Atingidos pelos Reflexos...

domingo, 21 de novembro de 2010

Aprende com o silêncio...



Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma,
a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos,
aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua,
aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou,
a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples,
valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido,
evitar reclamações vazias e sem sentido,
aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo,
existem companhias bem piores....

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos
olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo,
que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo,
como as marés que insistem em ir e voltar,
os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar,
como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo,
complete a sua tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia,
enxergar em você as qualidades que possui,
equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir
e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior
das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares,
aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu",
a valorizar o ser humano que você é,
a respeitar o Templo que é o seu corpo,
e o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito,
que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você,
eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar,
desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial.

Autor: Paulo Roberto Gaefke

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Crescimento Espiritual




Pr. Natanael Gabriel da Silva

Gostaria de começar perguntando sobre um chavão que se escuta em cada esquina de igreja, chamado de “crescimento espiritual”. Afinal de contas, o que é isto?

É claro que esta pergunta não tem uma única resposta, pois “crescimento espiritual” pode ter muitos sentidos, já que a palavra “espiritual” não tem limites e é ela que dá a qualidade ao crescimento. Isto quer dizer que uma pessoa, pertencente a uma igreja carismática, vai achar que o “crescimento espiritual” é a capacidade que uma alguém tem de trabalhar, dominar e aplicar os dons espirituais, voltados para o sobrenatural, como curas, exorcismos e por ai vai. Neste caso, “crescimento espiritual” é ir o mais profundo possível naquilo que se traduz no mais nobre ideal da referida igreja. É também fator de status. O domínio de determinado campo que permeia uma comunidade, quando conquistado por alguém, torna-se extremamente valorizado pelo grupo. Primeiro porque consolida e confirma o discurso do grupo, e depois porque “crescimento” é algo que empurra para “cima” uma vez que ninguém tem o desejo de “crescer para baixo”.

Vamos em frente, não para cima. Se a igreja tiver uma inclinação para a valorização do texto bíblico e da doutrina, “crescerá espiritualmente” aquele que conseguir colocar em prática o melhor possível, tanto a doutrina como o texto. Normalmente a avaliação do crescimento migra para a vida ética. Ou seja, só é possível avaliar o crescimento espiritual de uma pessoa a partir de sua prática cristã. Este tipo de entendimento está mais próximo das nossas igrejas batistas que enfatizam o conhecimento. Também não é necessário dizer que há uma certa tendência a uma postura legalista, ou seja, começa-se a pensar na vida espiritual pelos resultados sem haver atenção na motivação. Neste caso já estamos conversando sobre o judaísmo, pois para eles “crescimento espiritual” tinha um pouco mais, um pouco menos, este sentido: conhecer e aplicar a lei de forma perfeita.

É claro que nem tudo se resume a um “crescimento espiritual” com vistas ao sobrenaturalismo ou ao legalismo. Isto não quer dizer, de forma alguma que não haja sobrenaturalismo no cristianismo, ou que não devemos nos preocupar com a nossa conduta ética. Você sabe que não é isto que estou querendo dizer, pois um Evangelho sem estas duas coisas não explicaria nem a Ressurreição de Jesus (sobrenatural), e nem a vida transformada que temos nele (sermos novas criaturas). É por esta razão que buscar o sobrenaturalismo ou o legalismo são duas coisas fascinantes e podem se tornar no padrão de medida de uma vida nas mãos de Deus.

Vamos voltar ao assunto. Quando estimulo você a pensar no seu “crescimento espiritual”, o que você pensa? Bem, talvez você pense assim: preciso melhorar a minha freqüência na Igreja; ou ainda: preciso ser mais pontual nos dízimos; ainda mais: preciso exercer melhor a minha função e fazer mais coisas. Estes seriam um tipo de “crescimento espiritual” que tem ênfase na Igreja, só que é evidente que a vida cristã não se resume ao que você faz nela. Você tem compromissos e está num mundo com o qual precisa conviver, responder, testemunhar e evangelizar. Ou seja, crescimento espiritual deveria ser alguma coisa além disto, embora tudo isto faça parte de uma vida nas mãos de Deus.

Voltamos a estaca zero. Parece que a gente não consegue entender direito o que significa algo que é fundamental na vida cristã: o que é crescer espiritualmente? Quem não sabe o que é uma coisa, não tem nem noção em qual estrada caminhar, pois seria sair para lugar nenhum.

Espero que você não exija uma resposta definida sobre crescimento espiritual nesta curta reflexão. A questão é que, por mais simples que possa parecer, o “crescimento espiritual”, não é necessariamente “crescimento”, isto é, não é “para cima”. Talvez a palavra que melhor possa indicar o seu sentido é “servo”. Servo não cresce, servo se submete. Servo não “determina”, mas recebe determinação. Servo não toma posse, porque não tem nada, usufrui a posse daquele que tudo conquistou por ele. Tudo continua sendo dele, do Senhor. Caso contrário, o Senhor é que se tornaria servo. O Senhor, para continuar Senhor, necessita manter o senhorio, e o servo, para se tornar servo, tem que ser mais servo ainda. Quanto mais servo se torna o servo, mais o Senhor torna-se Senhor. Ora neste caso, “crescer espiritualmente” não é “para cima”, mas é em certo sentido “para baixo”. Ou seja, ao que parece se você desejar saber se “cresceu” basta “avaliar” o quanto mais de servo você se tornou, e o quanto de mais senhorio o Senhor depositou sobre a sua vida.

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