Atingidos pelos Reflexos...
sábado, 28 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O gol foi legal, mas imoral !
Existem situações na vida que nos fazem acreditar que é sempre possível sermos melhores do que somos !
Temos aqui um bom exemplo:
Durante um jogo de futebol, na Holanda, um jogador da equipe de vermelho -o Ajax - sofreu uma falta e ficou contundido, caído no chão. Um dos jogadores da equipe adversária (de amarelo), como é hábito, atirou a bola para fora para que o jogador fosse atendido.
Quando o jogador ficou recuperado, o lançamento pertenceu ao Ajax (de vermelho) e, como manda o desportivismo, um jogador do Ajax tentou devolver a bola para o campo do adversário.Só que o fez de forma desajeitada e, sem querer, acabou por meter a bola no gol.
Todos, incluíndo o jogador que, sem querer, fez o gol, ficaram atrapalhados. Mas o árbitro corretamente considerou o gol válido!
A bola voltou ao centro para o jogo ser retomado com aquele injusto resultado.
Foi nesse momento que os jogadores do Ajax, com grande espírito desportivo, rapidamente tomaram uma resolução: ficarem todos quietos para permitir que os adversários - os de amarelo - fizessem eles também um gol para repor a justiça no resultado. E foi isso que aconteceu!!!
É impressionante o sentido de justiça da equipa do Ajax - de vermelho - e o bom entendimento entre todos eles para que nenhum se movimentasse. Eles queriam ganhar, mas a vitória teria que ser "limpa" e "justa"!
Quem sabe o exemplo também chegue ao congresso, ao Governo, aos Tribunais...
Todos precisamos aprender com exemplos de honestidade...
A Ética é isto: O gol foi legal, mas imoral.
fonte: http://mais.uol.com.br/view/ivm20o369pqa/fair-play--ajax-permite-que-adversario-desconte-gol-0402376AC4A96346?types=A&
Temos aqui um bom exemplo:
Durante um jogo de futebol, na Holanda, um jogador da equipe de vermelho -o Ajax - sofreu uma falta e ficou contundido, caído no chão. Um dos jogadores da equipe adversária (de amarelo), como é hábito, atirou a bola para fora para que o jogador fosse atendido.
Quando o jogador ficou recuperado, o lançamento pertenceu ao Ajax (de vermelho) e, como manda o desportivismo, um jogador do Ajax tentou devolver a bola para o campo do adversário.Só que o fez de forma desajeitada e, sem querer, acabou por meter a bola no gol.
Todos, incluíndo o jogador que, sem querer, fez o gol, ficaram atrapalhados. Mas o árbitro corretamente considerou o gol válido!
A bola voltou ao centro para o jogo ser retomado com aquele injusto resultado.
Foi nesse momento que os jogadores do Ajax, com grande espírito desportivo, rapidamente tomaram uma resolução: ficarem todos quietos para permitir que os adversários - os de amarelo - fizessem eles também um gol para repor a justiça no resultado. E foi isso que aconteceu!!!
É impressionante o sentido de justiça da equipa do Ajax - de vermelho - e o bom entendimento entre todos eles para que nenhum se movimentasse. Eles queriam ganhar, mas a vitória teria que ser "limpa" e "justa"!
Quem sabe o exemplo também chegue ao congresso, ao Governo, aos Tribunais...
Todos precisamos aprender com exemplos de honestidade...
A Ética é isto: O gol foi legal, mas imoral.
fonte: http://mais.uol.com.br/view/ivm20o369pqa/fair-play--ajax-permite-que-adversario-desconte-gol-0402376AC4A96346?types=A&
sábado, 21 de novembro de 2009
Você quer vitória na argumentação?
Por Caio Fábio
Sempre que alguma coisa ameaça a crença cristã, alguns me pedem para responder algo...; e não é de hoje.
No passado eu até respondia bem mais, e buscava atender aos que me pediam coisa assim...
Hoje [e não é de hoje!], no entanto, pergunto sempre a mim mesmo: “Quem precisa de tal resposta? Eu? A pessoa que pediu? Ou será apenas por que é algo fácil de responder?...”
Na realidade eu não creio que argumentação responda nada, exceto para os que já aceitam a argumentação, especialmente quando o tema é “Deus”.
Entretanto, quando o tema é Deus, não pode haver argumentação...
Um “Deus” que caiba em argumentos não é Deus! Por isto me nego a responder quando Deus é o tema...
Posso responder e argumentar quando o tema é finito, mas quando é infinito, paro e deixo, afinal, como posso eu entrar no Infinito por mim mesmo?Argumento sobre a criação, a natureza das coisas, sobre as criaturas, e, especialmente, sobre o homem; pois, sendo eu um homem, me é mais alcançável o assunto que diga respeito ao homem...
Deus, entretanto, não me está Disponível!...
Sim, posto que Ele seja totalmente Indisponível para o meu alcance... Não acho disponibilidade divina para meu argumento sobre Deus... Se bem que não tenho nenhum argumento mais...
Deus é! Quem puder saber pela entrega..., esse saberá; mas quem não quiser se entregar..., esse jamais saberá...
Afinal, Deus é assim... Poderoso e sutil... Esmagador e imperceptível... Obvio e oculto... Tão disponível à fé quanto Indisponível ao argumento...
Mas por que será que muita gente se angustia quando Deus é tratado com desdém? Sim, quando Deus é dito como não sendo e nem existindo?... Será por causa de Deus que se afligem? Na realidade há aqueles que se angustiam por Deus e pelo homem que diz “não há Deus”...
No entanto, a maioria sofre mesmo é por sua própria causa; sim, pela sua sensação de ameaça à crença aceita..., a qual por vezes é questionada por uns poucos na Terra...
De fato, quando Deus é o tema, a angustia humana é quase sempre a daqueles que dizem crer Nele, mas que na realidade apenas vivem da crença argumentativa acerca de Deus! Daí Deus estar ameaçado sempre que alguém diga “Eu não creio em Deus”, pois, de fato, os crentes em Deus se sentem ameaçados, ou, outras vezes, sentem que o argumento mexeu com eles, e, assim, angustiam-se pensando: “Se eu fui mexido pelo argumento, que não dizer dos demais?”
Então, sutilmente, sem que admitamos, nos angustiamos supostamente em razão dos outros, os que seriam atingidos pelo espírito da descrença, quando, na realidade, a angustia é nossa..., só que projetada e transferida para outros...
Sobre a negação da realidade de Deus, digo o seguinte mais uma vez:
Só é possível conhecer a Deus pela fé!
Portanto, como posso pedir que alguém que nunca provou Deus creia em Deus? Sim, pois, pela Sua própria Natureza, Deus estaria sempre para além do argumento; o que, de fato, me põe em silêncio ante aquele que argumenta, pois, se quem argumenta não provou, nada tenho a dizer; posto que seja impossível falar de Deus para quem não provou Deus... Sim, posso discutir Deus com quem não provou, mas não haverá eficácia em tal argumentação até que a vida traga seu argumento factual...
Somente Deus pode falar de Si mesmo de modo eficaz... Eu, todavia, quando argumento Deus, o empobreço ao nível dos ídolos...
Então você pergunta:
Mas como posso então falar de Deus ao mundo?
Ora, Jesus disse que o único argumento é a vida de quem vive Deus em amor, não a existência de argumentos em favor de Deus.
Foi por isto que Jesus disse que o único argumento do crente é o silencio carregado de vida verdadeira em amor.
O mais é discussão improdutiva, e que não gera nada além da vaidade das argumentações inócuas...
Sempre que alguma coisa ameaça a crença cristã, alguns me pedem para responder algo...; e não é de hoje.
No passado eu até respondia bem mais, e buscava atender aos que me pediam coisa assim...
Hoje [e não é de hoje!], no entanto, pergunto sempre a mim mesmo: “Quem precisa de tal resposta? Eu? A pessoa que pediu? Ou será apenas por que é algo fácil de responder?...”
Na realidade eu não creio que argumentação responda nada, exceto para os que já aceitam a argumentação, especialmente quando o tema é “Deus”.
Entretanto, quando o tema é Deus, não pode haver argumentação...
Um “Deus” que caiba em argumentos não é Deus! Por isto me nego a responder quando Deus é o tema...
Posso responder e argumentar quando o tema é finito, mas quando é infinito, paro e deixo, afinal, como posso eu entrar no Infinito por mim mesmo?Argumento sobre a criação, a natureza das coisas, sobre as criaturas, e, especialmente, sobre o homem; pois, sendo eu um homem, me é mais alcançável o assunto que diga respeito ao homem...
Deus, entretanto, não me está Disponível!...
Sim, posto que Ele seja totalmente Indisponível para o meu alcance... Não acho disponibilidade divina para meu argumento sobre Deus... Se bem que não tenho nenhum argumento mais...
Deus é! Quem puder saber pela entrega..., esse saberá; mas quem não quiser se entregar..., esse jamais saberá...
Afinal, Deus é assim... Poderoso e sutil... Esmagador e imperceptível... Obvio e oculto... Tão disponível à fé quanto Indisponível ao argumento...
Mas por que será que muita gente se angustia quando Deus é tratado com desdém? Sim, quando Deus é dito como não sendo e nem existindo?... Será por causa de Deus que se afligem? Na realidade há aqueles que se angustiam por Deus e pelo homem que diz “não há Deus”...
No entanto, a maioria sofre mesmo é por sua própria causa; sim, pela sua sensação de ameaça à crença aceita..., a qual por vezes é questionada por uns poucos na Terra...
De fato, quando Deus é o tema, a angustia humana é quase sempre a daqueles que dizem crer Nele, mas que na realidade apenas vivem da crença argumentativa acerca de Deus! Daí Deus estar ameaçado sempre que alguém diga “Eu não creio em Deus”, pois, de fato, os crentes em Deus se sentem ameaçados, ou, outras vezes, sentem que o argumento mexeu com eles, e, assim, angustiam-se pensando: “Se eu fui mexido pelo argumento, que não dizer dos demais?”
Então, sutilmente, sem que admitamos, nos angustiamos supostamente em razão dos outros, os que seriam atingidos pelo espírito da descrença, quando, na realidade, a angustia é nossa..., só que projetada e transferida para outros...
Sobre a negação da realidade de Deus, digo o seguinte mais uma vez:
Só é possível conhecer a Deus pela fé!
Portanto, como posso pedir que alguém que nunca provou Deus creia em Deus? Sim, pois, pela Sua própria Natureza, Deus estaria sempre para além do argumento; o que, de fato, me põe em silêncio ante aquele que argumenta, pois, se quem argumenta não provou, nada tenho a dizer; posto que seja impossível falar de Deus para quem não provou Deus... Sim, posso discutir Deus com quem não provou, mas não haverá eficácia em tal argumentação até que a vida traga seu argumento factual...
Somente Deus pode falar de Si mesmo de modo eficaz... Eu, todavia, quando argumento Deus, o empobreço ao nível dos ídolos...
Então você pergunta:
Mas como posso então falar de Deus ao mundo?
Ora, Jesus disse que o único argumento é a vida de quem vive Deus em amor, não a existência de argumentos em favor de Deus.
Foi por isto que Jesus disse que o único argumento do crente é o silencio carregado de vida verdadeira em amor.
