Atingidos pelos Reflexos...
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Que dizeis do tempo ?
"Gostaríeis de medir o tempo, o ilimitado e o incomensurável. Gostaríeis de ajustar vosso comportamento e mesmo de reger o curso de vossas almas, de acordo com as horas e as estações. Do tempo gostaríeis de fazer um rio na margem do qual vos sentaríeis para observar correr as águas. Contudo, o que em vós escapa ao tempo, sabe que a vida também escapa ao tempo, e sabe que ontem é apenas a recordação de hoje, e amanhã o sonho de hoje; e que aquilo que canta e medita em vós continuará a morar dentro daquele primeiro momento em que as estrelas foram semeadas no espaço. Quem dentre vós não sente que seu poder de amar é ilimitado e contudo quem não sente esse amor embora ilimitado, circunscrito dentro de seu próprio ser e não se movendo de um pensamento amoroso à outro e de uma ação amorosa á outra. E não é o tempo exatamente como o amor: indivisível e insondável ? Se todavia, deveis dividir o tempo em estações, que cada estação envolva todas as outras estações, e que o vosso presente abrace o passado com nostalgia e o futuro, com ânsia e carinho !"
"O que ganha o trabalhador com todo o seu esforço ? Tenho visto o fardo que Deus impôs aos homens. Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade, mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez." Ec. 3:10-11
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A igreja do Povo (qualquer semelhança com sua vida real, é mera coincidência)
Entrei pelas portas da Primeira Igreja Batista na primavera de 1995, após ter vivido como um filho pródigo por aproximadamente dez anos. Eu tinha rededicado minha vida a Cristo há pouco tempo e queria participar novamente de uma família cristã amorosa em uma igreja. Quando entrei e me sentei, a música alegre do louvor do magnífico coral e da orquestra, encheram meu coração e minha alma de admiração, emoção e de grande expectativa. Eu estava realmente sendo preparado para adorar.
Quando o pastor terminou o sermão, eu estava espiritualmente refrigerado e energizado para a semana entrante. A mensagem tinha sido clara, poderosa, convincente, bíblica e cheia do Espírito Santo. Ao longo do tempo, aprendi a amar esse irmão em Cristo, por causa de sua fidelidade e paixão pelo evangelho. Após visitar a igreja por vários meses, vi que tinha encontrado a minha igreja.
Alguns anos mais tarde, o pastor me convidou para almoçar com ele em um clube de campo que ele freqüentava. Durante o almoço, mencionou de passagem seu desejo de eventualmente remover o nome Primeira Igreja Batista e simplesmente chamá-la de "Igreja do Povo", pois afinal, era assim que todos a conheciam. Ainda impressionado com a personalidade do pastor, sorri e acenei com a cabeça em aprovação, quando ele me disse que queria levar a igreja para uma "nova direção", longe do estigma batista sulista que achava que tinha de uma certa forma atrapalhado no passado, e buscar coisas maiores. Infelizmente, ele não disse muito sobre qual seria essa "nova direção" e eu erradamente assumi que seria uma identidade não-denominacional.
Nas próximas semanas e meses uma nova mensagem começou a emanar do púlpito e que não era diferente do que estava vindo de todos os lugares, o pódio presidencial de Bill Clinton durante o auge dos seus escândalos. Um tema recorrente de tolerância, diversidade e unidade parecia permear quase todos os sermões. Tornou-se claro para mim que a "nova direção" do pastor era mundana e que ele estava agora sendo guiado por alguém ou outra coisa diferente de Deus. Ao longo do tempo, cresceu entre nós dois um certo atrito, à medida que seus sermões se afastaram do evangelho que leva ao arrependimento e à fé em Cristo, para a psicologia social do "vamos viver em harmonia". Claro, a Bíblia nos diz para vivermos em paz uns com os outros, e mantermos relacionamentos saudáveis com nossos irmãos e irmãs em Cristo, mas não à custa de Deus. O pastor que eu antigamente tinha em alta estima começou a recitar clichês de "pensamento de grupo" como: 'Você não pode estar em paz com Deus e em desarmonia com todas as pessoas', querendo dizer que agora era a hora de todos contemporizarmos em nossa consciência e convicções, pensando no bem coletivo. Esse é o "Processo do Consenso" em operação, uma técnica de lavagem cerebral de mais de duzentos anos conhecida pelos psicólogos sociais de todo o mundo como "Dialética Hegeliana", desenvolvida por George Wilhelm Friedrich Hegel, no final do século XVIII, e que envolve a prática da contemporização para obter a harmonia social entre grupos opostos e/ou sistemas de crenças. A dialética hegeliana é especialmente danosa para aqueles na fé que são compelidos no processo a aceitar o inaceitável, de modo a ganhar a aprovação do grupo. É a mentalidade do rebanho do pensamento humanista e é uma abominação diante de Deus.
Veja, a Bíblia está repleta de homens tementes a Deus que ficaram sós e morreram lutando contra a heresia da mentalidade do rebanho, incluindo o próprio Jesus Cristo. Estar "em divergência com todos" foi exatamente o que o levou a ser cravado na cruz! Ele disse, "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." [Mateus 7:13-15]. Essa certeza não é um bom indício para aqueles pastores que têm como suas principais preocupações o crescimento da igreja e os grandes números.
