Atingidos pelos Reflexos...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Já Conhecia o Paguro ?


PAGURO
Clibanarius vittatus (Eupaguro, bernardo-ermitão, caranguejo-eremita)

Superordem:Eucaria
Ordem:Decapoda
Família:Paguridae
Nome em inglês: marine hermit crab


Não conhecia o Paguro até alguns dias atrás, quando ao entrar no mar percebi algo estranho sob meu pé. Abaixei e peguei com cuidado a concha, dentro da qual ele se abrigava. De fora da concha conseguia enxergar suas patas em forma de garras, tentei tocá-las para ver sua reação, se sairia da concha...mas não , ele tentava se esconder ainda mais. Corri buscar a câmera para registrar aquele momento, achei o bicho muito exótico para que não guardasse uma lembrança sua.


O paguro vive junto de rochas e arrasta uma concha onde se abriga. Fora da concha ele fica vulnerável, pois seu abdome é desprovido de carapaça. Quando a concha em que se refugia fica pequena, ele procura outra maior e chega a matar o molusco do qual quer a concha.


Fiquei alguns minutos observando aquela estranha criatura, queria vê-la totalmente fora da concha, mas como o tempo estava passando e talvez a falta de água pudesse causar algum sofrimento á ela, segui o conselho de minha esposa, ainda que relutando um pouco e devolvi-a ao mar...


Passei as próximas horas refletindo sobre a descoberta...


Assim como aquele paguro, percebo que ás vezes possa estar vivendo dentro de mim mesmo, arrastando junto comigo para onde vou uma “concha protetora”, um tipo de carapaça, que faz com que as pessoas não tenham acesso á mim. Conversando com outras pessoas, penso que isso talvez seja mais comum do que parece. Talvez isso tenha a ver com medo...afinal, todos temos nossos medos. Aquele medo que faz você pensar no que vai dizer à pessoa ao lado, se será bem aceito pelo que falar, se vai continuar fazendo parte do “grupo” ao revelar sua posição sobre determinado assunto. Pode ser também medo de nos machucarmos, de ferir-nos, da necessidade que temos de nos proteger. Pode ter a ver também com nossas fraquezas, nossos defeitos, nossa parte “feia”, que não queremos e não gostamos de revelar a ninguém. Por tudo isso, temos nos escondido dentro de nossas conchas.


Há uma recomendação bíblica feita pelo apóstolo Tiago que vai nos indicar um caminho contrário a essa auto-reclusão:


“Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação.” Tiago 5:16



Tiago está ensinando aqui que a confissão é uma pré condição para a cura. Cura de doenças ? Creio que o texto fala de uma cura mais abrangente do que uma simples doença, embora esta com certeza esteja inclusa. A idéia aqui conforme escreve Rubem Martins Amorese é : “ Ele está falando de psicossomatizações, de remorsos, de monstros retidos, de dores abafadas, de quartos escuros e mal-assombrados de nossa alma.”


A confissão compartilhada tem o poder de levar-nos à restauração de nossos relacionamentos e como conseqüência temos a cura da alma.


Visitei nos últimos dias de minhas férias uma pessoa que carrega em seu corpo uma grave enfermidade. Gostaria de ter conversado mais com ela, queria poder dizer e também ouvir algumas palavras que pudessem fazer alguma diferença tanto para ela quanto para mim. Mas tive medo de transformar em palavras meus pensamentos, e percebi que ela estava com uma resistência maior que a minha à essa conversa, pois todos que a visitavam saíam com essa mesma impressão. Estávamos presos à nossas conchas, como aquele Paguro, com receio de expor nossas fraquezas, nossas partes “feias”.


Quando não conseguimos mostrar aos outros quem na realidade somos, corremos o grande risco de carregar fardos muito pesados,.... de perder o ânimo, o fervor, o entusiasmo, a motivação correta e até de adoecermos. Corremos também o risco de até atribuir a Deus a culpa por nosso estado de penúria espiritual e eventual doença física, achando-nos abandonados por Ele. Vêm o ressentimento a amargura (contra Deus e contra todos, pois esses sentimentos não precisam de objeto claro) e o desânimo, que é um princípio de infecção da alma. Daí, para uma úlcera, para uma queda das imunidades corporais, que desembocam em dezenas de enfermidades, o caminho é fácil: Ladeira abaixo.


