Atingidos pelos Reflexos...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

I Fix You

Se perdeu alguma coisa que não pode recuperar... luzes vão te guiar até sua casa... seus ossos serão inflamados... e EU vou tentar recuperar você,,, Algum artista "gospel" poderia ter gravado.


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Em que pensas ?


Fico de frente com a pergunta que sempre se repete cada vez que abro aquele site da rede social: No que você está pensando? 

 Penso na dificuldade de escrever e expressar minhas idéias através de palavras e memórias. Lembrar dos tempos, dos anos passados, não é difícil, difícil é achar o equilíbrio que deve haver entre as experiências vividas e pensadas e as palavras que vão mostrá-las. Discutir vivências, querer mostrar ao mundo sua interpretação da vida, deixar registrado aquilo que importante se tornou através dos tempos e que foram motivos de rugas, manchas na pele e cabelos grisalhos ou de fortes alegrias, das emoções afloradas e dos sentimentos de satisfação plena, é sem dúvida um trabalho por demais complexo. 

 Nesse desejo de querer transformar vida e pensamentos em códigos que outros possam interpretar, acabamos construindo e destruindo limites que separam o real do irreal, colocamos memórias e lembranças em intercalações contínuas e descontínuas, tudo em busca do desejo de fazer-nos entender e de entender a nós mesmos. 

 Mas que pretensão essa minha, de querer através de simples grafismos e marcas fonéticas mostrar ao mundo o que vivo, sinto e penso. Conseguirei algum dia? 

 Torço pelos que olham os sinais gráficos de que disponho,para que o façam com grande sensibilidade e que junte-os com inteligência . Que se preocupem não só com aquilo que se apresentou acontecido, mas principalmente com aquilo que o acontecimento pode movimentar na vida e na alma das pessoas que conheceram o acontecido. Mas ainda que difícil, é isso que escolho... o risco de compartilhar memórias da vida, tentar criar vínculos... e não ser compreendido. 

 É inevitável que na construção de ajuntamentos de minhas memórias dentro desses 41 anos vividos, faça eu uso de experiências únicas, ( é óbvio, qualquer que queira comunicar algo, o fará com base em memórias e experiências adquiridas no âmbito do convívio familiar e de todos os outros seres humanos com quem tenha trocado algum tipo de relação), logo, quanto mais conhecer pessoas e outras culturas, mais próximo de ser entendido por outros estarei. Há a consciência de que quanto mais ampliamos esse círculo, mais efeito terá nossa comunicação. 

 Porém, dentro do grupo de experiências pelas quais tenho passado e das quais tenha feito uso na elaboração de meus escritos tenho que destacar algumas. A família, os professores (ou mestres) e principalmente a religião. Digo religião aqui não no sentido de minha escolha pessoal, mas por entender que ela constitui, sem dúvida alguma, uma das expressões mais antigas e universais da alma humana. Devemos entender que toda tentativa de querer se comunicar com a estrutura psicológica da personalidade das pessoas, deve considerar que a religião é um assunto importante para um grande número de indivíduos. O filósofo William James parece ter definido bem a influência da religião no entendimento da personalidade do homem quando disse: “O homem de conhecimentos muitas vezes não tem fé, embora seu “temperamento seja religioso”. Por isso minha idéia de comunicar começa sempre através da reflexão teológica. Apesar de ter sido e influenciado e tomado por alguns exemplos de líderes religiosos que exerceram alguma autoridade sobre mim, infelizmente não foram os que me deram bons exemplos os que mais me deixaram marcas. Ter experimentado o aspecto negativo da religião também teve sua parcela positiva na formação de pontes que me levaram ao exercício da reflexão e conseqüente crescimento espiritual. Aguardo o momento oportuno para falar mais sobre essas experiências. 

 Quando cito a influência dos professores e mestres, não quero falar sobre os que carregam títulos adquiridos no âmbito acadêmico. Me refiro não somente aos que fizeram do ensinar e educar, suas profissões. Estou falando mesmo é dos que têm a missão de trocar conhecimentos e fazem disso um estilo de vida e se preocupam verdadeiramente com o crescimento e formação intelectual e ideológica de seus aprendizes . São aqueles que esperam por resultados, cobram, testam, olham e acompanham cada passo de seus alunos. Durante minha jornada, foram em poucos que pude perceber todas essas qualidades, mas os que as tinham, fizeram a diferença nas construções de meus pensamentos. Tenho a imagem desse professor (e imagino que ele saiba que estou falando dele e vai concordar) como um revolucionário e agitador. Acho mesmo que é disso que precisamos... Agitar e revolucionar nossas existências em busca do saber. Precisamos de alguém que nos chame de ignorante e também que nos diga que estamos no caminho certo. Algo como o treinador que prepara os cavalos para saltar obstáculos, subindo o nível das balizas no momento oportuno. São a esses mestres a quem eu me refiro que contribuem sobremaneira à arte de nossas habilidades em lidar com o mundo. 

