fazer o carro pegar), tamanha era a tensão. Ouvíamos o barulho de buzinas de caminhão e sentíamos o carro balançar, de tão perto que percebíamos que eles estavam passando de nós. Eu realmente senti medo aquele dia. Depois de uns dez minutos, sem que a tempestade desse trégua. Já havia desistido de fazer com que o carro funcionasse.

Foi quando eu e a Nilce olhamos para trás, e vimos a pequena Júlia de joelhos no banco do carro, com a cabecinha entre os joelhos. Achamos que ela estava chorando, e quando perguntamos o que ela estava fazendo, ela disse:- “Estou orando para o Papai do céu tirar a gente daqui”. Em lágrimas (como estou agora), girei novamente a chave na ignição... O carro funcionou, seguimos ao nosso destino, seguros e protegidos até em casa.

Hoje... quando passo por situações difíceis em minha vida, lembro daquele dia. Penso que há circunstâncias onde preciso desviar minha atenção da chuva, dos caminhões, da falta de acostamento. Preciso juntar meus joelhos e assim como a Julinha suplicar: “Papai do céu...me tira dessa...”

“Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.”
Hebreus 4:16

José Junior

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Igualdade Cristã


"O Evangelho nos coloca como filhos iguais. Não há especiais, diferentes ou mais santos e menos santos. Debaixo da graça somos todos iguais. E quando se trata de vocação - o uso dos dons e as funções na igreja - também não há como ser revestido de poderes especiais - que faça do vocacionado um filho diferente. Não há como, no aspecto clerical de funções, ser revestido de superioridade. Quem assim o diz - e age, aceita um conceito diabólico. Pois no Reino de Deus e diante do Pai não há como ser mais do que outros. Não existe casta superior. Diante de Deus, somos vistos através da cruz e com ela, em Jesus - somos todos os mesmos - alcançados pela graça. Só isso e tudo isso."

Ed René Kivitz

Timão Tri-Campeão !!

Pausa na reflexão.... para comemoração minha e do meu filhão Joás.... hehehehe





Pausa na reflexão.... para comemoração minha e do meu filhão Joás.... hehehehe

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