Nossas “conchas”, comparadas às do paguro, podem a princípio indicar-nos proteção e segurança, mas na verdade podem-se tornar uma grande armadilha em nossas vidas. No relacionamos com as pessoas muitas vezes sem saber seus nomes... as tocamos sem que saibamos quem sejam. Nas igrejas muitas vezes os chamamos de “amado irmão”. Essa expressão assim entre aspas, não tem nada de afetivo nem fraterno: é um eufemismo, um subterfúgio. Nós o chamamos de “amado irmão”, por que não sabemos seu nome.


E como fazemos para escapar dessa armadilha sutil e terrível ? Como faço para me tornar conhecido , verdadeiro e transparente para Deus, para meus irmãos e para mim mesmo?


“Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação.” Tiago 5:17


Que Deus nos ajude...
José B. Silva Junior

Trechos desse texto extraídos do livro: Igreja e Sociedade – Rubem Martins Amorese

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Dicas Sobre o Mercado de Trabalho.

Estou em meu período de férias do trabalho..., o que não siginifica que tenha menos trabalho pra fazer..(rs). Essa semana recebi a dica do vídeo abaixo do Pastor de minha Igreja. Nele, o conhecido consultor empresarial Max Gheringer, dá alguns conselhos para serem usados em nosso dia-a-dia nesse globalizado e competitivo mundo do mercado de trabalho. Conselhos aliás cheios de sabedoria... Boa reflexão !


terça-feira, 14 de abril de 2009

Obra e Graça Divina !

http://terratv.terra.com.br/templates/channelContents.aspx?channel=2481&contentid=229568


"Pura obra e graça Divina” ... Essas foram as palavras do médico para explicar o motivo pelo qual a criança do vídeo no link acima, não tivesse consequencias mais graves...

Achei interessante o termo..., vindo de alguém que passou vários anos debruçado em cima de livros e pesquisas científicas que explicam esse tipo de situação. Refleti que infelizmente e muitas vezes é exatamente nessas horas , em situações semelhantes, que cada um de nós tem um encontro com a obra e graça Divina em nossas vidas.


Quando não conseguimos explicar as coisas com o raciocínio lógico e com nossa capacidade de conhecimentos adquiridos, atribuímos os feitos ao agir sobrenatural de Deus.


Algo semelhante aconteceu com Tomé... Sua capacidade de raciocínio dizia que alguém crucificado, morto e sepultado não poderia estar à sua frente conversando com ele. Precisou recorrer á uma prova material de que aquilo estava acontecendo, e por isso tocou nos ferimentos de Jesus.


Jesus então, após o ocorrido, nos deixa uma importante recomendação...
E Jesus disse a Tomé: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia". Disse-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu!" Então Jesus lhe disse: "Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram".


Não que considere errado duvidar da existência de um Deus que não podemos fisicamente provar... A atitude de Jesus em pedir a Tomé para tocá-lo, demonstra que não é mesmo fácil para nós crer em um Deus que não vemos... Porém, nas palavras do próprio Jesus, “Felizes” serão aqueles que assim procederem !


A reflexão que faço disso tudo, é de que ás vezes nós vamos precisar mesmo de situações semelhantes ás que esse médico passou para reconhecer a obra e graça divina em nossas vidas... Mas seremos realmente felizes, quando essa certeza não depender de provas !


Porém... se você ainda tem dúvidas quanto á obra e graça Divina em nossas vidas, não hesite em questionar o próprio Deus... Ele se mostrará á você, e pedirá para que você o toque...!

Que Deus nos dê fé !

José B. Silva Junior

terça-feira, 7 de abril de 2009

Você conhece o Joás ?

Para aqueles que me conhecem pessoalmente e à minha família, com certeza a lembrança que tiveram ao ler o título desta postagem, foi a do meu filhão de 10 anos, apresentado inclusive na barra lateral desse blog. Mas não é à ele que me refiro, e sim ao Joás das páginas da Bíblia... você já tinha ouvido falar dele ?

Senão, deixe-me apresentá-lo.

Joás aparece nas escrituras sagradas, e nos chama atenção por um detalhe peculiar... Já era rei aos sete anos de idade. Poderia o pequeno rei, mesmo com sua pouca idade ensinar-nos algo ?