Não foi um Jesus tolerante quem expulsou os cambistas do templo usando um azorrague, ou um tolerante João Batista quem publicamente repreendeu o rei Herodes por se casar com a mulher de seu irmão, ou um tolerante Paulo quem chamou a atenção de Pedro por se afastar dos cristãos não-circuncidados, também não foi a tolerância que levou a maioria dos discípulos à decapitação ou à crucificação nos primeiros anos da igreja cristã. Entretanto, agora estamos entrando em um novo milênio, cruzando aquela ilustre "Ponte para o Século XXI", como uma igreja reinventada de tolerância, diversidade e unidade. Agora que as portas estão sendo escancaradas para tudo e para todos, pergunto a você, a igreja está afetando a cultura ou a cultura é que está afetando a igreja? Quem está fazendo proselitismo com quem aqui? Olhe à sua volta e diga-me o que você vê.
Não demorou muito para que uma campanha vulgar de arrecadação de fundos fosse iniciada na Igreja do Povo, como se alguém estivesse concorrendo a um cargo político, com tudo, banquetes, jantares, prêmios, muitos discursos bajuladores, testemunhos, apresentações, reuniões particulares e atenção especial dada aos "grandes ofertantes" da igreja (o termo é deles, não meu), tudo para beneficiar um novo programa de construção que nos daria um "centro de adoração" de alta tecnologia e uma dívida de doze milhões de dólares.
Hoje, quando caminho por aquele centro de entretenimento em uma manhã de domingo, onde havia um santuário, vejo agora muitas poltronas de cinema almofadadas no lugar dos bancos; uma tela de projetor multimídia no lugar em que antes havia uma cruz de madeira; meia dúzia de pessoas fazendo coreografias e recebendo aplausos, onde havia antes um coral; uma banda de jazz/rock tocando solos onde havia uma orquestra; uma jovem cantora dirigindo corinhos simplistas diante de uma audiência confusa, onde havia um ministro de música que regia a congregação nos grandes hinos de adoração e de louvor a Deus, e onde um charmoso "facilitador", vestindo uma camiseta pólo, prega que todos devemos viver em harmonia, onde antes um humilde homem de Deus vestido de terno e gravata proclamava corajosamente a Palavra de Deus.
Outro dia, eu estava ouvindo um programa de rádio gravado pela Internet, chamado "Steel on Steel", apresentado por John Loeffler. Ele estava entrevistando um ex-professor e especialista em história e filosofia européias chamado Dean Gotcher sobre a "Dialética Hegeliana" ou o "Processo do Consenso" e como isso está sendo integrado com sucesso no governo, na mídia, nas forças armadas, na polícia, na educação pública, nas faculdades, nos seminários e até nas igrejas para centralizar tudo e nos unificar em uma mentalidade socialista de governança global. O objetivo global-socialista é e sempre foi um governo mundial e uma única religião global. Eles usam a dialética helegiana há vários séculos para controlar grandes populações em todo o mundo e levá-las a uma Nova Ordem Mundial. Quase no fim do programa de uma hora de duração, ele casualmente mencionou um par de organizações cristãs que eram conhecidas por seduzir as igrejas a entrarem nesse "Processo de Consenso" com "progressivos" programas de crescimento de igreja, em que a contemporização faz crescer os números. A tentação de tal fruto mundano é obviamente difícil de resistir, mesmo entre os pastores mais fiéis. Entretanto, fazer coisas profanas em nome de Cristo não as santifica.
Quando Dean Gotcher mencionou uma dessas organizações como sendo a "Associação Willow Creek", os sinos começaram a soar, as luzes começaram a piscar e, subitamente, cinco anos de confusão, atrito e controvérsia entre meu pastor e eu foram instantaneamente trazidos à completa claridade. É lógico! A igreja do Povo pertencia à Associação Willow Creek! Uma vez que meus olhos foram abertos para seus métodos carnais, por meio de pesquisa adicional, combinado com tudo o que eu já tinha aprendido ao longo dos anos sobre global-socialismo, fiquei convencido que a igreja tinha sido levada ao "Processo do Consenso" por meio de uma organização humanista e socialista fazendo-se passar como um ministério cristão, completo com "agentes de mudança" e "facilitadores" (lobos em pele de cordeiro) que eu mesmo tinha encontrado pessoalmente na Escola Dominical e na adoração no domingo. Aparentemente, essa era a "nova direção" do pastor para a Primeira Igreja Batista. Não foi surpresa descobrir mais tarde, que o fundador da Igreja da Comunidade Willow Creek, o pastor Bill Hybels, é um querido amigo e ministro pessoal do renomadíssimo socialista e "facilitador", o presidente Bill Clinton. Agora sei por que meu pastor há três ou quatro anos começou a soar tão "clintonesco" em seus sermões nas manhãs de domingo.
