Alguns grandes pensadores e filósofos já fizeram o que estamos nos esforçando para tentar explicar. Uma sociedade que siga o caminho da verdade , sem entretanto poder definir com segurança o que é a verdade. Sim, pois ao deixarmos a revelação de Deus a nós através do texto sagrado de lado, buscamos o sentido para vida e para as coisas da vida, baseando-nos somente em nossa capacidade mental e intelectual, o que indica um paradoxo, pois como pode algo criado, buscar respostas confiáveis sem que se busque as respostas naquele que criou o intelecto e a mente ? É interessante pensar também, que os padrões éticos, morais e até os sistemas de leis que regem a humanidade de forma geral, encontram inspiração nos textos bíblicos. Mas...vamos tentar deixar a bíblia um pouco fora de nossas considerações e tentar perceber como se busca a verdade através do pensamento extra-bíblico.
1. DEFINIÇÕES FORA DA BÍBLIA PARA: VALOR, ÉTICA E MORAL.
Aristóteles, o filósofo grego, fazia a distinção entre valor intrínseco e valor extrínseco. Para ele, esse é o fundamento que faz os seres humanos valorizarem ou desvalorizarem determinadas coisas. Diz-se que algo tem valor intrínseco quando a base para seu valor é percebido como estando em sua própria natureza, isto é, quando é valorizado por si só, em vez de por seus efeitos. Ao contrário, algo tem valor extrínseco quando a base para seu valor encontra-se em sua relação com outro valor, isto é, quando é valorizado por seus efeitos. A ética, por sua vez, tem a ver com as questões que envolvem o correto e o impróprio, bem como a determinação do bem humano. A moral envolve a prática real de viver segundo determinada crenças. A ética é a sua contraparte, na medida em que busca identificar o porquê de serem algumas práticas morais ou imorais. Mas voltando á bíblia (é difícil mesmo ficar sem ela...); a ética cristã envolve o modo como as pessoas devem viver. A fonte da ética cristã é a Bíblia Sagrada. Enquanto a fonte da ética humana está dentro de mentes limitadas que não conseguem estabelecer através de um censo comum o que é certo ou errado, moral ou imoral, , o bem ou o mal.A ética bíblica mostra como deve ser o relacionamento do ser criado, com Deus o criador, e em particular, com os outros seres humanos. O que se observa, nesses últimos tempos, quando uma sociedade deixa de lado o texto sagrado, há uma inversão dos valores éticos em seu meio. As pessoas não querem dar ouvidos ao que está revelado nas Escrituras Sagradas, substituindo tais valores por modelos mundanos e seculares (Is. 5.18-25; Cl. 2.8).
2. AS CAUSAS DO ABANDONO DA BÍBLIA: A INVERSÃO DE VALORES.
O relativismo vigente defende que não existem verdades absolutas, (como apresentado na idéia do parágrafo anterior, a limitação da criatura torna a verdade absoluta inexistente) por isso, tudo é relativo. Essa parece ser uma declaração contraditória, pois, se tudo é relativo, somos levados, então, também a concluir que “é relativo que tudo seja relativo”. Associado ao relativismo, está a visão pluralista (e humanista), que aceita, como certo, todo e qualquer posicionamento. É como se não mais existissem fronteiras entre o certo e o errado. Os meios de comunicação em massa, principalmente, a televisão, têm sido amplamente utilizados para difundir esses valores invertidos (e não valores bíblicos). A programação televisiva, na sua maior parte, encontra-se sob o controle de visões anti-bíblicas. Até mesmo os telejornais precisam ser vistos à luz da criticidade bíblica, tendo em vista que alguns manipulam as informações de acordo com os interesses humanistas, algumas vezes com vistas a denegrir a imagem daqueles que defendem a bíblia como regra de conduta. A maioria da mídia, e não vamos aqui entrar no detalhe se propositadamente ou não, objetiva desestruturar as famílias (criadas e abençoadas por Deus nas escrituras sagradas). Nas novelas e filmes, as pessoas que desempenham o seu papel, vivem como se Deus não existisse, e quando nele acreditam, não O concebem de acordo com a revelação bíblica. Como exemplo, temos o padrão bíblico moral e ético para o casamento que deve ser entre homem e mulher (Gn. 2.21-24), em amor e submissão (Ef. 5.31-33), criando os filhos no temor do Senhor (Ef. 6.1-4). Esse padrão tem sido amplamente atacado, dentro dessas representações citadas e apresentadas de forma massiva pelos meios de comunicação. Diferentemente destes, os valores de Deus são: 1) absolutos - Deus é soberano, por conseguinte, seus princípios e preceitos também os são (Rm. 11.34-36). O homem pode até rejeitá-los, mas a conseqüência será sua própria ruína (Dt. 12.28; Gl. 6.7,8); 2) imutáveis – Deus não muda (Ml. 3.6; Hb. 13.8), por isso, seus preceitos e princípios jamais mudarão, de eternidade a eternidade permanece a palavra de Deus (Sl. 119.89; Mc.13.31); e 3 ) universais – Deus é único, em toda parte, apenas Ele é Deus (Dt. 6.4; II Sm. 7.22; Is. 45.21; 46.9; I Co. 8.4), portanto, seus preceitos e princípios não estão restritos a um determinado país ou região (Mt. 28.18-20).
