Antonio Lazarini Neto
“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. (Lucas 6.35-36)
Jesus viveu num tempo onde muitas “paredes” que separavam o povo eram erguidas. Não se tratava de paredes de pedra e barro, mas paredes que se erguiam na mente, no coração e na alma do povo e transformavam-se em verdadeiras muralhas de pensamentos, atitudes e ações. Bons israelitas eram aqueles supostamente entendidos da Lei, como os escribas e fariseus, enquanto que os que não conheciam a Lei e os renegados publicanos, por exemplo, eram considerados maus israelitas.
Foi em meio a esse ambiente hostil, de mente intensamente estreita, de práticas profundamente exclusivistas e de gente intolerante, que Jesus levou a bom termo o seu ministério! Numa atmosfera assim, a orientação de amar os inimigos certamente assombrava seus ouvintes, pois consistia num ideal quase inalcançável.
Dos versos 27 a 30 do capítulo 6 do Evangelho de Lucas estão os desafios: amar, fazer o bem, bendizer, orar, oferecer a outra face, sofrer com prejuízos materiais, dar a quem pede e não brigar pelos nossos direitos: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda.”
Em qualquer tempo, viver tais coisas é algo desafiador e foge totalmente das reações triviais que pessoas comuns teriam em face de situações exemplificadas no texto. Qual o propósito de Jesus querer que tenhamos atitudes tão contrárias à vontade humana? Ele mesmo se antecipou dizendo:“Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto.
Ou seja, Deus nos chama para amar de um MODO DIFERENTE, extraordinário, incomum, surpreendente, sobrenatural! Mais do que mudar a vida das pessoas, esse tipo de compreensão e comportamento muda a nós mesmos. Por isso, Jesus motivou os seus ouvintes com as palavras registradas no verso 31: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.”
Como você gostaria de ser tratado? Esse deve ser o parâmetro para avaliar como tratar as pessoas! Isso implica em nos colocarmos na “pele” da outra pessoa e tentar sentir como ela se sentirá pela forma como a tratamos. Aprendi cedo esse princípio: Não faça para os outros o que você não deseja que façam pra você! Nos versos 35-36, então, é feita uma revisão do que foi ensinado, mas de uma maneira que focaliza e resume o propósito. O que podemos extrair de lições desses dois versos?
1.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR O DESEJO DE SER BENÇÃO NA VIDA DE OUTROS.
Observe a recomendação de Jesus no verso 35: “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga”. Precisamos desenvolver o hábito de ajudar pelo mero prazer de ajudar. Ou seja, de saber que estamos sendo benção na vida de alguém e “não esperar nenhuma paga por isso!” Pense agora em alguém que você se lembra que poderia ser classificado como “inimigo”. Você quer ser uma benção na vida dessa pessoa? Talvez ela não faça nada que te motive a usar de bondade para com ela, mas do modo como gostaria de ser tratado, você deve e precisa tratá-la também!
2.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR A CONFIANÇA DE QUE DEUS NÃO OS DEIXA SEM RECOMPENSAS.
Ainda no verso 35, Jesus garantiu: “...será grande o vosso galardão,...” Isto é, quando você faz algo sem esperar nada em troca, Deus recompensa. Encontramos esse tipo de pensamento em orientações de Paulo aos escravos: “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.”(Efésios 6.5-8) Paulo instigava os escravos de seu tempo a pensar que se eles estivessem servindo os seus senhores, mas de fato fazendo para Deus, haveria recompensas:“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança.A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”(Colossense 3.23-24) Jesus chama a atenção para o fato de que Deus é justo e o galardão será grande. E isso toca na nossa confiança! Se tratarmos bem alguém ou até sacrificarmos por alguém e nada recebermos em troca, isto será um sinal de que confiamos em Deus, pois é Ele quem nos dará uma recompensa justa.
3.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR A RESPONSABILIDADE DE REFLETIR A IMAGEM DE DEUS DIANTE DE OUTROS.
Veja ainda o verso 35:“...e sereis filhos do Altíssimo.” Agora, muita atenção e cuidado para não confundir: Amar as pessoas não nos faz filhos de Deus, mas demonstra que já somos! Quando vivemos uma vida que demonstra um amor extraordinário, quando a minha e a sua conduta vai além daquilo que os pecadores fazem, amando até pessoas classificadas como inimigas revelamos a imagem de Deus, fazemos uma projeção de quem Deus é, uma vez que “ele é benigno até para com os ingratos e maus” (6.35). Se os crentes praticarem o que Jesus está pedindo, o que fazem pelos outros vai muito além dos benefícios visíveis, há um aspecto “revelatório” nas suas ações. Por isso, preste atenção: As pessoas terão outra impressão de Deus, dependendo da sua ação! Essa é a razão pela qual Jesus encerra sua fala dizendo: “Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.” (6.36)
Perceba que responsabilidade você tem. O que sua conduta diante das pessoas tem demonstrado? Mais do que corrigir outras pessoas, talvez hoje você precise retificar você mesmo!
Antonio Lazarini é pastor titular da Igreja Batista Jardim Planalto em Nova Odessa (SP); Professor da Faculdade Teológica Batista de Campinas; Bacharel em Teologia; Mestre em Ciências da Religião e autor da MK Editora, com as obras: "Filhos da Mãe" e "O Que é Deus?".
“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. (Lucas 6.35-36)
Jesus viveu num tempo onde muitas “paredes” que separavam o povo eram erguidas. Não se tratava de paredes de pedra e barro, mas paredes que se erguiam na mente, no coração e na alma do povo e transformavam-se em verdadeiras muralhas de pensamentos, atitudes e ações. Bons israelitas eram aqueles supostamente entendidos da Lei, como os escribas e fariseus, enquanto que os que não conheciam a Lei e os renegados publicanos, por exemplo, eram considerados maus israelitas.