Ao fazer uma pesquisa sobre a Associação Willow Creek, descobri que milhares de igrejas em todo o mundo estão sendo transformadas em "igrejas daqueles que procuram", orientadas pelas emoções, exatamente como a nossa, sob a liderança e direção dessa organização, tudo com a mesma tolerância, diversidade e o tema da unidade, o formato liberal na adoração, ensino bíblico superficial, ênfase no conforto e leveza na consciência, equipado com enormes telões de projeção multimídia, grandes sistemas de som, música exótica, sem coral, com mulheres pastoras, esquetes que despertam as emoções, interpretações com dança, e oneradas por milhões de dólares de dívidas na construção de instalações de entretenimento sofisticadas, que eles chamam de "centros de adoração". Ver uma bola giratória de discoteca acima de nossas cabeças no culto de dedicação, um par de anos atrás, foi uma grande tristeza para mim pessoalmente.
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."[1 João 2:15-17]
Há muito tempo me desgastei com certos membros da liderança da igreja, protestando repetidamente pelo nosso envolvimento nesses movimentos ecumênicos e excentricidades carnais, começando com o "Movimento dos Homens", aquela organização orientada pelas emoções, que usa marketing agressivo, é apoiada por celebridades, é enganosa espiritualmente e agora está financeiramente quebrada, os Promise Keepers. O "Processo do Consenso", ou a dialética hegeliana, ensina os "facilitadores" a se isolarem, a intimidarem e até envergonharem seus críticos fazendo-os silenciar e cooperar com "sentimentos feridos". Isso também é carnal. Aqueles que buscam a aceitação do grupo e aprovação são impotentes contra isso. Francamente, prefiro ter a aceitação e aprovação de Deus do que aprovação do grupo. Veja, a Associação Willow Creek sempre enfatiza "as necessidades sentidas", a unidade, harmonia, paz e os relacionamentos humanos acima de todas as outras coisas... Exatamente como as Nações Unidas. No entanto, isso não é o evangelho.
O "consenso" é a contemporização em direção ao "pensamento do grupo", não ao pensamento de Deus. É conformidade ao coletivo por meio da pressão do grupo. É o centro de toda heresia. A centralização em direção ao globalismo é a razão para o consenso e explica por que tantas grandes empresas se fundiram em monopólios controlados pelo governo; por que os dois grandes partidos políticos nos EUA se tornaram quase que indistinguíveis; por que a soberania nacional está sendo entregue às Nações Unidas; por que a Constituição está sendo ignorada pelo nosso próprio presidente; por que o "Encontro do Milênio Pela Paz Mundial dos Líderes Espirituais e Religiosos" está se reunindo em agosto para lançar uma Religião Global e os líderes mundias de 160 países estão se reunindo em setembro na ONU para o "Encontro do Milênio" para iniciar o Governo Mundial, completo com seu próprio Tribunal Penal, um sistema tributário global, e um Exército permanente. Infelizmente, o pequeno e nojento segredo sobre o processo do consenso é que qualquer assunto discutido geralmente já tem uma resposta predeterminada oferecida pelo "facilitador". Imagine isto! A consciência e a contemporização nunca podem coexistir. Elas são sempre incompatíveis. Uma precisa ceder para que haja unidade com a outra. Portanto, o consenso sempre levará seus seguidores para longe dos absolutos e da autoridade bíblica (isto é, "Assim diz o SENHOR...."), de modo a obter a aceitação e aprovação do grupo. Todos queremos ser amados, certo? Alguns de nós desejam desesperadamente ser amados. Essa é a razão por que tantos entregam suas vidas à indústria do entretenimento e do cinema e fazem de Hollywood sua "Cidade Esmeralda". Eles aprenderam em todo o século XX que somente poderiam ser uma "grande estrela" se fossem amados e aceitos por todos. O desejo de ser amado é natural, mas amar aqueles que não concordam conosco não é natural e é difícil. Jesus disse, "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." [Mateus 22:37] No entanto, milhões de crianças há mais de meio século ouviram e aprenderam o Mágico de Oz dizer ao Homem de Lata: "... um coração não é julgado pelo quanto você ama, mas pelo quanto você é amado pelos outros". Isto é consenso sobre a convicção, cobiça sobre a consciência, carne sobre o espírito, a heresia de Hollywood e os frutos de Willow Creek... seguir a multidão e a cultura para ser amado e aceito.
"Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte".[Provérbios 14:12]
A conclusão é esta: a Igreja da Comunidade de Willow Creek é como um daqueles barcos fluviais em que se davam espetáculos no rio Mississipi, está sendo vendida como se fosse um grande navio cruzeiro, mas no tempo devido será lembrada como outro Titanic. A Primeira Igreja Batista está verdadeiramente se tornando "A Igreja do Povo", pois é exatamente quem ela decidiu seguir e obedecer... o povo. É desnecessário dizer que, após cinco longos e frustrantes anos a bordo desse navio, estou saindo para procurar um humilde barco de pesca que navegue em águas calmas, cujas redes lançadas voltem cheias, cuja tripulação seja fiel, e em que Cristo seja o capitão, pois como diz Paul Harvey, "Agora conheço o resto da história".
"Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus corações para que não entendam."[Isaías 44:18]
Paul Proctor
Tradução: Jeremias R D P dos Santos
Data da publicação: 22/4/2002
Transferido para a área pública em: 6/9/2002
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/proc081800.asp
terça-feira, 22 de setembro de 2009
É Primavera, tempo de reflexão...
