“Pai, durante a corrida, eu sinto como se minha deficiência desaparecesse”
“Que pai não faria todo o esforço para levar tamanha felicidade a um filho?”
A história de Rick Hoyt, é mesmo de comover. Uma pessoa que, desde o nascimento, apresenta necessidades especiais que limitam quase que todos os seus movimentos. Seu pai ouve de médicos: “Livre-se dele. É melhor interná-lo. Ele vai ser um vegetal o resto da vida”.
Mas seu pai não aceita os conselhos, acredita que Rick é uma pessoa como as outras, e durante sua vida, dedica-se à cuidar desse filho. Através de um sistema criado especialmente para comunicação de Rick, que possui somente os movimentos da face, um dia fica sabendo que o filho sente um prazer enorme em participar de provas de atletismo,em especial, as corridas: - “Pai, durante a corrida, eu sinto como se minha deficiência desaparecesse” - e a partir desse dia decide em fazer com que o filho participasse de todas as corridas que fossem possíveis. E qual o pai que não faria todo o esforço para levar tamanha felicidade a um filho ?
As imagens, para quem viu a reportagem, é algo que expressa muito bem o amor de um pai pelo filho. Muito emocionante.
Não tive como não pensar nas atitudes do pai de Rick, a partir de uma visão Teológica. Do que um pai é capaz, para trazer felicidade a um filho ?
Espiritualmente falando, á luz dos ensinos da bíblia, que cremos e temos provas históricas de ser a Palavra de Deus aos homens, somos todos como Rick Hoyt. Sim, eu e você, possuímos uma deficiência em comum, descrita na carta de Paulo aos Romanos: “Porque todos pecamos e separados estamos da glória de Deus.”(Rom. 3.23). É algo que nos impede de sermos felizes, de sentirmos aquele vento da corrida no rosto. Somos incapazes de superarmos nossas deficiências e dificuldades por nós mesmos.
Freddie Mercury, o líder da conhecida banda de rock “Queen”, que morreu no final de 1991, escreveu em uma de suas últimas músicas no álbum “The Miracle”: “Será que alguém sabe para que vivemos ?” Apesar de ter acumulado uma enorme fortuna e atraído milhares de fãs, ele admitiu numa entrevista, logo antes de sua morte que era uma pessoa desesperadamente triste: “A gente pode ter tudo no mundo e ainda assim ser a pessoa mais triste de todas, e esta é a forma mais amarga da tristeza.”, declarou. “ O sucesso fez de mim um ídolo mundial e me rendeu milhões de dólares, mas me impediu de ter a única coisa que todos necessitamos: um relacionamento amoroso duradouro.”
A deficiência que existe em todos nós, é a deficiência pela qual Jesus Cristo morreu na cruz. Nossa natureza humana, falha, pecadora, nos separa do verdadeiro amor e da real alegria que podemos experimentar e é somente através desse gesto de amor de Jesus, morrendo por nossos pecados, é que podemos alcançar esse verdadeiro relacionamento que traz alegria.
Freddie Mercury estava certo quando disse que necessitamos de um relacionamento amoroso e duradouro, e apesar de precisarmos sim de relacionamentos humanos que nos ajudem, não serão esses que nos trarão a alegria completa e sim o relacionamento com aquele que nos criou. O Deus que nos ama e nos chama a um relacionamento consistente.
Algumas pessoas parecem bem felizes com seus relacionamentos humanos, mas quando descobrem que o relacionamento com Deus preenche tudo aquilo que antes estava incompleto, o objetivo e o sentido da vida ganham clareza.
Deus nos deu a condição de experimentarmos a verdadeira felicidade através do sacrifício de Jesus na cruz. Embora tenhamos uma grave limitação em fazermos as coisas sozinhos, nos deu a chance de participarmos da corrida. Ele acredita em nós, mesmo quando alguém diz que nós não valemos nada, e nos carrega no colo e faz com que experimentemos a maravilhosa sensação de ter o vento batendo em nossas faces. Nos dá o privilégio de abrirmos um sorriso como um daqueles que Rick abre ao final de cada corrida com seu pai. Tudo o que precisamos fazer, assim como Rick fez com seu pai, é darmos um jeito de conversar com Deus e falar: “Senhor, faze com que minha deficiência desapareça, reconheço que sozinho, nunca conseguirei alcançar a verdadeira felicidade. Através do sacrifício de Jesus na cruz, que morreu por mim, e levou sobre si minhas deficiências, meus pecados, sei que podes me levar a caminhar todos os dias de minha vida contigo.”
E Que pai não faria todo o esforço para levar tamanha felicidade a um filho?
Usando as palavras de João 3.16 :
Por que Deus amou o mundo tal maneira, que deu seu único filho, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna .
Á Deus todo o Louvor ,Por dar-nos alegria completa !
José B. Silva Junior