O mais é discussão improdutiva, e que não gera nada além da vaidade das argumentações inócuas...
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Onde estão os profetas ?
Onde estão os profetas?
Marcos Inhauser
Não é de hoje que me preocupo com a dimensão profética da igreja. Não me refiro às profetadas, tão comum em centros que mais se parecem com adivinhações e chutes prognósticos, nem aos que se sentem porta-vozes de Deus para manipular a vida de incautos. Me refiro à dimensão vetero-testamentária de pessoas vocacionadas por Deus para diagnosticar o presente, para denunciar os pecados individuais, fossem eles cometidos por pessoas simples como pelos reis, e o pecado nacional (tão esquecido pelos púlpitos e animadores de auditório religioso). Falo do pro+phemi, do pro+phetai, dos Isaías, Jeremias, Amós e Habacuques modernos.
Lembro-me de ter conversado com o presidente de uma igreja protestante de Cuba em 1989, que me falava das maravilhas do ser igreja naquela nação, da liberdade que tinham em pregar e evangelizar dentro das quatro paredes, da dimensão querigmática, diacônica e didática que estavam exercendo. Quando lhe perguntei sobre a dimensão profética, senti que ele se encolheu mais que maracujá maduro. E não conseguiu me dar outra resposta senão afirmar que tudo tem seu tempo.
O mesmo aconteceu com um renomado pastor guatemalteco, diretor de seminário e aclamado como teólogo, que em uma reunião de seminários em Campinas dizia ser a Guatemala o país latino americano mais evangélico e evangelizado em todo o continente. Na hora das perguntas eu lhe perguntei como explicava o fato de ser (falo de 1990) o país mais violento politicamente da América. Ele me disse que não estava ali para falar de política. Mas este homem, quando pastor de uma igreja que fica atrás do Palácio Nacional, permitiu que tropas do exército se colocassem na torre da igreja para vigiar e atirar nos manifestantes. E o pastor sabia que eu sabia disto, porque estive na sua igreja e constatei isto.
Mais recentemente fui visitar minha filha na China e fomos três vezes à igreja que é permitida aos estrangeiros frequentar. Ela me explicava que há relativa liberdade, que podem cantar, orar, convidar outros estrangeiros, podem pregar aos nacionais em suas casas e aos empregados, mas que não podem falar de política, nem falar “mal do governo”. A função profética está castrada.
Olho para a igreja brasileira e fico a procurar profetas no sentido bíblico e não os encontro. Conheci Federico Pagura, argentino, metodista, um p(r)o(f)eta, mistura de profeta e poeta. Conheci Dom Pedro Casaldáliga, outro p(r)o(f)eta. Li sobre Helder Câmara e o respeitei e o respeito. E entre os evangélicos? Quem foi ou é profeta? Quem está levantando de forma profética e poética sua voz para denunciar os escândalos, os desmandos, a locupletação da coisa pública, as hienas do erário, o dono do Maranhão?
Que igreja brasileira é esta, muito mais conhecida pelos “louvores”, solicitação à exaustão de ofertas e dízimos, pelos escândalos de seus “pastores”, pela falta de ética generalizada em seus vereadores, deputados e senadores? Que igreja é esta que seus líderes gostam mais de holofotes, palcos, multidões, lojas, carrões, televisão, rádio do que ter cara e coragem para denunciar os políticos? Quem é profeta nesta igreja brasileira? Quem está dando sua cara? Onde estão os Jeremias, Amós, Habacuques, Isaías, Miqueias?
Esta é uma igreja manca, enferma, deficiente, anormal, diria mesmo uma aberração. Uma igreja que tem mais cantores e milagreiros que pastores e profetas. Uma igreja que tem mais animadores de auditório que doutrinadores, que tem mais excitação que adoração, mais embusteiros que mensageiros. Falta-lhe coragem para o ministério que não dá holofotes, que leva mais às cavernas que aos palcos.
• Marcos Inhauser é pastor, presidente da Igreja da Irmandade e colunista do jornal Correio Popular. www.inhauser.com.br /
Marcos Inhauser
Não é de hoje que me preocupo com a dimensão profética da igreja. Não me refiro às profetadas, tão comum em centros que mais se parecem com adivinhações e chutes prognósticos, nem aos que se sentem porta-vozes de Deus para manipular a vida de incautos. Me refiro à dimensão vetero-testamentária de pessoas vocacionadas por Deus para diagnosticar o presente, para denunciar os pecados individuais, fossem eles cometidos por pessoas simples como pelos reis, e o pecado nacional (tão esquecido pelos púlpitos e animadores de auditório religioso). Falo do pro+phemi, do pro+phetai, dos Isaías, Jeremias, Amós e Habacuques modernos.
Lembro-me de ter conversado com o presidente de uma igreja protestante de Cuba em 1989, que me falava das maravilhas do ser igreja naquela nação, da liberdade que tinham em pregar e evangelizar dentro das quatro paredes, da dimensão querigmática, diacônica e didática que estavam exercendo. Quando lhe perguntei sobre a dimensão profética, senti que ele se encolheu mais que maracujá maduro. E não conseguiu me dar outra resposta senão afirmar que tudo tem seu tempo.
O mesmo aconteceu com um renomado pastor guatemalteco, diretor de seminário e aclamado como teólogo, que em uma reunião de seminários em Campinas dizia ser a Guatemala o país latino americano mais evangélico e evangelizado em todo o continente. Na hora das perguntas eu lhe perguntei como explicava o fato de ser (falo de 1990) o país mais violento politicamente da América. Ele me disse que não estava ali para falar de política. Mas este homem, quando pastor de uma igreja que fica atrás do Palácio Nacional, permitiu que tropas do exército se colocassem na torre da igreja para vigiar e atirar nos manifestantes. E o pastor sabia que eu sabia disto, porque estive na sua igreja e constatei isto.
Mais recentemente fui visitar minha filha na China e fomos três vezes à igreja que é permitida aos estrangeiros frequentar. Ela me explicava que há relativa liberdade, que podem cantar, orar, convidar outros estrangeiros, podem pregar aos nacionais em suas casas e aos empregados, mas que não podem falar de política, nem falar “mal do governo”. A função profética está castrada.
Olho para a igreja brasileira e fico a procurar profetas no sentido bíblico e não os encontro. Conheci Federico Pagura, argentino, metodista, um p(r)o(f)eta, mistura de profeta e poeta. Conheci Dom Pedro Casaldáliga, outro p(r)o(f)eta. Li sobre Helder Câmara e o respeitei e o respeito. E entre os evangélicos? Quem foi ou é profeta? Quem está levantando de forma profética e poética sua voz para denunciar os escândalos, os desmandos, a locupletação da coisa pública, as hienas do erário, o dono do Maranhão?
Que igreja brasileira é esta, muito mais conhecida pelos “louvores”, solicitação à exaustão de ofertas e dízimos, pelos escândalos de seus “pastores”, pela falta de ética generalizada em seus vereadores, deputados e senadores? Que igreja é esta que seus líderes gostam mais de holofotes, palcos, multidões, lojas, carrões, televisão, rádio do que ter cara e coragem para denunciar os políticos? Quem é profeta nesta igreja brasileira? Quem está dando sua cara? Onde estão os Jeremias, Amós, Habacuques, Isaías, Miqueias?
Esta é uma igreja manca, enferma, deficiente, anormal, diria mesmo uma aberração. Uma igreja que tem mais cantores e milagreiros que pastores e profetas. Uma igreja que tem mais animadores de auditório que doutrinadores, que tem mais excitação que adoração, mais embusteiros que mensageiros. Falta-lhe coragem para o ministério que não dá holofotes, que leva mais às cavernas que aos palcos.
• Marcos Inhauser é pastor, presidente da Igreja da Irmandade e colunista do jornal Correio Popular. www.inhauser.com.br /
Fonte: Ultimato - http://www.ultimato.com.br/?pg=show_conteudo&util=1&categoria=3®istro=1107
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Um limeirense, alguns gregos e um alemão .
Um certo estudante de teologia, nascido em Limeira-SP , escreveu há uns dias atrás uma reflexão que fazia pensar sobre qual o lugar para onde devíamos ir afim de se encontrar verdadeiramente com Deus. Incomodei-me com o anseio de que algo mais devesse ser pensado sobre o assunto. Ao concluir naquele texto, que o caminho a ser seguido estivesse na resposta de Jesus a Tomé : “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”..., outra questão emergiu dessa mente necessitada de respostas: Como reconhecer Jesus nesse caminho ? Não corro o risco de equivocadamente imaginar que estou no caminho da verdade e da vida sem necessariamente estar enxergando a imagem do Cristo, que se apresentou como tal ?
Ao lermos o evangelho de João, podemos perceber que a pregação de Jesus provocava muita curiosidade. Um grande número de pessoas vinha de diferentes regiões da Palestina para ouvi-lo. Dentre essas pessoas, João diz que algumas estavam particularmente interessadas em VER Jesus, e que também eram atraídas por sua pregação:
“Alguns gregos disseram: queremos ver a Jesus” (João 12:20)
Alguns anos antes de João escrever sobre isso, a civilização grega surpreendera o mundo com sua filosofia. Demonstrando grande interesse pela investigação científica, produziram mitos, belíssimas peças teatrais, tragédias, dramas, obras clássicas de literatura, além de estabelecerem as bases da matemática, geometria, astronomia e física. Mas na época de Jesus, a cultura grega já parecia apresentar sinais de cansaço. Suas escolas tomaram rumos bem diferentes da genialidade de Sócrates, Platão e Aristóteles. Nessa época o pensamento grego se organizava em torno de escolas como o epicurismo e estoicismo. Todo esse contexto de busca por sabedoria e a consciência grega que a busca do conhecimento na época de Jesus chegara a um ponto de estagnação, levou os gregos a fazerem a si mesmos a mesma pergunta do limeirense: Para onde devemos ir ? e alguns nessa dúvida disseram: “Queremos ver Jesus !”.
Enxergo nessa crise de identidade dos gregos, uma clara comparação com a crise que nossa própria civilização ocidental enfrenta hoje. Nosso mundo com toda sua técnica, tecnologia e progresso, também sofre da mesma angústia que se manifesta nas buscas desesperadas de contato com o transcendente. Nesse sentido a frase dos gregos permanece tremendamente atual: “Queremos ver Jesus”!
Quando ouvimos essa pergunta é natural que alguns tipos de respostas se apresentem quase que automaticamente.
Alguns dirão que o lugar mais indicado para vê-lo, naturalmente é a Igreja. O problema é que a Igreja ás vezes coloca tantas proteções, adornos e embelezamento em torno de Jesus que fica difícil de identificá-lo. Em alguns casos são falhas institucionais e denominacionais que impedirão que as pessoas vejam Jesus na igreja.
Outros indicarão que o melhor lugar para ver Jesus é na Bíblia, dizendo: “Leia a bíblia e você verá Jesus”. Em alguns casos pode ser que isso até aconteça, mas quando não proporcionamos às pessoas um suporte que auxilie na interpretação do texto sagrado, a pessoa de Jesus pode ficar obscurecida em meio ás letras. E mais perigos ainda do que não oferecermos um aparato á interpretação da bíblia, é quando a interpretamos de modo que ao invés de libertar as pessoas para que sigam alegremente a Jesus, as aprisionamos ainda mais em sistemas religiosos.