Hoje, quando celebramos o início da primavera, lembramos também de um dos mais belos trechos do sermão do monte: “Olhai as aves do céu... Olhai os lírios do campo”. É um convite de Jesus. Precioso convite acompanhado de lições preciosas.
1 – É um convite à exercitarmos um olhar contemplativo.
Na língua grega, o verbo “olhai”, tem um significado muito mais abrangente: Trata-se de um olhar contemplativo, aquele que é capaz de adentrar além do mistério da vida presente e do que está a frente de nossos olhos. É triste quando observamos que o ser humano de nosso tempo perdeu esse olhar contemplativo. Nosso olhar está infectado pelo vírus científico, técnico e calculista. Perdemos aos poucos a capacidade de valorizar o belo e simples. Para os que perderam essa percepção, as folhas de um ipê (como na foto acima), não passam de um monturo de lixo a sujar nossos monumentos. Quando consideramos que folhas de um ipê são sujas e nos agridem, algo de muito ruim está acontecendo conosco.
Mas podemos treinar esse olhar contemplativo no que chamamos de disciplina espiritual. O segredo dessa disciplina está em estarmos dispostos em nos abrir ao transcendente. É o olhar capaz de ver no pão e no vinho de nossa ceia, não apenas “pão e vinho”, mas o puro trigo colhido no campo e a vistosa uva cultivada por mãos dedicadas, que se transformam em símbolo de comunhão e ligação entre criador e criaturas.
Bom seria se nos permitíssemos sempre que Deus trabalhasse em nós e especialmente em nosso olhar, para que pudéssemos naturalmente contemplar a beleza de suas obras.
2 – É um convite de Jesus para contemplarmos a providência de Deus na criação.
“Olhai as aves do céu. Elas não semeiam nem colhem, nem ajuntam em armazéns... No entanto, o Pai que está nos céus as alimenta.”
Isso pode parecer um convite à irresponsabilidade, mas não. Antes, é uma exortação a confiarmos na providência e na graça de Deus sobre nossas existências. Muitas de nossas dificuldades no dia-a-dia seriam menores caso praticássemos essa constante contemplação da providência divina sobre nossas vidas.
Os pássaros que ás vezes percebemos voando no céu têm muito a nos ensinar. Deus, de alguma maneira os sustenta e garante a sobrevivência de sua espécie. Mas nós, geralmente nos estressamos demais com nosso sustento porque sempre estamos preocupados em ajuntar em celeiros e garantir nosso futuro. É naturalmente sábio ter algum tipo de previdência para suportar problemas futuros. Porém, quando a preocupação pela previdência ofusca a fé na Providência é sinal de que nossos valores estão invertidos. A doutrina da Providência nos ensina que Deus zela por nós, pela natureza, pela história e há de conduzir-nos sob seus cuidados. Conforme nos sugere o apóstolo Pedro:
“Coloquem nas mãos de Deus qualquer preocupação, pois é Ele quem cuida de vocês”(I Pe 5.7)
3 – É um convite de Jesus a contemplar a beleza da simplicidade.
“Olhai os lírios do campo. Eles não trabalham nem fiam... eu, contudo vos afirmo que nem o rei Salomão em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles”.
É interessante observar a comparação que Jesus fez aqui – Salomão o opulento e poderoso rei de Israel, que se vestia com os tecidos finos e caros da época é comparado aos lírios do campo e perde longe nessa comparação. Somos então desafiados por Jesus a contemplar a beleza da simplicidade em contraste ao nosso mundo que eleva o que é ostensivo e luxuoso, o que custa caro e que gostamos de esnobar.
Há outro detalhe importante que devemos notar com atenção. Jesus fala em lírios do campo. Não é lírio cuidado e cultivado em nossos jardins, não é o lírio que cresce nas floriculturas recebendo adubo e cuidado constante. Não é o lírio que se tornou belo e vistoso porque a mão humana colaborou nesse processo. Não é para esse lírio que devemos olhar, mas para os lírios “do campo” que crescem nas regiões mais inóspitas, sob os riscos do tempo chuvoso e árido, sob todas as ameaças da natureza. Os lírios do campo se tornaram belos porque foram cuidados e preservados somente por Deus.
É um convite a abrirmos nosso coração à surpreendente e maravilhosa providência de Deus e de seu poder ao nosso redor.
Espero que essa reflexão primaveril nos inspire a viver nesse mundo com uma perspectiva diferenciada e com um olhar diferente. Que a chegada da estação das flores se apresente a nós como uma oportunidade de recomeço, de esperança, de alegria e de fé.
José B. Silva Junior
Extratos do livro “Entre o Púlpito e a Universidade” – Carlos Eduardo Calvani
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
O gol é apenas um detalhe... e nossa salvação em Cristo ?
E apesar de todos os comentários que ouvi, contrários a declaração do técnico da seleção, me esforcei para entender o que ele estava tentando dizer. Concordei com ele e passei a admirá-lo ainda mais.
