Onde começa a vida ?
As pesquisas com células-tronco pela comunidade científica e médica, e a discussão sobre seu uso e aplicação em benefício da humanidade, provoca uma discussão global em torno da questão: Onde e quando tem início a vida ? Seria correto o uso de tais células ? Estaríamos com isso beneficiando vidas em detrimento de outras ?
Se fossemos aqui partir de uma visão metabólica, poderíamos pensar que, o que sustenta a vida é um processo contínuo. Portanto, não faria sentido pensarmos na questão sobre o início da vida, já que o óvulo e o espermatozóide são apenas o meio da cadeia vital, ou seja, se a vida começa da vida, então ela nunca acaba, tão somente se reproduz, não é necessário se extinguir uma vida para que outra comece. Mas a discussão, é claro, está muito longe de se resumir a essa idéia.
Abordando o aspecto científico do assunto, convém tentarmos entender o conceito de “célula-tronco”: A célula-tronco (aquela que origina todas as outras células) é o óvulo fertilizado (zigoto). Essa única célula é capaz de gerar todos os tipos celulares existentes em um organismo adulto, até os gametas — óvulos e espermatozóides — que darão origem a novos zigotos, que por sua vez darão origem ao embrião, que dará origem ao feto.
Entender em detalhes como um organismo completo, com inúmeros tipos diferentes de células, forma-se a partir de apenas uma célula - o óvulo fertilizado (zigoto) - ainda é um desafio para a ciência. O desafio das pesquisas com as CT, consiste em dominar o processo pelo qual elas dão origem a cada tipo de tecido e a partir daí se utilizar essas descobertas para cura de doenças através de uma medicina preventiva e regenerativa. Na prática, os cientistas ainda não sabem que comandos determinam se uma CT vai , por exemplo, se transformar em osso, fígado ou sangue.
Enquanto a comunidade médica e científica, ocupa-se com as pesquisas, uma discussão ético-religiosa forma-se na sociedade. Estaria a humanidade entrando em um campo perigoso, onde a determinação da continuidade ou não da vida estaria em suas mãos? Observando pela ótica religiosa seria esse um ato imoral? Ou seja, se temos uma célula-tronco que se localiza dentro de um zigoto, que se transforma em um embrião, e se entendermos que tanto o zigoto como o embrião podem ser considerados um ser vivo; teríamos nós o direito de interromper essa vida ?
Vejamos a opinião de Antonio Carlos Campos de Carvalho pesquisador do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e professor de fisiologia e biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro :
“Diante de questões tão polêmicas, é preciso que a sociedade como um todo se manifeste, através de seus legisladores, e defina o que é socialmente aceitável no uso de células-tronco embrionárias humanas para fins médicos. Inaceitável é impedir o progresso científico baseado na premissa de que o uso do conhecimento pode infringir conceitos religiosos ou morais. O Congresso dos Estados Unidos parece ter chegado a essa conclusão ao autorizar recentemente o uso de células tronco humanas nas pesquisas financiadas pelo National Institutes of Health).”
Dúvidas também aparecem na igreja. Segundo o pastor da Igreja Batista do Bacacheri, Nathaniel Brandão, pela Convenção Batista Brasileira ainda não existe uma decisão formada:
“Os batistas brasileiros sempre apoiaram os programas que visam ao progresso da ciência, pois Deus criou o homem e deu-lhe inteligência. Se for da vontade dele e as pesquisas trouxerem benefícios para a sociedade, não temos como nos opor”, opinou.
Diante das dúvidas, e dos debates sobre o assunto que está longe de ser uma questão pacífica. Podemos sim ter uma certeza em relação à vida e seu início.
Cristo disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10:10).Cristo para nós, recebido pela fé, é a origem da vida , da vida mais abundante. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é”, e é aí mesmo que poderemos encontrar a verdadeira vida. Vida que não depende de pesquisas com células tronco, vida aliás, que é eterna, não corre o risco de degeneração e nem deixa dúvidas quanto ao momento de seu início, pois é garantida pelo próprio autor da vida !
Ainda refletindo sob a ótica religiosa e cristã, o que podem significar as palavras do apóstolo quando, referindo-se a pessoas regeneradas, que já descobriram o início da vida abundante, disse: “Filhinhos, por quem de novo sofro dores de parto, até ser Cristo formado em vós” . (Gl 4:19) Essas dores de parto pelos que já receberam a vida plena – o que significa? Será uma metáfora ou será uma indicação de alguma obra mais profunda de renovação divina, por aqueles que, tendo começado a verdadeira vida, estão em perigo de procurar tornar-se perfeitos pela carne?
Que Deus nos dê discernimento...