Foi em meio a esse ambiente hostil, de mente intensamente estreita, de práticas profundamente exclusivistas e de gente intolerante, que Jesus levou a bom termo o seu ministério! Numa atmosfera assim, a orientação de amar os inimigos certamente assombrava seus ouvintes, pois consistia num ideal quase inalcançável.
Dos versos 27 a 30 do capítulo 6 do Evangelho de Lucas estão os desafios: amar, fazer o bem, bendizer, orar, oferecer a outra face, sofrer com prejuízos materiais, dar a quem pede e não brigar pelos nossos direitos: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda.”
Em qualquer tempo, viver tais coisas é algo desafiador e foge totalmente das reações triviais que pessoas comuns teriam em face de situações exemplificadas no texto. Qual o propósito de Jesus querer que tenhamos atitudes tão contrárias à vontade humana? Ele mesmo se antecipou dizendo:“Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto.
Ou seja, Deus nos chama para amar de um MODO DIFERENTE, extraordinário, incomum, surpreendente, sobrenatural! Mais do que mudar a vida das pessoas, esse tipo de compreensão e comportamento muda a nós mesmos. Por isso, Jesus motivou os seus ouvintes com as palavras registradas no verso 31: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.”
Como você gostaria de ser tratado? Esse deve ser o parâmetro para avaliar como tratar as pessoas! Isso implica em nos colocarmos na “pele” da outra pessoa e tentar sentir como ela se sentirá pela forma como a tratamos. Aprendi cedo esse princípio: Não faça para os outros o que você não deseja que façam pra você! Nos versos 35-36, então, é feita uma revisão do que foi ensinado, mas de uma maneira que focaliza e resume o propósito. O que podemos extrair de lições desses dois versos?
1.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR O DESEJO DE SER BENÇÃO NA VIDA DE OUTROS.
Observe a recomendação de Jesus no verso 35: “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga”. Precisamos desenvolver o hábito de ajudar pelo mero prazer de ajudar. Ou seja, de saber que estamos sendo benção na vida de alguém e “não esperar nenhuma paga por isso!” Pense agora em alguém que você se lembra que poderia ser classificado como “inimigo”. Você quer ser uma benção na vida dessa pessoa? Talvez ela não faça nada que te motive a usar de bondade para com ela, mas do modo como gostaria de ser tratado, você deve e precisa tratá-la também!
2.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR A CONFIANÇA DE QUE DEUS NÃO OS DEIXA SEM RECOMPENSAS.
Ainda no verso 35, Jesus garantiu: “...será grande o vosso galardão,...” Isto é, quando você faz algo sem esperar nada em troca, Deus recompensa. Encontramos esse tipo de pensamento em orientações de Paulo aos escravos: “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.”(Efésios 6.5-8) Paulo instigava os escravos de seu tempo a pensar que se eles estivessem servindo os seus senhores, mas de fato fazendo para Deus, haveria recompensas:“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança.A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”(Colossense 3.23-24) Jesus chama a atenção para o fato de que Deus é justo e o galardão será grande. E isso toca na nossa confiança! Se tratarmos bem alguém ou até sacrificarmos por alguém e nada recebermos em troca, isto será um sinal de que confiamos em Deus, pois é Ele quem nos dará uma recompensa justa.
3.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR A RESPONSABILIDADE DE REFLETIR A IMAGEM DE DEUS DIANTE DE OUTROS.
Veja ainda o verso 35:“...e sereis filhos do Altíssimo.” Agora, muita atenção e cuidado para não confundir: Amar as pessoas não nos faz filhos de Deus, mas demonstra que já somos! Quando vivemos uma vida que demonstra um amor extraordinário, quando a minha e a sua conduta vai além daquilo que os pecadores fazem, amando até pessoas classificadas como inimigas revelamos a imagem de Deus, fazemos uma projeção de quem Deus é, uma vez que “ele é benigno até para com os ingratos e maus” (6.35). Se os crentes praticarem o que Jesus está pedindo, o que fazem pelos outros vai muito além dos benefícios visíveis, há um aspecto “revelatório” nas suas ações. Por isso, preste atenção: As pessoas terão outra impressão de Deus, dependendo da sua ação! Essa é a razão pela qual Jesus encerra sua fala dizendo: “Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.” (6.36)
Perceba que responsabilidade você tem. O que sua conduta diante das pessoas tem demonstrado? Mais do que corrigir outras pessoas, talvez hoje você precise retificar você mesmo!
Antonio Lazarini é pastor titular da Igreja Batista Jardim Planalto em Nova Odessa (SP); Professor da Faculdade Teológica Batista de Campinas; Bacharel em Teologia; Mestre em Ciências da Religião e autor da MK Editora, com as obras: "Filhos da Mãe" e "O Que é Deus?".
gente nesse mundo do nosso maravihoso deus, temos que fazer alguma coisa pelo nossos semelhante, e parar de sermo egoita so querer as coisa pra nos mesmo,quem tem mais condiçoes vamos ajudar o nossos irmao menos favorecido,nao so ajuda finaceira,mas boa vontade de coraçao ,carinho, amor,solidariedade para o nosso proximo, fazendo isto seremos muito felizes pela graça do nosso sagrado pai eterno,Jesus amado maravilhoso.
ResponderExcluirque deus ilumine a todos nós com a divina graça, agora temos que fazer a nossa parte também ajundando ao o nosso proximo.
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