Mas então qual o melhor e mais enfático retrato de Jesus Cristo ? Onde poderemos vê-lo de maneira mais clara e satisfatória?
A resposta pode ser achada através do apóstolo Paulo se referindo à pessoas que transmitiam a nítida imagem de Jesus : “Vocês são cartas vivas aos homens”. (2Co 3.2). Podemos assim, entender que vemos Jesus naquelas vidas cujo caráter foi remodelado à imagem e semelhança do próprio Jesus.
Uma boa metáfora para identificarmos essas vidas, encontra-se também no evangelho de João: “Se o grão de trigo não morrer embaixo da terra, não produzirá o fruto” (Jo 12:24).
Na metáfora do grão que morre na terra, a morte é condição para que se liberte toda energia vital contida no grão. A vida aí encerrada se manifesta de forma nova quando a casca do grão de despedaça. A vida contida potencialmente na semente só se torna ato quando essa vida é libertada da casca que a aprisiona.
Quando alguém nos disser; “Queremos ver Jesus”, de nada adianta apontarmos para a Igreja ou mesmo para a Bíblia. Nenhuma dessas localizações será satisfatória se Cristo não for visto em nós mesmos. De nada adianta apontar a igreja, se a prática cristã não é uma realidade em nossa própria vida. O lugar mais eficaz para revelar Cristo é a vida dos que se doam em seu nome.
Um alemão parece deixar o limeirense estudante de teologia, mais convicto desse pensamento:
Alguns dos que lêem esse texto, já devem ter ouvido falar em um teólogo chamado Albert Schweitzer. Ele escreveu um livro onde faz um apanhado das mais diversas biografias escritas sobre Cristo em sua época. Ficou famoso por conta desses escritos. Um dia leu a respeito de um lugar chamado Gabão, na África e decidiu ir até lá como missionário. Nessa época ele cursava medicina. Terminou o curso e renunciou á uma vida de privilégios que tinha na Europa, mudando-se com toda a família para o Gabão, onde fundou um hospital. Mudou sua atividade, de teólogo acadêmico para médico. Atendia gratuitamente como clinico geral a crianças, idosos; pessoas de todas as condições e de todas as religiões daquele país. Quando os recursos para a manutenção do hospital começavam a acabar Schweitzer ia para a Europa se apresentar em teatros e igrejas tocando órgão. Foi desse modo que sustentou o hospital. Em virtude dessa obra ele ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1954. Dos seus 90 anos de vida gastou os últimos 52 na África. A vida de Schweitzer foi o melhor retrato de Jesus para os habitantes daquela região.
Há um antigo lema franciscano que pode ser aplicado à vida de Schweitzer e de tantas outras pessoas:
“Evangeliza sempre, em todo momento; se der tempo, fale alguma coisa”. Que desse modo, possamos mostrar o caminho e a pessoa de Jesus, quando nos perguntarem dele.
José B. Silva Junior
Extratos do livro:“Entre o Púlpito e a Universidade” - Carlos Calvani.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Baladas do Senhor?
Meninos e meninas,
A música "cristã-evangélica" hoje mais parece o samba do crioulo doido! O hit do momento desta vez vem do Pelourinho: "Pó pará cum pó/Pó pará cum pó aê/Pó pará cum pó/Pó pará cum pó aê". O novo Axé de Cristo, que o Estadão de 26 de janeiro de 2009 chamou de "coqueluche de verão", parece ser mais uma daquelas iniciativas de evangelizar os foliões perdidos "deste mundo de meu deus".
Não é de hoje que essas "baladas do Senhor" arrastam um considerável número de pessoas pra de trás do trio-elétrico ou para as pistas de funk. Alguém se lembra do "Chuta que é laço"? E da versão gospel da "Dança do créu"… ops, "Dança do céu"? ("Meu irmão, tu não vai pro céu se não conseguir no nível 5").
Olha, que Deus não tenha preconceitos musicais eu até concordo. Mas, como disse um amigo meu: "Uma coisa é a gente querer restaurar o que o diabo distorceu, como muita gente fala. Outra coisa é pegar a coisa distorcida e trocar a letra".
É isso ! Podem jogar as pedras! Mas eu avisei!
Leia também A dança do créu e a versão evangélica do que é medonho.
Fonte: "http://www.ultimato.com.br/blog/2009/01/27/euavisei/baladas-do-senhor.html"
A música "cristã-evangélica" hoje mais parece o samba do crioulo doido! O hit do momento desta vez vem do Pelourinho: "Pó pará cum pó/Pó pará cum pó aê/Pó pará cum pó/Pó pará cum pó aê". O novo Axé de Cristo, que o Estadão de 26 de janeiro de 2009 chamou de "coqueluche de verão", parece ser mais uma daquelas iniciativas de evangelizar os foliões perdidos "deste mundo de meu deus".
Não é de hoje que essas "baladas do Senhor" arrastam um considerável número de pessoas pra de trás do trio-elétrico ou para as pistas de funk. Alguém se lembra do "Chuta que é laço"? E da versão gospel da "Dança do créu"… ops, "Dança do céu"? ("Meu irmão, tu não vai pro céu se não conseguir no nível 5").
Olha, que Deus não tenha preconceitos musicais eu até concordo. Mas, como disse um amigo meu: "Uma coisa é a gente querer restaurar o que o diabo distorceu, como muita gente fala. Outra coisa é pegar a coisa distorcida e trocar a letra".
É isso ! Podem jogar as pedras! Mas eu avisei!
Leia também A dança do créu e a versão evangélica do que é medonho.
Fonte: "http://www.ultimato.com.br/blog/2009/01/27/euavisei/baladas-do-senhor.html"
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Para onde devo ir ?
Creio que esta, antes de ser uma questão pessoal, é uma questão inerente ao ser humano.
Tenho falado aqui do privilégio de conhecer pessoas e estabelecer relacionamentos através dos textos que tenho escrito aqui. Esta semana tive a grata surpresa de restabelecer um contato perdido há 23 anos.
Época em que morava no bairro de Santana, em São Paulo... em que pegava o “busão” lotado (muitas vezes pendurado na porta dele) na Leôncio de Magalhães (o 177C – Jardim Brasil x Hospital das Clinicas) para ir até a Mesbla da Avenida do Estado onde trabalhava e executava serviços de arquivista e office-boy nas ruas movimentadas da maior cidade brasileira. Época em que freqüentava a Igreja Batista de Água Fria, do Pastor e Coronel do Exército Francisco Ferreira Lopes, e estudava á noite no GEPAL (Grupo Escolar Antonio Lisboa) no Jardim São Paulo. Época em que acompanhava mais de perto os jogos do Corinthians no Pacaembu e Morumbi e onde cansei de ver o Neto fazer belos gols de falta. Época da 1ª namorada, do 1º beijo, do 1º emprego, do 1º colegial, da 1ª viagem sozinho... época das descobertas... de começar a se pensar para onde devemos ir... Bons tempos de muito aprendizado que sem dúvida, contribuíram para o meu desenvolvimento e formação pessoal.
Essa antiga amizade da adolescência conseguiu me achar em meio a esse mar que navegamos chamado Internet e ao falarmos sobre Deus, religião e igreja ela me disse o seguinte:
“A história da minha vida com relação à religião é bem longa, estudo religião desde os 16 - 17 anos, iniciei na Batista com uns 15 anos, até porque minha irmã é da Batista, fiquei bons anos por lá, mas tenho um espírito que tem sede em procurar as coisas, percebi cedo que algumas pessoas não são de Deus nem de Jesus e acabam manipulando as pessoas através da pregação, através da igreja, despejam a " verdade " delas, e as ovelhas que se percam ! Preciso procurar por mim mesma e constatar...,e jamais faço um voto tolo com Deus, e sou extremamente cuidadosa, com as verdades alheias. Sou Cristã. Vou uma vez por semana à igreja buscar a palavra. Gostaria de ser mais ativa, mas ainda não encontrei a casa " certa " de Deus para criar minhas raízes. Minhas raízes estão 100 % em Deus e em Jesus.”
Depois de refletir sobre essa colocação, fiquei me indagando: Qual é a “casa certa” para mim..? Para onde devo ir, no intuito de estabelecer um relacionamento saudável com Deus ? É possível estar com minhas “raízes” 100% em Deus e em Jesus, mesmo não freqüentando uma igreja, ou ainda, será que é possível NÃO estar 100% em Deus e em Jesus freqüentando uma igreja ?
As indagações parecem até apontar para as que Tomé um dia fez a Jesus: “Senhor, não sabemos nem para onde vais... e como podemos saber o caminho que temos que seguir?”
É... Ás vezes me vejo como um discípulo de Tomé...rs. Assim como ele, há momentos em que dou vazão à minha mente inquiridora e lógica (Que Deus tenha misericórdia de mim !). Porém, devo admitir que nesse caso o argumento de Tomé seja irrefutável: Se não sabemos o destino, como saber o caminho ? E percebo nos dias de hoje que é por falta de destino, de ideal, de objetivos, que muitas pessoas não se encontram com Cristo. E sem saber para onde ir, o que almejar e aspirar, como podem apossar-se daquele que é o caminho para tais estados ? Acredito que a vida “ao Deus dará”, sem rumo, ao sabor dos ventos, debaixo da manipulação de outros, pode ser sim, encontrada dentro da igreja (Tomé era um dos discípulos) e também fora dela. É vida onde Cristo não está presente, pois ele será sempre, a quem o busca, o roteiro e o rumo. Ele e só Ele, é o caminho para grandes realizações dentro do universo da vida de cada um de nós. Ele diz isso quando dá sua resposta à Tomé:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Creio que quando demonstramos nosso “espírito com sede de procurar as coisas”, crítico e cético, a ponto de tornar-se para o mundo um símbolo da visão material dos fatos, criamos a oportunidade (assim como Tomé) para que Jesus se revele a nós de uma forma toda especial. A idéia talvez possa ser resumida na frase de um conhecido teólogo que li esses dias:
"Somente na recusa revela-se a irrecusabilidade da fé". Joseph Ratzinger
Tomé proporcionou ao Senhor a oportunidade de dizer algo profundo, valioso e significativo que tem através dos tempos ajudado, incentivado e estimulado milhões de pessoas a criar suas raízes 100% nEle. E meu desejo ao refletir sobre esse assunto é a de que Ele se revele continuamente a você e a mim para responder às nossas dúvidas.
Senhor, para onde devo ir ?
José B. Silva Junior
Tenho falado aqui do privilégio de conhecer pessoas e estabelecer relacionamentos através dos textos que tenho escrito aqui. Esta semana tive a grata surpresa de restabelecer um contato perdido há 23 anos.