Como torcedor (quase) fanático que sou, durante um bom tempo de minha adolescência e juventude freqüentei alguns estádios de futebol assistindo aos jogos do melhor time do mundo (rs). Cansei de ver esse time jogar um futebol quase sempre pouco técnico, ás vezes arrancando aquele empate suado, dando chutão de bico pela lateral ou então para o alto no meio de campo, jogadas ríspidas disputadas corpo a corpo, centímetro a centímetro do campo, enfim... Cansei de ver “jogo feio”, onde, de repente numa falta bem cobrada na entrada da área , gol ! 1x0. Torcedores iam embora felizes e satisfeitos pela vitória.
O gol nesse caso não era um detalhe. Fazia toda a diferença no resultado do jogo. Pois o que se via era um time sem organização tática ou técnica alguma. Uma correria danada onde a equipe que conseguisse colocar a bola dentro das redes adversárias saía vencedora. Em muitas dessas partidas, ninguém se aplicava em cumprir as determinações técnicas e táticas. A vitória acontecia por acaso.
Parreira quis mudar isso, ele era obcecado em organizar o time. Fazer a bola passar de pé em pé, preparar a equipe de modo que a posse de bola e a postura tática do time dentro do campo fizessem a diferença no resultado. Talvez o maior problema de Parreira com os críticos se devesse o fato de que ele era filosoficamente convencido de que a defesa era o melhor caminho para vencer um torneio. Brasileiro está acostumado com o ataque, com Zico, Pelé, Garrincha, Rivelino, Tostão e Sócrates, quer ver gols. E Parreira contrariava isso ao ser adepto do futebol planejado, pragmático, defensivo e marcador. Por ironia do destino a seleção que Parreira dirigia em 1994 foi campeã chegando ao último jogo contra a Itália, tendo o melhor ataque da copa.
Quando então Parreira afirma que o gol é apenas um detalhe, imagino que ele quis dizer que o que realmente importava era o comportamento do time em campo, da função que cada um deveria executar. Do cumprimento e da obediência tática que cada atleta deveria buscar. Feito isso, o gol naturalmente aconteceria. Como numa orquestra em que cada músico acompanha fielmente a partitura fazendo com que a melodia chegue aos ouvidos de todos. Nesse caso, o importante é ser organizado e cumprir as determinações do técnico. O resto é um detalhe... ainda que esse detalhe faça toda a diferença e seja responsável pela vitória no final da partida. Mas é um detalhe.
A essa altura você deve estar pensando, porque estou lendo isso num blog que trata sobre assuntos de teologia ?
Minha teoria é de que nossa salvação em Cristo também é um detalhe.
A Bíblia é clara em apresentar o plano de salvação para o homem. São vários os textos que indicam esse caminho. O principal talvez se encontre no evangelho de João: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira , que deu seu único filho, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16).
Ou ainda no clássico texto de Romanos:"Se, com tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo"(Rm 10:9)
Também o próprio Jesus indicou esse caminho: “Voltando do deserto, começou Jesus a pregar: Arrependei-vos, e crede no Evangelho” (Mt.4:17).
Ou seja, o ato de crer em Jesus como Aquele que morreu e ressuscitou por mim, arrepender-me da condição de praticante do pecado e confessar isso aos homens faz de mim uma pessoa salva, livre da condenação descrita na bíblia aos que assim não o fizerem. Minha teoria de que a salvação é um detalhe, deve-se ao fato de que a cultura e tradição evangélica de nossos dias, estabelecem equivocadamente ao meu ver, que uma pessoa que responde sim à pergunta : “Você aceita Jesus como seu salvador pessoal” ? Já determina o fato dela ser salva.
O apóstolo Paulo vai falar algo sobre a condição em que essa pessoa que se diz salva, deva se encontrar para ter essa certeza: “Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”(2 Cor. 5:17). Olhando dessa perspectiva não é a mão levantada apenas que demonstra a evidência da salvação de uma pessoa, mas a mudança de comportamento.
Levantar a mão á um apelo, responder uma ficha de “decisão” por Cristo e dizer “eu sou salvo”, tem sido para a maioria dos evangélicos hoje em dia, o “gol de falta” que salva o time da derrota. No caso aqui, o que determina a vitória da pessoa sobre a morte eterna.
Creio que a salvação em Cristo é um detalhe, na medida em que minha vida vai tomando um rumo em direção ao evangelho. Quando sinto essa transformação de fé em fé. Quando percebo isso como um processo. Quando posso enxergar na vida da pessoa que se diz salva, os frutos que a Bíblia diz que esses indivíduos irão produzir nessas condições: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
A decisão de crer em Cristo e obter a salvação, passa pelo sentimento de termos uma vida organizada, guiada pelas exigências de Nosso Senhor Jesus Cristo. Passa também pelas evidências de uma mudança de atitude, dos frutos que a nova vida em Cristo descrita por Paulo deve produzir. É semelhante ao time organizado do Parreira. Primeiro desenvolvem-se evidências de que o gol vai sair, e ele sai naturalmente, pela aplicação ao que foi estabelecido e determinado pelo comandante. Parreira levava tão a sério o planejamento para as partidas que disputava, que chegou quase a lamentar o gol marcado na copa de 94 por Romário no início do segundo tempo do jogo com a Suécia :"Coloquei o Mazinho em campo para aumentar a pressão no ataque. Como o gol saiu logo, minha tática ficou prejudicada". Parreira temia que aquele gol, pudesse fazer com que o comportamento do time não se adequasse mais ao que fora estabelecido para se chegar à vitória.