José B. Silva Junior
Seminarista
As pesquisas com células-tronco pela comunidade científica e médica, e a discussão sobre seu uso e aplicação em benefício da humanidade, provoca uma discussão global em torno da questão: Onde e quando tem início a vida ? Seria correto o uso de tais células ? Estaríamos com isso beneficiando vidas em detrimento de outras ?
Se fossemos aqui partir de uma visão metabólica, poderíamos pensar que, o que sustenta a vida é um processo contínuo. Portanto, não faria sentido pensarmos na questão sobre o início da vida, já que o óvulo e o espermatozóide são apenas o meio da cadeia vital, ou seja, se a vida começa da vida, então ela nunca acaba, tão somente se reproduz, não é necessário se extinguir uma vida para que outra comece. Mas a discussão, é claro, está muito longe de se resumir a essa idéia.
Abordando o aspecto científico do assunto, convém tentarmos entender o conceito de “célula-tronco”: A célula-tronco (aquela que origina todas as outras células) é o óvulo fertilizado (zigoto). Essa única célula é capaz de gerar todos os tipos celulares existentes em um organismo adulto, até os gametas — óvulos e espermatozóides — que darão origem a novos zigotos, que por sua vez darão origem ao embrião, que dará origem ao feto.
Entender em detalhes como um organismo completo, com inúmeros tipos diferentes de células, forma-se a partir de apenas uma célula - o óvulo fertilizado (zigoto) - ainda é um desafio para a ciência. O desafio das pesquisas com as CT, consiste em dominar o processo pelo qual elas dão origem a cada tipo de tecido e a partir daí se utilizar essas descobertas para cura de doenças através de uma medicina preventiva e regenerativa. Na prática, os cientistas ainda não sabem que comandos determinam se uma CT vai , por exemplo, se transformar em osso, fígado ou sangue.
Enquanto a comunidade médica e científica, ocupa-se com as pesquisas, uma discussão ético-religiosa forma-se na sociedade. Estaria a humanidade entrando em um campo perigoso, onde a determinação da continuidade ou não da vida estaria em suas mãos? Observando pela ótica religiosa seria esse um ato imoral? Ou seja, se temos uma célula-tronco que se localiza dentro de um zigoto, que se transforma em um embrião, e se entendermos que tanto o zigoto como o embrião podem ser considerados um ser vivo; teríamos nós o direito de interromper essa vida ?
Vejamos a opinião de Antonio Carlos Campos de Carvalho pesquisador do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e professor de fisiologia e biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro :
“Diante de questões tão polêmicas, é preciso que a sociedade como um todo se manifeste, através de seus legisladores, e defina o que é socialmente aceitável no uso de células-tronco embrionárias humanas para fins médicos. Inaceitável é impedir o progresso científico baseado na premissa de que o uso do conhecimento pode infringir conceitos religiosos ou morais. O Congresso dos Estados Unidos parece ter chegado a essa conclusão ao autorizar recentemente o uso de células tronco humanas nas pesquisas financiadas pelo National Institutes of Health).”
Dúvidas também aparecem na igreja. Segundo o pastor da Igreja Batista do Bacacheri, Nathaniel Brandão, pela Convenção Batista Brasileira ainda não existe uma decisão formada:
“Os batistas brasileiros sempre apoiaram os programas que visam ao progresso da ciência, pois Deus criou o homem e deu-lhe inteligência. Se for da vontade dele e as pesquisas trouxerem benefícios para a sociedade, não temos como nos opor”, opinou.
Diante das dúvidas, e dos debates sobre o assunto que está longe de ser uma questão pacífica. Podemos sim ter uma certeza em relação à vida e seu início.
Cristo disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10:10).Cristo para nós, recebido pela fé, é a origem da vida , da vida mais abundante. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é”, e é aí mesmo que poderemos encontrar a verdadeira vida. Vida que não depende de pesquisas com células tronco, vida aliás, que é eterna, não corre o risco de degeneração e nem deixa dúvidas quanto ao momento de seu início, pois é garantida pelo próprio autor da vida !
Ainda refletindo sob a ótica religiosa e cristã, o que podem significar as palavras do apóstolo quando, referindo-se a pessoas regeneradas, que já descobriram o início da vida abundante, disse: “Filhinhos, por quem de novo sofro dores de parto, até ser Cristo formado em vós” . (Gl 4:19) Essas dores de parto pelos que já receberam a vida plena – o que significa? Será uma metáfora ou será uma indicação de alguma obra mais profunda de renovação divina, por aqueles que, tendo começado a verdadeira vida, estão em perigo de procurar tornar-se perfeitos pela carne?
Que Deus nos dê discernimento...
José B. Silva Junior
Seminarista
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