Época em que morava no bairro de Santana, em São Paulo... em que pegava o “busão” lotado (muitas vezes pendurado na porta dele) na Leôncio de Magalhães (o 177C – Jardim Brasil x Hospital das Clinicas) para ir até a Mesbla da Avenida do Estado onde trabalhava e executava serviços de arquivista e office-boy nas ruas movimentadas da maior cidade brasileira. Época em que freqüentava a Igreja Batista de Água Fria, do Pastor e Coronel do Exército Francisco Ferreira Lopes, e estudava á noite no GEPAL (Grupo Escolar Antonio Lisboa) no Jardim São Paulo. Época em que acompanhava mais de perto os jogos do Corinthians no Pacaembu e Morumbi e onde cansei de ver o Neto fazer belos gols de falta. Época da 1ª namorada, do 1º beijo, do 1º emprego, do 1º colegial, da 1ª viagem sozinho... época das descobertas... de começar a se pensar para onde devemos ir... Bons tempos de muito aprendizado que sem dúvida, contribuíram para o meu desenvolvimento e formação pessoal.
Essa antiga amizade da adolescência conseguiu me achar em meio a esse mar que navegamos chamado Internet e ao falarmos sobre Deus, religião e igreja ela me disse o seguinte:
“A história da minha vida com relação à religião é bem longa, estudo religião desde os 16 - 17 anos, iniciei na Batista com uns 15 anos, até porque minha irmã é da Batista, fiquei bons anos por lá, mas tenho um espírito que tem sede em procurar as coisas, percebi cedo que algumas pessoas não são de Deus nem de Jesus e acabam manipulando as pessoas através da pregação, através da igreja, despejam a " verdade " delas, e as ovelhas que se percam ! Preciso procurar por mim mesma e constatar...,e jamais faço um voto tolo com Deus, e sou extremamente cuidadosa, com as verdades alheias. Sou Cristã. Vou uma vez por semana à igreja buscar a palavra. Gostaria de ser mais ativa, mas ainda não encontrei a casa " certa " de Deus para criar minhas raízes. Minhas raízes estão 100 % em Deus e em Jesus.”
Depois de refletir sobre essa colocação, fiquei me indagando: Qual é a “casa certa” para mim..? Para onde devo ir, no intuito de estabelecer um relacionamento saudável com Deus ? É possível estar com minhas “raízes” 100% em Deus e em Jesus, mesmo não freqüentando uma igreja, ou ainda, será que é possível NÃO estar 100% em Deus e em Jesus freqüentando uma igreja ?
As indagações parecem até apontar para as que Tomé um dia fez a Jesus: “Senhor, não sabemos nem para onde vais... e como podemos saber o caminho que temos que seguir?”
É... Ás vezes me vejo como um discípulo de Tomé...rs. Assim como ele, há momentos em que dou vazão à minha mente inquiridora e lógica (Que Deus tenha misericórdia de mim !). Porém, devo admitir que nesse caso o argumento de Tomé seja irrefutável: Se não sabemos o destino, como saber o caminho ? E percebo nos dias de hoje que é por falta de destino, de ideal, de objetivos, que muitas pessoas não se encontram com Cristo. E sem saber para onde ir, o que almejar e aspirar, como podem apossar-se daquele que é o caminho para tais estados ? Acredito que a vida “ao Deus dará”, sem rumo, ao sabor dos ventos, debaixo da manipulação de outros, pode ser sim, encontrada dentro da igreja (Tomé era um dos discípulos) e também fora dela. É vida onde Cristo não está presente, pois ele será sempre, a quem o busca, o roteiro e o rumo. Ele e só Ele, é o caminho para grandes realizações dentro do universo da vida de cada um de nós. Ele diz isso quando dá sua resposta à Tomé:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Creio que quando demonstramos nosso “espírito com sede de procurar as coisas”, crítico e cético, a ponto de tornar-se para o mundo um símbolo da visão material dos fatos, criamos a oportunidade (assim como Tomé) para que Jesus se revele a nós de uma forma toda especial. A idéia talvez possa ser resumida na frase de um conhecido teólogo que li esses dias:
"Somente na recusa revela-se a irrecusabilidade da fé". Joseph Ratzinger
Tomé proporcionou ao Senhor a oportunidade de dizer algo profundo, valioso e significativo que tem através dos tempos ajudado, incentivado e estimulado milhões de pessoas a criar suas raízes 100% nEle. E meu desejo ao refletir sobre esse assunto é a de que Ele se revele continuamente a você e a mim para responder às nossas dúvidas.
Senhor, para onde devo ir ?
José B. Silva Junior
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
OrAção, InspirAção !
Desde que comecei a escrever e divulgar minhas idéias aqui nesse blog acontece algo que me deixa feliz, mas ao mesmo tempo preocupado. Feliz, porque creio que ao expor minhas idéias, pensamentos e opiniões, é natural que espere uma reação por parte daqueles que compartilham do que escrevo. E tem sido uma grande satisfação receber um número considerável de respostas aos e-mails com as postagens do blog que mando para um grande número de pessoas. Em geral, são mensagens que contém palavras de carinho e incentivo para que continue escrevendo, pessoas compartilhando idéias semelhantes aos textos que escrevo e também aqueles que apreciam a discussão saudável sobre teologia, religião e até mesmo sobre filosofia.
A preocupação deve-se ao fato de que de uns tempos para cá, há pessoas que tem me procurado para pedir conselhos ou opiniões a respeito dos mais variados assuntos, a grande maioria na área de relacionamentos pessoais. E sinceramente... Confesso não ser suficientemente capacitado, ou considerar-me a pessoa ideal para dar conselhos. Porém, analisando as circunstâncias, tento na medida do possível, sempre reconhecendo minha infinita limitação, fazer o papel dos que deveriam estar nesse lugar, recorrendo à preciosa, eficaz, poderosa e infalível Palavra de Deus, para tentar de alguma forma trazer um caminho seguro aos meus problemas e a quem eventualmente tem me procurado em busca de um conselho. E não posso me esquecer que minha esposa Nilce é que tem esse dom latente em sua vida, e tem me ajudado muito nessa difícil tarefa.
E pensando nessas coisas, percebo que as teorias de aconselhamento, assim como quase todas as teorias, ficam bem distantes da ação que preciso praticar.
Posso perceber que escrever para uma pessoa e sugerir através de um texto que ela tenha uma busca mais intensa das verdades de Deus para seus relacionamentos e soluções de seus conflitos, é muito mais tranqüilo e cômodo do que tratar deles na vida real. E é aí, que entro na razão ter começado a escrever esse texto, que é a de pensar sobre o desafio de entender as dificuldades e angústias daqueles que me procuram com seus problemas e ajudá-los (e me ajudar) a vencer as situações que os afligem.
Normalmente o primeiro passo do desafio é reconhecer o fato de que você tem à sua frente uma situação que deve ser tratada de forma pessoal. Sim, pode parecer algo óbvio, mas o que vemos até mesmo dentro de igrejas, de forma geral, é a despreocupação com a vida real e pessoal do ser humano. Tratamos das pessoas virtualmente, domingo após domingo. Elas sentam-se nos bancos das igrejas, ouvem o sermão, ou o estudo de 40 minutos preparado para atender de forma coletiva ao padrão de nosso sistema eclesiástico, e tem uma grande chance de voltar para casa com mais dúvidas do que com certezas para a solução de seus problemas. Assim temos o desafio de imitar nosso Mestre, no cuidado e relacionamento com o ser humano. Olhando nos olhos das pessoas, inclinando nossos ouvidos para elas, oferecendo nossos ombros, nosso abraço, nosso interesse real e não virtual pelo problema, que a partir desse momento deve passar a ser uma dificuldade compartilhada, de interesse comum.
Essa semana conversei com uma dessas pessoas que estava muito angustiada por conta de um problema na família. Disse ter recebido a visita de um pastor, que dera o seguinte diagnóstico: “Você está com uma legião de demônios que precisa ser expulsa, precisa ir à Igreja e orar.” O problema estava identificado, a solução também. A responsabilidade agora era de quem tinha o problema. Simples assim.
Tenho que ter cuidado para não ser contaminado pela velocidade da globalização mundial, da internet e dos fast-foods. Preciso estar atento que para entender as pessoas e ajudá-las a resolver seus problemas e para isso não posso agir como se estivesse numa fila do Mc.Donalds. Vou precisar de muito mais tempo e de conversas muito mais complexas para identificar a solução para a ansiedade e angústia de uma pessoa. Vou precisar de tempo e atenção para identificar o que sua testa franzida, suas mãos trêmulas, seu olhar abatido e sua respiração ofegante querem me dizer. Talvez esses sinais estejam gritando muito mais alto que as palavras que ela consiga me dizer. Imagino que ajudaria muito mais do que orar para os demônios serem expulsos, se pudesse explicar a ela que sua ansiedade que causa pânico e a faz pensar que talvez sua vida vá acabar naquele instante e que tudo esteja fora de controle em sua vida, seja algo comparável á uma saudade invertida. A saudade que faz com que sintamos aquela dor no peito por algo que desejamos muito sentir ou ver de novo e que talvez o que esteja causando toda essa angústia, depressão e falta de sentido na vida, possa ser uma saudade por algo que nunca tenha existido ou acontecido... e que talvez nunca vá acontecer, e que talvez seja melhor que nunca deva mesmo acontecer. E pensar com ela que o conselho do apóstolo Paulo : “Não andeis ansiosos, por coisa alguma...” tenha algo a ver com isso. Ajudaria se voltasse à casa dessa pessoa, sem pressa, dia após dia, dando um abraço, segurando sua mão...perguntando como foi seu dia... ouvindo, ouvindo, ouvindo... e depois disso... talvez fazer uma oração. (É incrível como ao escrever isso, posso sentir o quanto minha oração pode não fazer efeito na solução de um problema). Tenho esse grande desafio em minha vida: Apresentar conselhos que indiquem o melhor caminho e que possam trazer ânimo e motivação ao invés de peso e frustração.
Em outra experiência que tivemos, recebemos a visita de uma senhora, aproximadamente ás 23:00 Hs. da última sexta-feira. Ela disse estar passando mal e não conseguindo achar um rumo para sua vida e nem o caminho de volta para sua casa. Passou para minha esposa, que a atendeu, um número de telefone e pediu encarecidamente que ligássemos para sua filha vir buscá-la. Minha esposa assim o fez, e enquanto sua filha se dirigia até nossa casa, ela chorava muito e dizia não poder suportar a idéia de que o marido a traía. Estava visivelmente transtornada e precisando de ajuda. Ela ouviu de minha esposa algumas rápidas palavras sobre o amor de Deus... e da probabilidade dela estar sofrendo antecipadamente com a situação. Sua filha chegou... uma adolescente que aparentava uns 15 anos... também profundamente transtornada com toda aquela situação. Foram embora nos agradecendo pelo pouco (aliás, muito pouco) que fizemos. A mulher disse à minha esposa, que talvez Deus a tivesse mandado ali pelo fato de sermos evangélicos. Não pudemos ajudar mais aquele dia, mas temos agora em mãos um telefone, deixado por Deus (eu creio), para podermos colocar em prática tudo que falamos e escrevemos.
Senhor... devo reconhecer que preciso de sua ajuda para poder ajudar as pessoas. Essa é hoje minha oração.