Na cultura cristã atual, talvez a certeza que a mão levantada dá ao indivíduo sobre sua salvação, o prejudique em desenvolver uma vida cristã plena, de acordo com a vontade de Deus para sua vida. “Seu desempenho como cristão pode ficar prejudicado pelo gol fora de hora”.
Não estou aqui querendo limitar o poder do Espírito Santo na função de convencer o homem da necessidade de arrependimento, não é minha intenção justificar a salvação pelas obras e também não quero dizer que uma pessoa não possa ser salva através de um único gesto e confissão que demonstrem a crença em Jesus Cristo.
O que tento explicar é que a salvação torna-se um detalhe, quando nossas vidas sentem a necessidade de se adequarem aos ensinamentos de Jesus Cristo sobre vivermos uma vida de “fé em fé”. É uma conseqüência natural do prazer e satisfação que sentimos em realizar as ordens e nos esforçar em andar segundo a vontade daquele em quem declaramos crer e ao qual um dia decidimos receber como Senhor e salvador de nossas vidas.
Pela opinião da cultura dominante evangélica atual, basta levantar as mãos ou preencher um cartão de decisão e você é salvo. Grande parte das igrejas pregam um evangelho fácil, ao estilo “gosto do freguês”, onde a renúncia ao “eu” proposta por Jesus tem sido deixada de lado em detrimento ás opiniões, vontades e gostos do ser humano. No futebol, Parreira sujeitou-se às críticas, contrariou o estilo brasileiro, a opinião dominante, o gosto da torcida e criou um time aplicado, consciente e vitorioso.
Que Deus nos ajude a entender como indivíduos e como igreja que nossa salvação em Cristo, ainda que obtida através de uma atitude, só acontece quando um processo é desencadeado e concluído no ser humano. Um processo que pode se desenvolver ao longo de horas, dias, meses ou até mesmo em segundos, mas que precisa acontecer e ser evidenciado pelo nosso comportamento dentro de “campo”.
"Porém vocês, meus amigos, continuem a progredir na fé, que é a fé mais sagrada que existe. Orem guiados pelo Espírito Santo. E continuem vivendo no amor de Deus, esperando que o nosso Senhor Jesus Cristo, na sua misericórdia, dê a vocês a vida eterna" (Jd 20-21)
José B. Silva Junior.
domingo, 20 de setembro de 2009
Como tratamos o nosso semelhante ?
“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. (Lucas 6.35-36)
Jesus viveu num tempo onde muitas “paredes” que separavam o povo eram erguidas. Não se tratava de paredes de pedra e barro, mas paredes que se erguiam na mente, no coração e na alma do povo e transformavam-se em verdadeiras muralhas de pensamentos, atitudes e ações. Bons israelitas eram aqueles supostamente entendidos da Lei, como os escribas e fariseus, enquanto que os que não conheciam a Lei e os renegados publicanos, por exemplo, eram considerados maus israelitas.
Foi em meio a esse ambiente hostil, de mente intensamente estreita, de práticas profundamente exclusivistas e de gente intolerante, que Jesus levou a bom termo o seu ministério! Numa atmosfera assim, a orientação de amar os inimigos certamente assombrava seus ouvintes, pois consistia num ideal quase inalcançável.
Dos versos 27 a 30 do capítulo 6 do Evangelho de Lucas estão os desafios: amar, fazer o bem, bendizer, orar, oferecer a outra face, sofrer com prejuízos materiais, dar a quem pede e não brigar pelos nossos direitos: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda.”
Em qualquer tempo, viver tais coisas é algo desafiador e foge totalmente das reações triviais que pessoas comuns teriam em face de situações exemplificadas no texto. Qual o propósito de Jesus querer que tenhamos atitudes tão contrárias à vontade humana? Ele mesmo se antecipou dizendo:“Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto.
Ou seja, Deus nos chama para amar de um MODO DIFERENTE, extraordinário, incomum, surpreendente, sobrenatural! Mais do que mudar a vida das pessoas, esse tipo de compreensão e comportamento muda a nós mesmos. Por isso, Jesus motivou os seus ouvintes com as palavras registradas no verso 31: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.”
Como você gostaria de ser tratado? Esse deve ser o parâmetro para avaliar como tratar as pessoas! Isso implica em nos colocarmos na “pele” da outra pessoa e tentar sentir como ela se sentirá pela forma como a tratamos. Aprendi cedo esse princípio: Não faça para os outros o que você não deseja que façam pra você! Nos versos 35-36, então, é feita uma revisão do que foi ensinado, mas de uma maneira que focaliza e resume o propósito. O que podemos extrair de lições desses dois versos?
1.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR O DESEJO DE SER BENÇÃO NA VIDA DE OUTROS.
