“O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos...” Provérbios 1:5
Final do ano de 2008; encontrava-me diante de algumas interrogações... Sabe aquela situação onde se procura um endereço, e diante de você aparecem duas, três, ou até mais opções de caminho no meio da estrada ? Pois é... Precisava seguir por um deles, e as circunstâncias do momento faziam-me buscar respostas. Numa dessas buscas recebi de uma pessoa por quem tenho grande apreço, uma “placa” me indicando um caminho, que vez por outra volto a olhar, para que ajude a me manter sempre na direção certa. A “placa”, é o texto abaixo que me foi enviado no dia 18/12/2008, e me faz pensar que o grande conselheiro nem sempre é aquele que lhe dá respostas ás questões... Mas principalmente aquele que o ajuda a achá-las.
“E agora, José?
E agora, José? faz parte da obra de Carlos Drummond de Andrade, desafiando o homem para um patamar mais elevado. Não creio ser muito convincente no papel de padre ou de pastor evangélico. Dadas a circunstâncias, porém, sou obrigado a assumi-lo, para dizer o que os convincentes não dizem. Jesus Cristo afirmou que seu sacrifício se destinava a salvar almas humanas do jogo da Lei. Se professarmos acreditar nisso, entendemos que cada ser humano pode optar entre a ordem exterior da lei e a ordem interior do amor. Se optar pela primeira, cai nas malhas da opinião dominante, isto é, do “mundo”. Se escolher a segunda, não tem outro Senhor senão Cristo, e Cristo não está em parte alguma senão no segredo interior de um coração humilde, onde um homem, conhecendo a si mesmo, conhece a seu Senhor – bem longe do que o “mundo” enxerga. Podemos ler, reter e descartar essas palavras. O que não podemos é ter dúvidas quanto ao seu sentido: não existe, acima da consciência do indivíduo, outra autoridade, outro juiz, senão o Cristo mesmo. Mas este “acima” quer dizer, na verdade, “dentro”. Deus não está acima de nós no sentido em que o capitão está acima do tenente, como já explicou Sto. Agostinho. Deus não é exterior a consciência: é o seu núcleo mais intimo e pessoal, é Aquele que, segundo Claudel, “é em mim mais eu do que eu mesmo”. Todo ser humano possui esse núcleo e, logo, está apto a distinguir o verdadeiro e o falso, o bem e o mal, o útil e o nocivo. E agora, José?”
O homem é um mistério. Deve ser desvendado, e se tal levar uma vida inteira, não diga que é um desperdicio de tempo. Eu estou preocupado com este mistério porque eu quero ser um ser humano... Fiodor Dostoievski, in 'Cartas Seleccionadas'
Final do ano de 2008; encontrava-me diante de algumas interrogações... Sabe aquela situação onde se procura um endereço, e diante de você aparecem duas, três, ou até mais opções de caminho no meio da estrada ? Pois é... Precisava seguir por um deles, e as circunstâncias do momento faziam-me buscar respostas. Numa dessas buscas recebi de uma pessoa por quem tenho grande apreço, uma “placa” me indicando um caminho, que vez por outra volto a olhar, para que ajude a me manter sempre na direção certa. A “placa”, é o texto abaixo que me foi enviado no dia 18/12/2008, e me faz pensar que o grande conselheiro nem sempre é aquele que lhe dá respostas ás questões... Mas principalmente aquele que o ajuda a achá-las.
“E agora, José?
E agora, José? faz parte da obra de Carlos Drummond de Andrade, desafiando o homem para um patamar mais elevado. Não creio ser muito convincente no papel de padre ou de pastor evangélico. Dadas a circunstâncias, porém, sou obrigado a assumi-lo, para dizer o que os convincentes não dizem. Jesus Cristo afirmou que seu sacrifício se destinava a salvar almas humanas do jogo da Lei. Se professarmos acreditar nisso, entendemos que cada ser humano pode optar entre a ordem exterior da lei e a ordem interior do amor. Se optar pela primeira, cai nas malhas da opinião dominante, isto é, do “mundo”. Se escolher a segunda, não tem outro Senhor senão Cristo, e Cristo não está em parte alguma senão no segredo interior de um coração humilde, onde um homem, conhecendo a si mesmo, conhece a seu Senhor – bem longe do que o “mundo” enxerga. Podemos ler, reter e descartar essas palavras. O que não podemos é ter dúvidas quanto ao seu sentido: não existe, acima da consciência do indivíduo, outra autoridade, outro juiz, senão o Cristo mesmo. Mas este “acima” quer dizer, na verdade, “dentro”. Deus não está acima de nós no sentido em que o capitão está acima do tenente, como já explicou Sto. Agostinho. Deus não é exterior a consciência: é o seu núcleo mais intimo e pessoal, é Aquele que, segundo Claudel, “é em mim mais eu do que eu mesmo”. Todo ser humano possui esse núcleo e, logo, está apto a distinguir o verdadeiro e o falso, o bem e o mal, o útil e o nocivo. E agora, José?”
O homem é um mistério. Deve ser desvendado, e se tal levar uma vida inteira, não diga que é um desperdicio de tempo. Eu estou preocupado com este mistério porque eu quero ser um ser humano... Fiodor Dostoievski, in 'Cartas Seleccionadas'
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