"...em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica... Filipenses 4:6
Jose B. Silva Junior
A preocupação deve-se ao fato de que de uns tempos para cá, há pessoas que tem me procurado para pedir conselhos ou opiniões a respeito dos mais variados assuntos, a grande maioria na área de relacionamentos pessoais. E sinceramente... Confesso não ser suficientemente capacitado, ou considerar-me a pessoa ideal para dar conselhos. Porém, analisando as circunstâncias, tento na medida do possível, sempre reconhecendo minha infinita limitação, fazer o papel dos que deveriam estar nesse lugar, recorrendo à preciosa, eficaz, poderosa e infalível Palavra de Deus, para tentar de alguma forma trazer um caminho seguro aos meus problemas e a quem eventualmente tem me procurado em busca de um conselho. E não posso me esquecer que minha esposa Nilce é que tem esse dom latente em sua vida, e tem me ajudado muito nessa difícil tarefa.
E pensando nessas coisas, percebo que as teorias de aconselhamento, assim como quase todas as teorias, ficam bem distantes da ação que preciso praticar.
Posso perceber que escrever para uma pessoa e sugerir através de um texto que ela tenha uma busca mais intensa das verdades de Deus para seus relacionamentos e soluções de seus conflitos, é muito mais tranqüilo e cômodo do que tratar deles na vida real. E é aí, que entro na razão ter começado a escrever esse texto, que é a de pensar sobre o desafio de entender as dificuldades e angústias daqueles que me procuram com seus problemas e ajudá-los (e me ajudar) a vencer as situações que os afligem.
Normalmente o primeiro passo do desafio é reconhecer o fato de que você tem à sua frente uma situação que deve ser tratada de forma pessoal. Sim, pode parecer algo óbvio, mas o que vemos até mesmo dentro de igrejas, de forma geral, é a despreocupação com a vida real e pessoal do ser humano. Tratamos das pessoas virtualmente, domingo após domingo. Elas sentam-se nos bancos das igrejas, ouvem o sermão, ou o estudo de 40 minutos preparado para atender de forma coletiva ao padrão de nosso sistema eclesiástico, e tem uma grande chance de voltar para casa com mais dúvidas do que com certezas para a solução de seus problemas. Assim temos o desafio de imitar nosso Mestre, no cuidado e relacionamento com o ser humano. Olhando nos olhos das pessoas, inclinando nossos ouvidos para elas, oferecendo nossos ombros, nosso abraço, nosso interesse real e não virtual pelo problema, que a partir desse momento deve passar a ser uma dificuldade compartilhada, de interesse comum.
Essa semana conversei com uma dessas pessoas que estava muito angustiada por conta de um problema na família. Disse ter recebido a visita de um pastor, que dera o seguinte diagnóstico: “Você está com uma legião de demônios que precisa ser expulsa, precisa ir à Igreja e orar.” O problema estava identificado, a solução também. A responsabilidade agora era de quem tinha o problema. Simples assim.
Tenho que ter cuidado para não ser contaminado pela velocidade da globalização mundial, da internet e dos fast-foods. Preciso estar atento que para entender as pessoas e ajudá-las a resolver seus problemas e para isso não posso agir como se estivesse numa fila do Mc.Donalds. Vou precisar de muito mais tempo e de conversas muito mais complexas para identificar a solução para a ansiedade e angústia de uma pessoa. Vou precisar de tempo e atenção para identificar o que sua testa franzida, suas mãos trêmulas, seu olhar abatido e sua respiração ofegante querem me dizer. Talvez esses sinais estejam gritando muito mais alto que as palavras que ela consiga me dizer. Imagino que ajudaria muito mais do que orar para os demônios serem expulsos, se pudesse explicar a ela que sua ansiedade que causa pânico e a faz pensar que talvez sua vida vá acabar naquele instante e que tudo esteja fora de controle em sua vida, seja algo comparável á uma saudade invertida. A saudade que faz com que sintamos aquela dor no peito por algo que desejamos muito sentir ou ver de novo e que talvez o que esteja causando toda essa angústia, depressão e falta de sentido na vida, possa ser uma saudade por algo que nunca tenha existido ou acontecido... e que talvez nunca vá acontecer, e que talvez seja melhor que nunca deva mesmo acontecer. E pensar com ela que o conselho do apóstolo Paulo : “Não andeis ansiosos, por coisa alguma...” tenha algo a ver com isso. Ajudaria se voltasse à casa dessa pessoa, sem pressa, dia após dia, dando um abraço, segurando sua mão...perguntando como foi seu dia... ouvindo, ouvindo, ouvindo... e depois disso... talvez fazer uma oração. (É incrível como ao escrever isso, posso sentir o quanto minha oração pode não fazer efeito na solução de um problema). Tenho esse grande desafio em minha vida: Apresentar conselhos que indiquem o melhor caminho e que possam trazer ânimo e motivação ao invés de peso e frustração.
Em outra experiência que tivemos, recebemos a visita de uma senhora, aproximadamente ás 23:00 Hs. da última sexta-feira. Ela disse estar passando mal e não conseguindo achar um rumo para sua vida e nem o caminho de volta para sua casa. Passou para minha esposa, que a atendeu, um número de telefone e pediu encarecidamente que ligássemos para sua filha vir buscá-la. Minha esposa assim o fez, e enquanto sua filha se dirigia até nossa casa, ela chorava muito e dizia não poder suportar a idéia de que o marido a traía. Estava visivelmente transtornada e precisando de ajuda. Ela ouviu de minha esposa algumas rápidas palavras sobre o amor de Deus... e da probabilidade dela estar sofrendo antecipadamente com a situação. Sua filha chegou... uma adolescente que aparentava uns 15 anos... também profundamente transtornada com toda aquela situação. Foram embora nos agradecendo pelo pouco (aliás, muito pouco) que fizemos. A mulher disse à minha esposa, que talvez Deus a tivesse mandado ali pelo fato de sermos evangélicos. Não pudemos ajudar mais aquele dia, mas temos agora em mãos um telefone, deixado por Deus (eu creio), para podermos colocar em prática tudo que falamos e escrevemos.
Senhor... devo reconhecer que preciso de sua ajuda para poder ajudar as pessoas. Essa é hoje minha oração.
"...em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica... Filipenses 4:6
Jose B. Silva Junior
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
O que será que Jesus pensa da mediocridade?
Há um sentido no qual mediocridade é aquilo que é pertinente à média. Nesse caso, trata-se da existência que se deixa governar pela média, e que teme qualquer expressão de seu próprio ser que não carregue a chancela da maioria. Ora, neste sentido, pode-se dizer que Jesus ama os medíocres, pois Ele amou ao mundo, e, sem dúvida, a Terra é a habitação da mediocridade travestida de bons costumes, de moral, de etiqueta e da covardia que se deixa domesticar pela vontade da maioria, não importando as amputações existenciais que o individuo tenha que sofrer, desde que se conforme às massas.
Todavia, mesmo amando a todo homem, e fazendo-o de modo igual, Jesus, o homem, detestava a mediocridade. Quando Jesus anunciou que iria para Jerusalém, e disse que lá morreria, Pedro lhe disse: "De modo nenhum Senhor". A resposta de Jesus foi forte: "Arreda Satanás".
E o que isto tem a ver com o fato de Jesus detestar a mediocridade? "Tu é para mim pedra de tropeço"—acrescentou Jesus a Pedro.
Mediocridade é a boa intenção que tenta impedir a plenitude da vida e da missão no existir. Era isto que Pedro estava fazendo. E isso era também parte do repúdio de Jesus. Pedro queria um Cristo medíocre. Um Jesus sobrevivente! É a mediocridade, por mais cheia de boas intenções que seja, que diz "de modo nenhum" a tudo aquilo que possa parecer risco de vida, ou melhor: chance de morte; ou mesmo de uma existência diferente.
A mediocridade é o que nos incita a crer que apenas os seres "abomináveis" da terra é que podem ser associados à Satanás. A mediocridade é o que determina qual é o publico do diabo, e quais as ofensas que mais ofendem a Deus. Isto porque é o medíocre que enxerga no diferente o ser abominável, e nos demais, iguais a ele mesmo em conduta exterior, aqueles que jamais seriam objeto de um veemente "Arreda Satanás, pois tu me és motivo de tropeço".
Mas para Jesus a mediocridade é uma ofensa terrível, é a pior forma de possessão demoníaca que pode assolar um homem, visto que o possuiu em-si-mesmo, e não como uma invasão alienígena. Satanás habita a mediocridade dos que pensam que podem dizer "De modo nenhum" até para Jesus.
O problema é que a Religião tem essa pretensão! E é assim que age quase o tempo todo! Ora, houve outra ocasião, tempos depois, quando Pedro, outra vez disse: "De modo nenhum, Senhor". Isto aconteceu antes dele ser informado por um anjo do Senhor que deveria sair de Jope e ir até a Cesaréa marítima a fim de anunciar o Evangelho na casa do pagão Cornélio (At 10). Descia do céu um lençol com toda sorte de animais abomináveis, e Pedro recebia a ordem de que deveria comê-los. Era uma visão. Mas o apóstolo dizia: "De modo algum, Senhor, visto que em minha boca nunca entrou nada comum ou imundo". A Palavra de Jesus a Pedro naquela visão foi a de sempre: "Não consideres comum ou imundo aquilo a que Deus santificou".
O medíocre não se afasta do cardápio da média; e nem consegue enxergar santidade naquilo que não parece com ele mesmo, nem com sua cultura, nem com seu meio social ou religioso. Em minha opinião, na maioria das vezes essa foi a diferença entre Paulo e os "outros".
Paulo não sofria de mediocridade, daí o Evangelho que pregava ter sido tão superior em consciência e qualidade. Assim, se alguém tem devoção às instituições de valor determinadas pela religião, sem dúvida tal pessoa só será salva da mediocridade se Deus a forçar a comer aquilo que ela abomina. Somente o genuíno Evangelho da Graça pode nos salvar da mediocridade, posto que somente na transcendência ao que é terreno e pertencente ao mundo das falsas aparências, é que o coração será liberto do satanás que se faz adversário de toda diferença.
Onde quer que haja "uniformidade" e onde quer que haja senso de sobrevivência que se ponha acima do chamado para a individualidade, aí, tenha certeza, há o espírito de Satanás. E isto pode vir disfarçado do que for, mas se disser: "De modo algum Senhor"—, então, é a vontade do diabo que se está praticando, pois Satanás é o pai de todas as formas de clonagem.
Assim, eu repito: Mediocridade é a intenção que tenta impedir a plenitude da vida e da missão no existir. E isto gera repúdio em Jesus... Ora, Ele não aceitou isto para Ele mesmo, como poderia consentir com isto para os outros, aos quais Ele veio salvar, por mais diferentes que pareçam da média?
Pense nisto!
Caio Fábio
Fonte: http://www.folhagospel.com/htdocs/modules/soapbox/article.php?articleID=376
E o que isto tem a ver com o fato de Jesus detestar a mediocridade? "Tu é para mim pedra de tropeço"—acrescentou Jesus a Pedro.
Mediocridade é a boa intenção que tenta impedir a plenitude da vida e da missão no existir. Era isto que Pedro estava fazendo. E isso era também parte do repúdio de Jesus. Pedro queria um Cristo medíocre. Um Jesus sobrevivente! É a mediocridade, por mais cheia de boas intenções que seja, que diz "de modo nenhum" a tudo aquilo que possa parecer risco de vida, ou melhor: chance de morte; ou mesmo de uma existência diferente.