Observe a recomendação de Jesus no verso 35: “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga”. Precisamos desenvolver o hábito de ajudar pelo mero prazer de ajudar. Ou seja, de saber que estamos sendo benção na vida de alguém e “não esperar nenhuma paga por isso!” Pense agora em alguém que você se lembra que poderia ser classificado como “inimigo”. Você quer ser uma benção na vida dessa pessoa? Talvez ela não faça nada que te motive a usar de bondade para com ela, mas do modo como gostaria de ser tratado, você deve e precisa tratá-la também!
2.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR A CONFIANÇA DE QUE DEUS NÃO OS DEIXA SEM RECOMPENSAS.
Ainda no verso 35, Jesus garantiu: “...será grande o vosso galardão,...” Isto é, quando você faz algo sem esperar nada em troca, Deus recompensa. Encontramos esse tipo de pensamento em orientações de Paulo aos escravos: “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.”(Efésios 6.5-8) Paulo instigava os escravos de seu tempo a pensar que se eles estivessem servindo os seus senhores, mas de fato fazendo para Deus, haveria recompensas:“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança.A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”(Colossense 3.23-24) Jesus chama a atenção para o fato de que Deus é justo e o galardão será grande. E isso toca na nossa confiança! Se tratarmos bem alguém ou até sacrificarmos por alguém e nada recebermos em troca, isto será um sinal de que confiamos em Deus, pois é Ele quem nos dará uma recompensa justa.
3.OS CRENTES PRECISAM RESTAURAR A RESPONSABILIDADE DE REFLETIR A IMAGEM DE DEUS DIANTE DE OUTROS.
Veja ainda o verso 35:“...e sereis filhos do Altíssimo.” Agora, muita atenção e cuidado para não confundir: Amar as pessoas não nos faz filhos de Deus, mas demonstra que já somos! Quando vivemos uma vida que demonstra um amor extraordinário, quando a minha e a sua conduta vai além daquilo que os pecadores fazem, amando até pessoas classificadas como inimigas revelamos a imagem de Deus, fazemos uma projeção de quem Deus é, uma vez que “ele é benigno até para com os ingratos e maus” (6.35). Se os crentes praticarem o que Jesus está pedindo, o que fazem pelos outros vai muito além dos benefícios visíveis, há um aspecto “revelatório” nas suas ações. Por isso, preste atenção: As pessoas terão outra impressão de Deus, dependendo da sua ação! Essa é a razão pela qual Jesus encerra sua fala dizendo: “Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.” (6.36)
Perceba que responsabilidade você tem. O que sua conduta diante das pessoas tem demonstrado? Mais do que corrigir outras pessoas, talvez hoje você precise retificar você mesmo!
Antonio Lazarini é pastor titular da Igreja Batista Jardim Planalto em Nova Odessa (SP); Professor da Faculdade Teológica Batista de Campinas; Bacharel em Teologia; Mestre em Ciências da Religião e autor da MK Editora, com as obras: "Filhos da Mãe" e "O Que é Deus?".
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Amas o saber ?
É para refletir durante uma semana... no mínimo...
Amas o saber? Estupendo; ame-o por Cristo. Mas se o amas para saber por saber, fique ali onde era preciso seguir adiante. Mas se amas as letras para melhor poder achar e conhecer a Cristo, oculto nos mistérios das Escrituras –e uma vez conhecido, o ama; e conhecido e amado, o dás a conhecer e te alegras disso–, então aplica-te ao estudo das letras. Mas não além do que possa contribuir para um sólido conhecimento. Vale mais saber menos e amar mais, do que saber mais e não amar. (Erasmo de Rotterdan)
Como um jardim...
Já comentei aqui, que fico com a opinião do Pr. Irland Pereira de Azevedo ao dizer que esses pacotes fechados mais parecem comprometidos com o marketing religioso de nossos dias e com a busca das necessidades e anseios das pessoas do que com a transformação de vidas pelo evangelho. Outro grande pregador também disse a respeito desse assunto um dia desses, que, se o Espírito Santo resolver não visitar mais algumas dessas igrejas, existe uma grande possibilidade de que elas continuem crescendo vertiginosamente.
Pois bem... o assunto, nesse último final de semana provocou grandes emoções em mim, e o objetivo dessa postagem é compartilhar essa emoção.
Alguns sabem que freqüento agora uma igreja com um número bem menor de membros. Sabem também do desafio que é para todos ali, levarem o trabalho adiante. Da falta de espaço físico ás vezes, de equipamentos e ferramentas para uma melhor didática no ensino da bíblia, e da grande luta que teremos pela frente no projeto de construirmos o prédio de educação religiosa. Temos consciência das lutas e também de que a Igreja é um organismo vivo e como tal, deve crescer. O que ás vezes acaba trazendo ao meu coração humano e falho, certa ansiedade.
Porém, conheço também a visão do Pastor Paulo Cesar Mussato, que está á frente do trabalho. Sei que ele pensa que uma igreja deve crescer naturalmente, como um organismo vivo que é... Sei também da convicção de sua divina chamada e de que seu modelo é a bíblia, o Novo Testamento. Seu objetivo é pastoral, é dar vida. Nas conversas que tenho com ele percebo o seu desejo de levantar pessoas e não de deixá-las cair. Sei que ele não espera resultados imediatos, e que sabe que sua missão é a de um lavrador que deve cuidar e trabalhar para que o crescimento natural da lavoura aconteça...