 E por fim, e não por ordem de importância vem a contribuição da família na construção de nossas memórias. Creio na família, como orientadora e formadora fundamental de nosso caráter e personalidade. É a comunidade familiar que vai estabelecer nossos parâmetros basilares de respeito ao nosso semelhante. Baseando-se em informações científicas na área psicológica, verificamos a necessidade primordial do grupo familiar na composição de uma estrutura saudável de educação do indivíduo. Estudos demonstram que os dois primeiros anos de vida são cruciais neste processo. Não tenho muitas lembranças dessa época de minha vida, nem consigo mensurar os benefícios e/ou os prejuízos que tive em relação ao que recebi por parte de minha família. O que consigo vislumbrar hoje é que todos os membros de minha família (os que comigo estão e os que já se foram) e também a que formei já na vida adulta, contribuem e são elementos que dão vida à inspiração para que eu continue nessa obstinação em transmitir minhas memórias vividas.


 Hoje... foi nisso que pensei.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pensando um pouco...




Na última postagem, comentei algo sobre pessoas que deixam que outros pensem por elas. 

 Escreverei mais sobre isso, porque reflito que nossos pensamentos precisam estar sempre em processo de organização. Se não temos uma forte resistência mental e conseqüentemente crescimento intelectual produzido, será muito difícil que possamos pôr ordem em nossas crenças e convicções.

Nessa sociedade pressurizada em que vivemos, aqueles que não tiverem uma boa resistência mental exercitada pelo trabalho de pensar, geralmente serão vitimados por idéias e sistemas que são destrutivos para o espírito e para as relações humanas. Essas pessoas ficam prejudicadas porque não aprenderam a pensar, nem se empenharam no desenvolvimento de sua mente, que é uma tarefa para a vida toda. Sem as vantagens de uma mente forte, vão se tornando dependentes das idéias e opiniões de outros. E em vez de trabalhar no campo das idéias e das questões, cercam sua vida de leis, regulamentos e programas. 

 V.M. Burrows escreveu o seguinte:

 “Uma das mais tristes experiências que pode sobrevir a um ser humano é ele dar-se conta, de cabelos grisalhos e próximo do fim de uma carreira improdutiva, do fato de que, através dos anos, esteve utilizando apenas uma pequena parte de si próprio” 

 Aliás, ele foi até bem sucinto. Muitos de nós estamos sempre correndo o risco de desperdiçar o rico e enorme volume de poder mental que Deus plantou na humanidade quando nos criou. Ele ordenou que fôssemos mentalmente alertas, e não indolentes. Contudo quem quiser ser mentalmente alerta precisará exercitar disciplina e se esforçar muito. A indolência mental é produto do medo e da preguiça. 

 O suicídio em massa dos membros da igreja do povo, ocorrido na Guiana em 1978, é um triste exemplo de onde as pessoas podem chegar quando sua mente não tem resistência. Quando os membros daquele grupo começaram a deixar que Jim Jones pensasse por eles começaram a correr perigo. Pararam de pensar, esvaziaram a mente, e passaram a depender dele para isso. E quando a mente dele deixou de raciocinar corretamente, todos eles sofreram as conseqüências. Ele lhes prometera orientação segura em meio a um mundo hostil e violento. Oferecera apoio pessoal e soluções para seus problemas. E aquelas pessoas renunciaram ao seu direito de pensar por si mesmas, o preço pago para ter essa segurança. 

 Mas muitos dos que não estão com a mente fortalecida nem sempre são indivíduos sem inteligência. O problema é que nunca pararam para pensar que precisam exercitar a mente para seu próprio desenvolvimento, pois isso é um aspecto importante da vida espiritual. É muito fácil deixar nossa mente se tornar apática, principalmente quando estamos cercados de pessoas de temperamento dominante, que querem pensar por nós. Ás vezes vemos isso em famílias sem equilíbrio, sem vida espiritual, onde uma pessoa intimida todas as outras, e estas acabam deixando que a primeira determine suas opiniões e tome todas as decisões. Temos também exemplos de igrejas cujo pastor possui personalidade dominante, e os membros deixam a ele a tarefa de sempre pensar por eles. (Isso é realmente comum que aconteça, muitas vezes por interesses religiosos, políticos e econômicos, que infelizmente ocorrem em igrejas dirigidas por esse tipo de líder). 

 A terceira carta de João (NT da Bíblia ) tem uma acusação a um homem de nome Diótrefes, um líder que, como Jim Jones, estava praticamente controlando todo mundo. Os cristãos simplesmente haviam sujeitado a ele seu direito de pensar. Eis as palavras de João contra ele:

 “Escrevi algumas palavras à igreja. Mas Diótrefes, que ambiciona dominar, não nos aceita. Por isso, quando eu for aí, não deixarei de reprovar o modo com que ele age, pois nos difama com palavras mal-intencionadas. Não contente com isso, ele se recusa a receber os irmãos e impede aqueles que desejariam fazê-lo, expulsando-os da Igreja.”