Imagine, tornar-se o líder de uma nação aos tenros sete anos de idade ! Pois foi exatamente isso que aconteceu ao jovem Joás. Ele sucedeu a ímpia rainha Atalia como governante de Judá por volta de 835 a.C. Felizmente esse menino rei tinha um conselheiro que temia a Deus, o sacerdote Joiada. Sua influência pode ser vista no amplo e audacioso projeto de restaurar o templo do Senhor. O novo rei certificou-se de que os sacrifícios e oferta queimadas fossem fielmente oferecidos ao Deus de Israel. Então Joiada morreu, e quase que imediatamente Joás abandonou sua busca de Deus e lançou a nação na Idolatria. Quando Zacarias, o filho de Joiada, censurou o rei e o povo por sua rebeldia, Joás ordenou sua execução. Pouco tempo depois Joás foi assassinado por seus próprios oficiais.

Joás, apesar de como a própria bíblia cita ,“ter sido o responsável pela grande restauração do templo e de outros grandes feitos”, também exemplifica a espiritualidade superficial. Suas decisões não foram baseadas em crenças bem assentadas; pelo contrário ele tinha uma fé emprestada. Como um camaleão, Joás mudou para acomodar-se ao ambiente. Quando o conselheiro de Deus se foi, Joás se juntou á multidão daqueles que não tinham um compromisso com Deus. Isso tudo nos ensina pelo menos três coisas:

1 –
Nossa fé deve ser genuína.
Assim como Joás, corremos o risco de não termos uma fé própria, ou seja, podemos estar vivendo com uma fé emprestada. Quantas não são as situações em nossas vidas, nas quais precisamos de pessoas convictas na fé a nos aconselhar e mostrar a direção certa ? Joás, enquanto aconselhado e tutoreado pelo sacerdote Joiada, fez o que era reto aos olhos de Deus. Mas assim que Joiada se foi ele mudou sua atitude. Será que quando vamos á Igreja para adorar nosso grande Deus e estudar a sua palavra, o fazemos porque temos uma fé convicta de que essa é a vontade de Deus ? Ou o fazemos porque temos alguém que está nos motivando a isso, que podem ser nossos pais, amigos, pastores, professores ou diáconos ? O que acontece quando essas pessoas não estão ao nosso lado, continuamos com a mesma fé ? Nossa fé deve ser genuína, algo do que não nos esqueçamos da noite para o dia.

2 – Nosso compromisso com Deus não deve mudar.
Joás arregaçou as mangas e promoveu, além da reforma do templo, uma reforma religiosa em seu tempo. Ele se propôs em fazer o trabalho que tinha para ser feito, custasse o que custasse. Mobilizou as pessoas, traçou estratégias e fez com que o povo todo se voltasse para Deus. Joás se empenhou e fez tudo que estava ao seu alcance para honrar o compromisso que fizera com Deus... ou melhor...quase tudo. Quando Joiada se foi, Joás esqueceu-se desse compromisso. A lição para nós, é que devemos e podemos honrar nossos compromissos com Deus, quando nossa fé é genuína.


3 – Ter uma fé emprestada, pode trazer tristes consequencias.
O fim da história de Joás não foi das melhores. E quando não caminhamos com uma fé convicta, estamos expostos à situações não muito agradáveis. Imagine você, aquele que todos conhecem como membro da igreja, assíduo frequentador de todos os cultos e programações, o exemplo de Cristão e que em algum momento se esquece de sua fé, ou então perde a companhia daquele de quem sempre “tomou” essa fé emprestada. Percebemos isso quando o comportamento de alguns desses “crentes”, denota atitudes que contrariam princípios bíblicos básicos. Isso pode ser um sinal de que estão caminhando com uma fé emprestada, e suas consequencias, assim como as que aconteceram na vida de Joás, podem ser muito tristes.

E nós ? agimos como seguidores de Cristo todo o tempo, não importando o preço à pagar ? Ou nosso compromisso tem mudado de acordo com as circunstâncias ?

Deus nos ajude !
José B. Silva Junior
Leia mais sobre Joás na Bíblia em II Cronicas cap. 24

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O inexplicável amor de Deus !

O vídeo abaixo foi indicado pela minha esposa Nilce... É uma metáfora do inexplicável amor de Deus ... por ela, por mim e por você....

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