A mediocridade é o que nos incita a crer que apenas os seres "abomináveis" da terra é que podem ser associados à Satanás. A mediocridade é o que determina qual é o publico do diabo, e quais as ofensas que mais ofendem a Deus. Isto porque é o medíocre que enxerga no diferente o ser abominável, e nos demais, iguais a ele mesmo em conduta exterior, aqueles que jamais seriam objeto de um veemente "Arreda Satanás, pois tu me és motivo de tropeço".
Mas para Jesus a mediocridade é uma ofensa terrível, é a pior forma de possessão demoníaca que pode assolar um homem, visto que o possuiu em-si-mesmo, e não como uma invasão alienígena. Satanás habita a mediocridade dos que pensam que podem dizer "De modo nenhum" até para Jesus.
O problema é que a Religião tem essa pretensão! E é assim que age quase o tempo todo! Ora, houve outra ocasião, tempos depois, quando Pedro, outra vez disse: "De modo nenhum, Senhor". Isto aconteceu antes dele ser informado por um anjo do Senhor que deveria sair de Jope e ir até a Cesaréa marítima a fim de anunciar o Evangelho na casa do pagão Cornélio (At 10). Descia do céu um lençol com toda sorte de animais abomináveis, e Pedro recebia a ordem de que deveria comê-los. Era uma visão. Mas o apóstolo dizia: "De modo algum, Senhor, visto que em minha boca nunca entrou nada comum ou imundo". A Palavra de Jesus a Pedro naquela visão foi a de sempre: "Não consideres comum ou imundo aquilo a que Deus santificou".
O medíocre não se afasta do cardápio da média; e nem consegue enxergar santidade naquilo que não parece com ele mesmo, nem com sua cultura, nem com seu meio social ou religioso. Em minha opinião, na maioria das vezes essa foi a diferença entre Paulo e os "outros".
Paulo não sofria de mediocridade, daí o Evangelho que pregava ter sido tão superior em consciência e qualidade. Assim, se alguém tem devoção às instituições de valor determinadas pela religião, sem dúvida tal pessoa só será salva da mediocridade se Deus a forçar a comer aquilo que ela abomina. Somente o genuíno Evangelho da Graça pode nos salvar da mediocridade, posto que somente na transcendência ao que é terreno e pertencente ao mundo das falsas aparências, é que o coração será liberto do satanás que se faz adversário de toda diferença.
Onde quer que haja "uniformidade" e onde quer que haja senso de sobrevivência que se ponha acima do chamado para a individualidade, aí, tenha certeza, há o espírito de Satanás. E isto pode vir disfarçado do que for, mas se disser: "De modo algum Senhor"—, então, é a vontade do diabo que se está praticando, pois Satanás é o pai de todas as formas de clonagem.
Assim, eu repito: Mediocridade é a intenção que tenta impedir a plenitude da vida e da missão no existir. E isto gera repúdio em Jesus... Ora, Ele não aceitou isto para Ele mesmo, como poderia consentir com isto para os outros, aos quais Ele veio salvar, por mais diferentes que pareçam da média?
Pense nisto!
Caio Fábio
Fonte: http://www.folhagospel.com/htdocs/modules/soapbox/article.php?articleID=376
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Fazer concessões é o pior caminho para conseguir a paz
"Fazer concessões é o pior caminho para conseguir a paz"
Li essa semana a frase acima em um e-mail que recebi. Saiu publicado nas páginas amarelas de VEJA. É a entrevista do matemático Israelense Robert Aumann, vencedor do prêmio Nobel de economia em 2005. Aumann usa a Teoria dos Jogos para analisar conflitos e até mesmo relacionamentos pessoais. Através de seus estudos, pode-se chegar a compreensão de como fazer adversários cooperarem entre si. Tempos atrás, foi incumbido pelo governo dos Estados Unidos a desenvolver estratégias de defesa em plena guerra fria.
Entre suas ponderações uma é a de que não basta querer a paz para consegui-la. É preciso entender como esse desejo afeta outras pessoas. Dizer "eu quero paz" pode não trazer paz, mas guerra. Como exemplo de que as concessões nem sempre levam a paz, cita-se o início da II Guerra. O senso comum diz que a II Guerra Mundial foi causada por Adolf Hitler. Há alguma verdade nisso, porque foi ele quem ordenou a invasão da Polônia, mas o papel desempenhado pelo primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain é frequentemente negligenciado. Ele estava tão obcecado em garantir a paz que passou a atender a todas as demandas de Hitler. Ao fim das negociações de Munique, em 1938, ele perguntou a Hitler se todas as exigências da Alemanha haviam sido atendidas. Hitler disse que sim. As concessões de Chamberlain foram um incentivo para Hitler prosseguir com seu desejo insano de conquistas, e elas levaram o mundo à II Grande Guerra. Segundo Aumann, esses princípios têm aplicação prática na economia, na diplomacia, em política e até em religião. Os resultados da teoria dos jogos tanto podem ser aplicados a simples jogos de entretenimento como a aspectos significativos da vida em sociedade.
Quando li essa entrevista, lembrei dos inúmeros artigos que tenho visto sobre o assunto crescimento de igrejas e de como esse assunto tem provocado conflitos no meio religioso, principalmente o Batista. Dia desses visitando um site que traz informações sobre o meio, fiquei sabendo através de uma matéria publicada no Jornal Vale do Paraíba em S.J. dos Campos - SP, sobre uma grande igreja que através do seu grupo de jovens participa já há três anos do desfile de carnaval da cidade, (apesar da proibição em se fazer qualquer apologia ao evangelho) com um bloco chamado “prazer sem culpa”.
Foi uma das matérias mais comentadas do site. Entre os que comentaram: Membros de igrejas, pastores, esposas de pastores, presidentes de convenções batistas, doutores em sociologia, escritores e o próprio pastor da Igreja em questão. O conflito sempre acontecia em torno das perguntas: Vale a pena crescer em detrimento da santidade? Vale a pena se amoldar às antigas estratégias e não crescer? Pergunto eu: Como aplicar a Teoria dos Jogos ao conflito de forma que possamos chegar a um denominador comum ?
Aumann diz que não há uma fórmula matemática universal para avaliarmos as diferentes estratégias, mas existem conceitos fundamentais na Teoria dos Jogos, como a noção de equilíbrio. Esse conceito foi inventado por John Nash, a quem a maioria das pessoas conhece pelo filme Uma Mente Brilhante (com Russell Crowe no papel do cientista). Nash desenvolveu a noção do ponto de equilíbrio, que ocorre quando cada envolvido em determinada situação encontra sua maneira ideal de atuar na defesa de seus objetivos.
Alguns dos comentários sobre o artigo que citei , dizia que não devemos discutir sobre se um bloco de carnaval “evangélico” edifica ou não as pessoas, que tal liderança sabia o que fazia. Que agindo assim trazíamos só problemas, divisões e contendas. Segundo essas opiniões o melhor caminho seria fazer concessões. Porém, concordo com Aumann quando ele diz: "Em diversos conflitos atuais, há uma tentativa de agradar à outra parte. Erra quem pensa que atender às demandas do opositor pode trazer a paz. Isso não é verdade".
Alguém a essa altura pode estar pensando. “Mas não estamos tratando de um jogo...” Aumann trabalha com o conceito. Há situações em que apesar das partes envolvidas no conflito terem o mesmo objetivo e lutarem para que algo se realize, alguns aspectos da forma a se executar as ações serão em algum momento divergentes. Daí as pesquisas sobre a Teoria dos Jogos .
Parece-me que na bíblia temos um exemplo de que nem sempre devemos fazer concessões para se alcançar a paz. Temos em Genesis 11:1-9 a descrição da tentativa de edificação de “uma torre que chegasse até os céus”. A busca do homem por realizar algo grande, que todos pudessem ver, através dos próprios esforços , mas que estava longe dos propósitos de Deus. Daí as conclusões:*
1 - Grande nem sempre é bom. De todas as pessoas que já viveram, os norte-americanos possam ser os mais inebriados com grandeza. Falamos com orgulho de morar na maior cidade, estudar na maior escola e fazer cirurgia no maior hospital; além de ter a maior casa, o maior carro e até a maior fazenda. Infelizmente, tais padrões, freqüentemente, são aplicados na religião. Algumas pessoas determinam se uma afirmação seja certa ou não pelo número de pessoas que acreditam nela. Aumann diz que para minimizar as surpresas é preciso calcular com muito cuidado como uma ação leva a outras.
É comum ver pessoas que julgam uma igreja pelo tamanho do seu prédio, a grande variedade de seus programas e a multidão de membros. Alguns até supõem que o crescimento de uma igreja necessariamente prova que Deus está com ela e que ele aprova as suas obras.O projeto torre na planície de Sinar era um grande empreendimento. Pode ser que envolveu toda a humanidade e os planos eram, de fato, visionários. Mas, Deus não o aprovou. O projeto estava errado por, pelo menos, dois motivos. Primeiro, foi o produto de ambições humanas e teve como alvo o engrandecimento do homem e não a glória de Deus. Segundo, foi projetado para conseguir um alvo oposto à vontade de Deus. Deus havia dito: "Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra" (Gênesis 9:1). O propósito explícito de construir a torre foi: "para que não sejamos espalhados por toda a terra" (Gênesis 11:4).
2 - A união e a cooperação nem sempre são desejáveis. (sim... por incrível que pareça). O entusiasmo das pessoas no "Projeto Torre" se torna evidente pelas próprias palavras delas. Podemos quase sentir o ânimo de ter tantas pessoas unidas e cooperando no esforço. Devem ter falado: "Não é maravilhosa esta comunhão?" Pelos conceitos de Aumann, a concessão de todos ali com o projeto, foi determinante para que a vontade de Deus não fosse cumprida, e os planos de PAZ não tivessem êxito.
Deus não considerou aquele consenso maravilhoso! Ele teria ficado contente se alguém tivesse perturbado aquela união — se alguém tivesse se levantado para objetar, os relembrando das instruções de Deus. Se tais objeções não tivessem conseguido mudar as idéias do povo, Deus teria ficado contente com a decisão de um ou mais a ir embora, se dissociando dos seus irmãos. Alguém, pela fé, devia ter ouvido Deus dizendo: "Retirai-vos do meio deles, separai-vos". Mas, ninguém escutava.
Deus deseja união, sim, mas somente na verdade. Ele quer cooperação, é claro, mas somente em fazer a vontade dele. Verdadeira união e cooperação não exigem proximidade física. Não temos que sentar-nos na mesma plataforma ou escrever pelo mesmo jornal para termos comunhão com Cristo. Aqueles povos antigos em Gênesis teriam cooperado com Deus e um com o outro se tivessem partido por caminhos diferentes para encher a terra, fazendo a vontade de Deus. Essa teria sido comunhão agradável—aquela boa e doce comunhão em fazer a vontade de Deus que é tão desejável. Mas, de fato, eles se uniram em rebelião e cooperaram para a glória do homem; de tal unidade Deus nunca se agradou.
3 - A vontade de Deus será feita. Essas pessoas não obedeceram voluntariamente as instruções de Deus para encher a terra. Mas a vontade de Deus foi feita. Quando Deus confundiu a língua deles, ele "os dispersou dali pela superfície da terra" — exatamente o resultado que eles procuraram evitar. A vontade de Deus foi feita, mas eles não receberam nenhuma bênção.