 Precisamos (sendo cristãos ou não), treinar nossa mente para pensar, analisar, criar. Quem possui uma mente bem ordenada é porque se esforça para ser um pensador. Esse tem uma mente alerta, viva e está sempre recebendo novos conhecimentos a cada dia, e regularmente faz novas descobertas, raciocina e chega a conclusões; são pessoas que exercitam a mente todos os dias. 

Certo pensador afirmou o seguinte: 

 “Eu possuía informação sem conhecimento, opiniões sem princípios e instintos sem crença alguma”.

 Quando chegamos a uma conclusão parecida com essa, pensamos que talvez fosse nisso que o apóstolo Paulo pensava quando escreveu:

 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Rom. 12.2)  

Pense nisso.. !

sábado, 23 de junho de 2012

Mudei !




É... Desde que criei esse blog até iniciar a digitação desse texto, tenho que admitir que mudei alguns pontos de vista com respeito à teologia... (e não só em relação à teologia)... também aos relacionamentos, à igreja, à família, ao trabalho... enfim... à vida ! Acho bom ter mudado ! E espero que até o final desse texto tenha mudado mais alguma coisa, pois como diz um famoso teólogo e escritor, “desejo de mudar é coisa de gente... e só não dá em poste de ferro”. 

 Mas tenho que confessar também que há um preço a pagar por essas mudanças. Esse negócio de “pensar”, “refletir” e “mudar”, nem sempre é bem visto para (como dizem por aí) um “crente”. Mas tenho certeza que esse exercício do pensar (desenvolvido dentro de um contexto de respeito pelo reino e pela criação de Deus) tem sido um ótimo trabalho pra mim. O que percebo ás vezes em alguns diálogos, é que alguns cristãos têm medo de pensar. Ficam perturbados quando tem de se haver com perguntas que admitem mais de uma resposta. E não vêem sentido em se trabalhar com grandes idéias, a não ser que possam sempre chegar a conclusões e respostas fáceis. Por causa disso sofrem um declínio em sua vida e atividade mental, em direção à mediocridade. Com isso perdem grande parte dos benefícios de Deus para seus filhos, benefícios que deveriam apreciar à medida que fossem descobrindo as obras das mãos de Deus no contato com o universo que ele criou. Parece-me que uma vida vivida nessas circunstâncias não passa de mero divertimento; é atuar sem pensar. 

 Acho que o crente (ou evangélico – como preferirem), que não pensa está sendo perigosamente absorvido pela cultura que o cerca, embora não se dê conta disso. Como sua mente está destreinada e não é preenchida com idéias válidas, ele não tem condições de apresentar ao mundo os questionamentos penetrantes com os quais possa desafiar suas teses. E a maior dificuldade que o crente moderno, vivendo numa sociedade secular, tem diante de si hoje talvez seja o de colocar diante do mundo esse questionamento para que surjam então as oportunidades de oferecer-lhe respostas baseadas nos pensamentos de Cristo. Estamos constantemente recebendo grandes volumes de informação secular, e, por causa disso, o crente que não quer raciocinar sente ímpetos de fugir, deixando a uma pequena elite de líderes e teólogos evangélicos o encargo de pensar por eles. (o que considero um grande perigo). 

 Em seu livro, The Christian Mind (A mente Cristã), Harry Blamires indaga se existem no meio cristão, pessoas com mente desenvolvida, capazes de confrontar essa cultura moderna que está se distanciando cada vez mais de Deus. Ele expressa o anseio de que haja homens que saibam raciocinar sobre as grandes questões morais da humanidade segundo as linhas de pensamento cristão. O receio dele, que eu compartilho, é de que achemos que somos pessoas que pensam, quando, na verdade, não somos, enganando-nos a nós mesmos. E ele diz o seguinte, dirigindo uma enérgica repreensão aos cristãos em geral:

Retiraram do cristianismo sua relevância intelectual, castrando-o. Talvez ele continue sendo um veiculo de orientação moral e espiritual a nível de indivíduo, mas a nível de comunidade cristã, ele é pouco mais que a expressão de um ajuntamento sentimental. "Quando o crente permite que sua mente fique embotada, ele se torna presa fácil dos divulgadores de um esquema de valores não cristãos, pessoas que não negligenciaram sua capacidade de pensar - e simplesmente nos superaram no plano intelectual.

E então... vamos seguir pensando, refletindo e mudando ?

"E vos renoveis no espírito de vossa mente." (Ef. 4.23)



Extratos do livro: "Ponha ordem no seu mundo interior" - Gordon Macdonald.

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