Domingo a igreja estava especialmente linda... como todo lavrador gostaria de ver sua plantação. Não que nos outros não estivesse, mas percebi que alguns lugares outrora vazios, dessa vez eram preenchidos por vidas buscando um relacionamento com o Criador. As pessoas estavam como sempre contentes e dispostas, muitos visitantes presentes, o clima de alegria (que só a presença de Deus proporciona) era contagiante. Fui tentado a levantar e contar as pessoas presentes, levantei, pensei bem... e não terminei a contagem. Me regozijei interiormente e cheguei até a derramar algumas lágrimas por ver tantas flores nascendo, crescendo e se desenvolvendo , por ter o privilégio de ter também um regador em minha mão... e por me sentir tão amado e querido ali.
Senhor... permita que continuemos experimentando esse crescimento e essa alegria que nos dás de forma tão natural e espontânea, e nos dê sempre forças para que prossigamos à semear e aguar... pois sabemos e confiamos que só o Senhor pode fazer crescer.
Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Apóstolo Paulo - I Coríntios 3:6
sábado, 12 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Faz sentido servir alguem melhor que eu...
Jesus ressuscitou e está vivo (...)
por isso, sou livre...inclusive de mim !! (...)
...e faz sentido servir... alguem melhor que eu (...)
Não foram os pregos que seguraram Jesus na cruz... mas o amor dele por você e por mim !
Todos os dias de manhã... quero e preciso renascer !
Mascarar as perdas ou aceitar a verdade ?
Isso aconteceu com a raposa da fábula, mas não só com ela. Quantas vezes temos atitudes como esta diante dos nossos fracassos? Aliás, chega a ser uma tendência natural de quem não consegue atingir uma meta: denegri-la para diminuir o peso do insucesso. No entanto, esta postura não resolve o problema, pelo menos para quem deseja viver em paz consigo e com seus semelhantes. Ninguém é feliz, verdadeiramente, se não vive na verdade. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8, 32).
É verdade que precisamos aprender cada vez mais a difícil arte de saber perder para mantermos a paz interior, já que constantemente, conscientes ou não, vivemos a dinâmica da conquista e da perda. Se não lidarmos pacificamente com esse processo, correremos o risco de fugirmos da realidade e mentirmos para nós mesmos, quando a saída seria admitirmos nossos limites e buscarmos a superação com humildade e reconciliados com a dinâmica da vida.
A raposa sabia que as uvas estavam maduras e apetitosas e foi injusta consigo ao afirmar que estavam verdes e que não tinha interesse nelas. E nós? Nunca agimos assim? Ao mentirmos para nós mesmos optamos por viver na ilusão, travamos um duelo entre a verdade que está diante dos nossos olhos e a mentira que escolhemos ostentar. Não podemos seguir o exemplo do animal narrado na fábula. É tempo de reconciliação com a verdade que se esconde entre as máscaras, as quais, mesmo sem perceber, muitas vezes, vamos usando para disfarçar a dor das perdas.
A vida nos ensina que nem sempre ganhamos e nem sempre perdemos, mas uma coisa sempre acontece: acrescentamos experiência à nossa existência. Os erros trazem grandes lições e os acertos também, é preciso estar atentos aos detalhes.
Quando tudo parece perdido, calma! Sempre existe uma maneira de “virar o jogo”; por meio da fé, sabemos que Deus é o principal interessado em nos ajudar. Seu maior desejo é nos ver felizes. Recorramos a Ele!
Por mais que as “uvas”, que você deseja hoje, estejam distantes do seu alcance, não se desespere nem se engane dizendo que elas estão “verdes”. Admita a perda e lute pela vitória. O tempo é nosso aliado também nessa matéria.
Quem sabe se a raposa tivesse esperado um pouco não tivesse visto as uvas caírem aos seus pés? Talvez a vida hoje esteja lhe pedindo calma... O imediatismo próprio da nossa época, muitas vezes, nos rouba a sublime arte do saber esperar o tempo certo para cada coisa. Grandes sábios da história ensinam de diversas maneiras essa mesma lição.
Esperar o tempo de Deus, reconciliado com sua verdade, pode ser o caminho seguro para a felicidade que você procura. A cada amanhecer temos uma nova chance de acertar. Recomeçar, entre perdas e ganhos, faz parte da bonita dinâmica da vida.
Coragem! Temos um novo dia, uma nova chance.
Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
José Alencar de volta à Brasília
Recebi uma mensagem de nosso vice-presidente da República que me deixou contente... Continuo torcendo por ele !
De: Vice-Presidente da República
Enviada em: segunda-feira, 31 de agosto de 2009 17:25
Para: Jose Benedito da Silva Junior
Assunto: RES.: SOLIDARIEDADE VPR
Senhor José Benedito da Silva Júnior,
De volta a Brasília, fiquei muito sensibilizado e agradecido por sua manifestação de solidariedade, demonstrando preocupação com a minha saúde. Fortalecido por esse inestimável apoio, e confiante na Bênção Divina, enfrento o tratamento com otimismo e fé.
Muitíssimo obrigado.
Vice-Presidente da República