Sou convencido que, se nós falharmos em levar o evangelho para o mundo inteiro, a vontade de Deus de algum modo ainda será feita. Como Mordecai disse a Ester: "Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará...socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis" (Ester 4:14). Aqueles que ouvem o evangelho podem o rejeitar e recusar a reconhecer Jesus agora, mas um dia eles o reconhecerão. "Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2:9-11). Como seria melhor fazer a vontade de Deus agora, voluntariamente para a recompensa que ele tem prometido, do que sermos forçados contra a nossa vontade e para nossa eterna vergonha!
*Baseado no artigo: “Lições do Projeto Torre” de Sewell Hall
Adaptado por José B. Silva Junior,
Li essa semana a frase acima em um e-mail que recebi. Saiu publicado nas páginas amarelas de VEJA. É a entrevista do matemático Israelense Robert Aumann, vencedor do prêmio Nobel de economia em 2005. Aumann usa a Teoria dos Jogos para analisar conflitos e até mesmo relacionamentos pessoais. Através de seus estudos, pode-se chegar a compreensão de como fazer adversários cooperarem entre si. Tempos atrás, foi incumbido pelo governo dos Estados Unidos a desenvolver estratégias de defesa em plena guerra fria.
Entre suas ponderações uma é a de que não basta querer a paz para consegui-la. É preciso entender como esse desejo afeta outras pessoas. Dizer "eu quero paz" pode não trazer paz, mas guerra. Como exemplo de que as concessões nem sempre levam a paz, cita-se o início da II Guerra. O senso comum diz que a II Guerra Mundial foi causada por Adolf Hitler. Há alguma verdade nisso, porque foi ele quem ordenou a invasão da Polônia, mas o papel desempenhado pelo primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain é frequentemente negligenciado. Ele estava tão obcecado em garantir a paz que passou a atender a todas as demandas de Hitler. Ao fim das negociações de Munique, em 1938, ele perguntou a Hitler se todas as exigências da Alemanha haviam sido atendidas. Hitler disse que sim. As concessões de Chamberlain foram um incentivo para Hitler prosseguir com seu desejo insano de conquistas, e elas levaram o mundo à II Grande Guerra. Segundo Aumann, esses princípios têm aplicação prática na economia, na diplomacia, em política e até em religião. Os resultados da teoria dos jogos tanto podem ser aplicados a simples jogos de entretenimento como a aspectos significativos da vida em sociedade.
Quando li essa entrevista, lembrei dos inúmeros artigos que tenho visto sobre o assunto crescimento de igrejas e de como esse assunto tem provocado conflitos no meio religioso, principalmente o Batista. Dia desses visitando um site que traz informações sobre o meio, fiquei sabendo através de uma matéria publicada no Jornal Vale do Paraíba em S.J. dos Campos - SP, sobre uma grande igreja que através do seu grupo de jovens participa já há três anos do desfile de carnaval da cidade, (apesar da proibição em se fazer qualquer apologia ao evangelho) com um bloco chamado “prazer sem culpa”.
Foi uma das matérias mais comentadas do site. Entre os que comentaram: Membros de igrejas, pastores, esposas de pastores, presidentes de convenções batistas, doutores em sociologia, escritores e o próprio pastor da Igreja em questão. O conflito sempre acontecia em torno das perguntas: Vale a pena crescer em detrimento da santidade? Vale a pena se amoldar às antigas estratégias e não crescer? Pergunto eu: Como aplicar a Teoria dos Jogos ao conflito de forma que possamos chegar a um denominador comum ?
Aumann diz que não há uma fórmula matemática universal para avaliarmos as diferentes estratégias, mas existem conceitos fundamentais na Teoria dos Jogos, como a noção de equilíbrio. Esse conceito foi inventado por John Nash, a quem a maioria das pessoas conhece pelo filme Uma Mente Brilhante (com Russell Crowe no papel do cientista). Nash desenvolveu a noção do ponto de equilíbrio, que ocorre quando cada envolvido em determinada situação encontra sua maneira ideal de atuar na defesa de seus objetivos.
Alguns dos comentários sobre o artigo que citei , dizia que não devemos discutir sobre se um bloco de carnaval “evangélico” edifica ou não as pessoas, que tal liderança sabia o que fazia. Que agindo assim trazíamos só problemas, divisões e contendas. Segundo essas opiniões o melhor caminho seria fazer concessões. Porém, concordo com Aumann quando ele diz: "Em diversos conflitos atuais, há uma tentativa de agradar à outra parte. Erra quem pensa que atender às demandas do opositor pode trazer a paz. Isso não é verdade".
Alguém a essa altura pode estar pensando. “Mas não estamos tratando de um jogo...” Aumann trabalha com o conceito. Há situações em que apesar das partes envolvidas no conflito terem o mesmo objetivo e lutarem para que algo se realize, alguns aspectos da forma a se executar as ações serão em algum momento divergentes. Daí as pesquisas sobre a Teoria dos Jogos .
Parece-me que na bíblia temos um exemplo de que nem sempre devemos fazer concessões para se alcançar a paz. Temos em Genesis 11:1-9 a descrição da tentativa de edificação de “uma torre que chegasse até os céus”. A busca do homem por realizar algo grande, que todos pudessem ver, através dos próprios esforços , mas que estava longe dos propósitos de Deus. Daí as conclusões:*
1 - Grande nem sempre é bom. De todas as pessoas que já viveram, os norte-americanos possam ser os mais inebriados com grandeza. Falamos com orgulho de morar na maior cidade, estudar na maior escola e fazer cirurgia no maior hospital; além de ter a maior casa, o maior carro e até a maior fazenda. Infelizmente, tais padrões, freqüentemente, são aplicados na religião. Algumas pessoas determinam se uma afirmação seja certa ou não pelo número de pessoas que acreditam nela. Aumann diz que para minimizar as surpresas é preciso calcular com muito cuidado como uma ação leva a outras.
É comum ver pessoas que julgam uma igreja pelo tamanho do seu prédio, a grande variedade de seus programas e a multidão de membros. Alguns até supõem que o crescimento de uma igreja necessariamente prova que Deus está com ela e que ele aprova as suas obras.O projeto torre na planície de Sinar era um grande empreendimento. Pode ser que envolveu toda a humanidade e os planos eram, de fato, visionários. Mas, Deus não o aprovou. O projeto estava errado por, pelo menos, dois motivos. Primeiro, foi o produto de ambições humanas e teve como alvo o engrandecimento do homem e não a glória de Deus. Segundo, foi projetado para conseguir um alvo oposto à vontade de Deus. Deus havia dito: "Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra" (Gênesis 9:1). O propósito explícito de construir a torre foi: "para que não sejamos espalhados por toda a terra" (Gênesis 11:4).
2 - A união e a cooperação nem sempre são desejáveis. (sim... por incrível que pareça). O entusiasmo das pessoas no "Projeto Torre" se torna evidente pelas próprias palavras delas. Podemos quase sentir o ânimo de ter tantas pessoas unidas e cooperando no esforço. Devem ter falado: "Não é maravilhosa esta comunhão?" Pelos conceitos de Aumann, a concessão de todos ali com o projeto, foi determinante para que a vontade de Deus não fosse cumprida, e os planos de PAZ não tivessem êxito.
Deus não considerou aquele consenso maravilhoso! Ele teria ficado contente se alguém tivesse perturbado aquela união — se alguém tivesse se levantado para objetar, os relembrando das instruções de Deus. Se tais objeções não tivessem conseguido mudar as idéias do povo, Deus teria ficado contente com a decisão de um ou mais a ir embora, se dissociando dos seus irmãos. Alguém, pela fé, devia ter ouvido Deus dizendo: "Retirai-vos do meio deles, separai-vos". Mas, ninguém escutava.
Deus deseja união, sim, mas somente na verdade. Ele quer cooperação, é claro, mas somente em fazer a vontade dele. Verdadeira união e cooperação não exigem proximidade física. Não temos que sentar-nos na mesma plataforma ou escrever pelo mesmo jornal para termos comunhão com Cristo. Aqueles povos antigos em Gênesis teriam cooperado com Deus e um com o outro se tivessem partido por caminhos diferentes para encher a terra, fazendo a vontade de Deus. Essa teria sido comunhão agradável—aquela boa e doce comunhão em fazer a vontade de Deus que é tão desejável. Mas, de fato, eles se uniram em rebelião e cooperaram para a glória do homem; de tal unidade Deus nunca se agradou.
3 - A vontade de Deus será feita. Essas pessoas não obedeceram voluntariamente as instruções de Deus para encher a terra. Mas a vontade de Deus foi feita. Quando Deus confundiu a língua deles, ele "os dispersou dali pela superfície da terra" — exatamente o resultado que eles procuraram evitar. A vontade de Deus foi feita, mas eles não receberam nenhuma bênção.
Sou convencido que, se nós falharmos em levar o evangelho para o mundo inteiro, a vontade de Deus de algum modo ainda será feita. Como Mordecai disse a Ester: "Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará...socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis" (Ester 4:14). Aqueles que ouvem o evangelho podem o rejeitar e recusar a reconhecer Jesus agora, mas um dia eles o reconhecerão. "Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filipenses 2:9-11). Como seria melhor fazer a vontade de Deus agora, voluntariamente para a recompensa que ele tem prometido, do que sermos forçados contra a nossa vontade e para nossa eterna vergonha!
*Baseado no artigo: “Lições do Projeto Torre” de Sewell Hall
Adaptado por José B. Silva Junior,
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Casa de Deus ou Casa do Nada ?
No último domingo á noite estive na cidade natal de meu pai, o saudoso Sr. José Benedito da Silva , onde nasceram também meus dois irmãos mais velhos: Sérgio e Silvio. Foi nesta cidade também onde organizou-se a primeira Igreja Batista do Brasil no ano de 1871.
Lá, visitei a Igreja Batista Memorial de Santa Bárbara D’Oeste, da qual é Pastor meu amigo Elinaldo Lourenço da Silva. E aproveito para agradecê-lo nesse espaço pela amável recepção e pela oportunidade de contribuir no serviço da Ceia.
A mensagem trazida por ele foi baseada no livro do profeta Oséias, mais precisamente no capítulo 10. Oséias, escrevendo um século antes de Jeremias, se refere a Betel (que em hebraico significa “Casa de Deus”) com outro nome: “Bete-Áven” (Oséias 4:15; 5:8; 10:5-8), que significa: “Casa do Nada”, “Casa de Vaidade”, “Casa da Nulidade”.
Escrevo hoje, baseado no sermão que ouvi em Santa Bárbara, para refletir:
Faço do lugar que frequento dominicalmente “Bete-El” ou “Bete-Áven” ?
O povo de Israel passava por um período dificílimo na questão relacionamento com Deus. Haviam se esquecido de observar a essência do sentido dos mandamentos de Deus em suas vidas. Oséias dizia que o povo (de Israel) estava se acabando por falta de conhecimento de Deus. A corrupção estava se generalizando, tanto que em Oséias 4:1, encontramos a expressão: “O Senhor abre um processo contra os cidadãos do país, pois não há mais fidelidade, nem amor, nem conhecimento de Deus nesta terra.”