3. A REAÇÃO À INVERSÃO DE VALORES.
3.1 Moldando-se ao padrão estabelecido na Palavra de Deus.
Nós, os cristãos, não podemos viver como vivem os que seguem outro tipo de padrão, a não ser o bíblico, pois sabemos que o final desse caminho é a morte (Pv. 14.12). Somos chamados a andar no Espírito, não cumprindo as concupiscências da carne (Gl. 5.19,20), mas a desenvolver o fruto do Espírito, que, conforme está escrito em Gl. 5.22, é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Assim, estaremos sendo moldados ao caráter de Cristo, nosso Senhor, que nos conclama à separar nossas vidas para sua glória (Lv. 20.7; Mt. 5.48; I Ts. 4.3-7).
3.2 Estimulando vocações cristãs para uma vida em que os padrões bíblicos sejam expostos à sociedade.
Deus nos chama à santificação, não ao isolacionismo, por isso, devemos tomar parte das decisões sociais, como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13-16). José (Gn. 50.2) e Daniel (Dn.6.4,28) são dois bons exemplos bíblicos de homens que foram usados por Deus para beneficiar o seu povo e para testemunhar das grandezas de Deus na vida pública. O estímulo às vocações cristãs deve ter como propósito a defesa de uma ética cristã, para isso, faz-se necessário que as pessoas vocacionadas sejam “capazes e tementes a Deus” (Ex. 18.21) e que não busquem o poder apenas para o seu bem pessoal, mas com o propósito de servir (Lc.22.26).
3.3 Mantendo os padrões bíblicos de vida e testemunho
Nada adiantará defendermos uma coisa e vivermos por outra, esse era o grande problema dos fariseus, repreendidos por Jesus em Mt. 23. O mundo não quer apenas ouvir o que temos a dizer, mas, principalmente, como vivemos a partir do que cremos. Por isso, o apóstolo Tiago ressaltou que “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg. 2.17). Somos reconhecidos pelos nossos frutos (Mt. 7.16-20).
CONCLUSÃO
O relativismo moral e o abandono da Bíblia - Palavra de Deus, solapa o mundo pós-moderno, já que o homem, com base na cosmovisão materialista e existencialista, tende a pôr o errado em lugar do certo. A conseqüência tem sido a destruição dos valores espirituais e morais, levando a sociedade ao afastamento de Deus. Nós, os cristãos, a fim de dar o exemplo, devemos viver, não de acordo com os preceitos e princípios humanistas, mas com a vontade de Deus que é absoluta, imutável e universal (Rm. 12.1,2), Princípios estes apresentados através de uma única fonte: A Bíblia – Palavra Infalível de Deus .
José Junior
Adaptado do texto original de José Roberto A. Barbosa
Adaptado do texto original de José Roberto A. Barbosa
Menino! Você se antecipou ao convite que eu pretendia te fazer???
ResponderExcluirEsse é um tema muito pertinente!!