E é nesse contexto que Oséias diz : Betel já não existe mais... O que existe é Bete-Áven. Não uma Casa de Deus... Mas uma casa do nada, uma casa de futilidades, casa de vaidades. Aliás, a palavra AVON, marca de cosméticos mundialmente conhecida, tem origem nessa palavra hebraica: ÁVEN. Era um povo que estava vivendo de aparências, de vaidades, pura maquiagem.
Isso me leva a refletir: Até que ponto não tenho feito do lugar que frequento para adorar a Deus, uma casa do nada , através do meu culto mecânico. Será que não é verdade que minhas mãos levantadas, meus olhos fechados, minhas orações e leituras, não tem sido atos executados de maneira superficial e fútil ? Até onde estou direcionando minha “adoração” á Deus, movido pelo apelo por decisões imediatas, baseadas na vontade humana; até onde tenho cedido ao estímulo das emoções como alvo do meu culto; até que ponto tenho desprezado a doutrina da graça e do amor, para tornar-me um cultuador legalista e apegado ao que os “sacerdotes” da igreja moderna estabelecem como padrão de adoração? Até que ponto tenho frequentado a igreja e agido como identificou o profeta Oséias no meio do povo de Israel, provido de um "ativismo religioso" através de “sacrifícios” vazios sem mudança de vida ? Até que ponto não tenho sido um mero portador de um “certificado de batismo” e um “pagador de taxas religiosas” ? Será que é isso o que Deus quer de mim ?
O próprio profeta nos responde:
“Eu quero amor e não sacrificios, conhecimento de Deus e não holocaustos.Oséias 6:6
Também o profeta Isaías falou sobre o descontentamento de Deus, com um povo que só tinha o desejo de praticar rituais, seguir modelos, manuais, metas, propósitos... mas que não se importava em conhecer Deus e ter uma verdadeira intimidade com Ele. Isaías então conclama o povo a praticar a verdadeira adoração:
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende... De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor... Lavai-vos, purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. (Isaias Cap. 1)
Entendo que através de Oséias e Isaías a mensagem de Deus para cada um de nós é:
Quero AMOR , não Holocaustos !
CONHECIMENTO, não futilidades !
BETEL , e não bete-áven !
“Se alguém é sábio, entenda essas coisas; se é inteligente, que as venha conhecer. Pois os caminhos do SENHOR são retos, os justos neles caminham, os maus neles tropeçam.” Oséias 14:10
Que Deus nos ajude !
José B. Silva Junior
Lá, visitei a Igreja Batista Memorial de Santa Bárbara D’Oeste, da qual é Pastor meu amigo Elinaldo Lourenço da Silva. E aproveito para agradecê-lo nesse espaço pela amável recepção e pela oportunidade de contribuir no serviço da Ceia.
A mensagem trazida por ele foi baseada no livro do profeta Oséias, mais precisamente no capítulo 10. Oséias, escrevendo um século antes de Jeremias, se refere a Betel (que em hebraico significa “Casa de Deus”) com outro nome: “Bete-Áven” (Oséias 4:15; 5:8; 10:5-8), que significa: “Casa do Nada”, “Casa de Vaidade”, “Casa da Nulidade”.
Escrevo hoje, baseado no sermão que ouvi em Santa Bárbara, para refletir:
Faço do lugar que frequento dominicalmente “Bete-El” ou “Bete-Áven” ?
O povo de Israel passava por um período dificílimo na questão relacionamento com Deus. Haviam se esquecido de observar a essência do sentido dos mandamentos de Deus em suas vidas. Oséias dizia que o povo (de Israel) estava se acabando por falta de conhecimento de Deus. A corrupção estava se generalizando, tanto que em Oséias 4:1, encontramos a expressão: “O Senhor abre um processo contra os cidadãos do país, pois não há mais fidelidade, nem amor, nem conhecimento de Deus nesta terra.”
E é nesse contexto que Oséias diz : Betel já não existe mais... O que existe é Bete-Áven. Não uma Casa de Deus... Mas uma casa do nada, uma casa de futilidades, casa de vaidades. Aliás, a palavra AVON, marca de cosméticos mundialmente conhecida, tem origem nessa palavra hebraica: ÁVEN. Era um povo que estava vivendo de aparências, de vaidades, pura maquiagem.
Isso me leva a refletir: Até que ponto não tenho feito do lugar que frequento para adorar a Deus, uma casa do nada , através do meu culto mecânico. Será que não é verdade que minhas mãos levantadas, meus olhos fechados, minhas orações e leituras, não tem sido atos executados de maneira superficial e fútil ? Até onde estou direcionando minha “adoração” á Deus, movido pelo apelo por decisões imediatas, baseadas na vontade humana; até onde tenho cedido ao estímulo das emoções como alvo do meu culto; até que ponto tenho desprezado a doutrina da graça e do amor, para tornar-me um cultuador legalista e apegado ao que os “sacerdotes” da igreja moderna estabelecem como padrão de adoração? Até que ponto tenho frequentado a igreja e agido como identificou o profeta Oséias no meio do povo de Israel, provido de um "ativismo religioso" através de “sacrifícios” vazios sem mudança de vida ? Até que ponto não tenho sido um mero portador de um “certificado de batismo” e um “pagador de taxas religiosas” ? Será que é isso o que Deus quer de mim ?
O próprio profeta nos responde:
“Eu quero amor e não sacrificios, conhecimento de Deus e não holocaustos.Oséias 6:6
Também o profeta Isaías falou sobre o descontentamento de Deus, com um povo que só tinha o desejo de praticar rituais, seguir modelos, manuais, metas, propósitos... mas que não se importava em conhecer Deus e ter uma verdadeira intimidade com Ele. Isaías então conclama o povo a praticar a verdadeira adoração:
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende... De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor... Lavai-vos, purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. (Isaias Cap. 1)
Entendo que através de Oséias e Isaías a mensagem de Deus para cada um de nós é:
Quero AMOR , não Holocaustos !
CONHECIMENTO, não futilidades !
BETEL , e não bete-áven !
“Se alguém é sábio, entenda essas coisas; se é inteligente, que as venha conhecer. Pois os caminhos do SENHOR são retos, os justos neles caminham, os maus neles tropeçam.” Oséias 14:10
Que Deus nos ajude !
José B. Silva Junior
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
O Melhor vai Começar !
Olha eu de novo assistindo um programa de televisão e sendo tocado pelo que vejo.
Dessa vez estava vendo o cantor Guilherme Arantes, falando sobre sua canção “O Melhor Vai Começar.” Passei a adolescência e juventude escutando as músicas de Guilherme Arantes, inclusive essa, que em certo trecho diz: “E é tão gostoso ter, os pés no chão e ver, que o melhor da vida vai começar...”
Achei interessante ele dizer que a inspiração para essa letra, veio num momento em que ele estava sentado na varanda de casa... Pensando na chegada da primavera, segundo ele, época em que tudo se renova... Citou também Nietzsche, que pensa sobre a arte do recomeço... que entre outros conceitos nos apresenta o seguinte : “A alegria e a tristeza que senti não serão iguais no amanhã, mas voltarei a experimentar esses estados em suas diferentes variações.”
Guilherme Arantes disse ainda na entrevista: “ As pessoas precisam aprender o quão importante é, deixar coisas para trás... O quão importante é se desfazer de bagagens, que na verdade só faz com que carreguemos pesos desnecessários...”
Ah... assim que ele disse isso lembrei-me do apóstolo Paulo:
“... Mas uma coisa faço: Esquecendo-me das coisas que para trás ficam...e avançando para as que diante de mim estão...” Filipenses 3:13
É... entendo ser mesmo importante deixar as coisas para trás, jamais permitir que nossas ações no presente sejam determinadas por nossas experiências passadas. Tomar decisões e executar ações olhando para frente. Pois afinal de contas, se o melhor em nossas vidas é sempre o que passou, há uma grande chance de que tenha se esgotado toda a possibilidade de ser feliz hoje e no futuro.
Como você tem lidado com as coisas que ficaram para trás...? Tem se esquecido delas ? Tem prosseguido para as coisas que estão adiante de você ? Ou será que já se sente tão completo que não precisa disso...
Se experimentamos essa sensação de já ter alcançado tudo que queríamos, não há mais nada a esperar do futuro... e aí... a vida perdeu a graça !
Deus nos convida ao recomeço em cada momento de nossa existência. Ele quer que reconheçamos que nossa vida só terá sentido daqui para frente se dermos lugar ao agir dEle em nós. Tenho certeza que nenhum de nós, somos ainda tudo aquilo que podemos ser. Deus pode fazer muito mais em nossas vidas !
E é tão gostoso ter... os pés no chão e ver... que o MELHOR DA VIDA VAI COMEÇAR !
Dessa vez estava vendo o cantor Guilherme Arantes, falando sobre sua canção “O Melhor Vai Começar.” Passei a adolescência e juventude escutando as músicas de Guilherme Arantes, inclusive essa, que em certo trecho diz: “E é tão gostoso ter, os pés no chão e ver, que o melhor da vida vai começar...”
Achei interessante ele dizer que a inspiração para essa letra, veio num momento em que ele estava sentado na varanda de casa... Pensando na chegada da primavera, segundo ele, época em que tudo se renova... Citou também Nietzsche, que pensa sobre a arte do recomeço... que entre outros conceitos nos apresenta o seguinte : “A alegria e a tristeza que senti não serão iguais no amanhã, mas voltarei a experimentar esses estados em suas diferentes variações.”
Guilherme Arantes disse ainda na entrevista: “ As pessoas precisam aprender o quão importante é, deixar coisas para trás... O quão importante é se desfazer de bagagens, que na verdade só faz com que carreguemos pesos desnecessários...”
Ah... assim que ele disse isso lembrei-me do apóstolo Paulo:
“... Mas uma coisa faço: Esquecendo-me das coisas que para trás ficam...e avançando para as que diante de mim estão...” Filipenses 3:13
É... entendo ser mesmo importante deixar as coisas para trás, jamais permitir que nossas ações no presente sejam determinadas por nossas experiências passadas. Tomar decisões e executar ações olhando para frente. Pois afinal de contas, se o melhor em nossas vidas é sempre o que passou, há uma grande chance de que tenha se esgotado toda a possibilidade de ser feliz hoje e no futuro.
Como você tem lidado com as coisas que ficaram para trás...? Tem se esquecido delas ? Tem prosseguido para as coisas que estão adiante de você ? Ou será que já se sente tão completo que não precisa disso...
Se experimentamos essa sensação de já ter alcançado tudo que queríamos, não há mais nada a esperar do futuro... e aí... a vida perdeu a graça !
Deus nos convida ao recomeço em cada momento de nossa existência. Ele quer que reconheçamos que nossa vida só terá sentido daqui para frente se dermos lugar ao agir dEle em nós. Tenho certeza que nenhum de nós, somos ainda tudo aquilo que podemos ser. Deus pode fazer muito mais em nossas vidas !
E é tão gostoso ter... os pés no chão e ver... que o MELHOR DA VIDA VAI COMEÇAR !
Ouça a música !
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