Atingidos pelos Reflexos...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Leituras - Spurgeon

CHARLES SPURGEON (1834-1892)


Conhecido como o “príncipe dos pregadores”, aos 19 anos já era pastor na Park Street Chapel, em Londres. A princípio um lugar muito amplo, para mil e duzentas pessoas, porém freqüentado por um pequeno grupo de fiéis. Em poucos meses o prédio não comportava mais a multidão e eles se mudaram para um outro auditório que comportava quatro mil e quinhentas pessoas! A Igreja então resolveu alugar o Surrey Music Hall, o prédio mais amplo, imponente e magnífico de Londres, construído para diversões públicas. O culto inaugural deu-se em 19 de outubro de 1856. Quando o culto começou, o prédio no qual cabiam 12.000 pessoas estava superlotado e havia mais 10.000 fora que não puderam entrar!



Abaixo um texto muito interessante de sua autoria....




Apascentando ovelha ou entretendo bode


Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua imprudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar à Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse "e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho". Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.

Em outra passagem encontramos: "E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres"(Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?

Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus

apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? "Vós sois o sal da terra" (Mt.5:13), não o doce açúcar – algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi à expressão: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos"(Mt.8:22). Que seriedade impressionante!

Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: "Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!". Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los.

Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!" Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma. Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: "Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos". Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles "viraram o mundo de cabeça para baixo". Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.

Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permitam que os negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falem e testifiquem! Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o bêbado para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de promover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.

O que os pastores precisam hoje é crer no conhecimento aliado à espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.
Charles Hudson Spurgeon

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sociosofia


Tive duas excelentes aulas essa semana na faculdade que fizeram com que pudesse refletir um pouco sobre a complexidade da vida e dos problemas que por vezes nos cercam.

Numa bem exposta aula de sociologia pela competente professora Maria José Duarte Osis, estudamos sobre as instituições sociais e seu papel de formação e integração social do indivíduo, sendo destacadas as três principais: Família, Escola e Instituições Religiosas. Discutimos sobre a adaptação do sistema educacional ás necessidades sociais ao longo da história, e de como algumas lideranças políticas e sociais indicam uma reforma na educação como fator preponderante à esperança de corrigir os problemas existentes, principalmente no que se refere aos desvios de comportamento moral na sociedade como um todo. Abriu-se espaço também à discussão sobre o lugar e importância da família e da Igreja nesse contexto.

Outra aula, da qual pudemos extrair importantes pensamentos e conceitos, foi a de filosofia, do nosso amigo professor Pita. Baseados na leitura de Urbans Zilles sobre Freud e sua linha psicanalítica de que a sexualidade molda determinados comportamentos e que isso ocorre desde a infância. E tentando explicar aqui de uma forma simplificada, a aula foi direcionada a um questionamento sobre a consideração ou não dessa linha de pensamento que parte de um ateísta, dentro de nossos valores teístas. Expuseram-se alguns casos reais de traumas infantis, refletidos de forma evidente na vida adulta e debateu-se sobre como poderíamos entender e tratarmos desses casos.

Cheguei à algumas humildes conclusões após assistir essas duas aulas. A família é sem dúvida , a principal e mais importante instituição social quando pensamos na formação e integração do indivíduo dentro dos mais diversos grupos. A própria antropologia reconhece que não pode existir uma sociedade sem a presença da figura paterna e baseando-se em informações científicas na área psicológica, verificamos a necessidade primordial do grupo familiar na composição de uma estrutura saudável de educação do indivíduo. Estudos demonstram que os dois primeiros anos de vida são cruciais neste processo. É neste período que a criança deverá receber o afeto, o carinho e amor através de contato físico e verbal de seus pais e principalmente da mãe. Quando isso não acontece, alterações de comportamento como, rebeldia, depressão e desajustes sociais serão percebidos a partir da adolescência. Tenho pessoas muito próximas que sofrem por terem passado por essa situação. E antes de dizer que Deus é aquele que pode curar todas as nossas enfermidades, devemos nos lembrar que aquele que educa o menino no caminho em que ele deve andar, verá que até quando esse menino envelhecer, não serão notados desvios da conduta que o próprio Deus estabeleceu para sua vida, será alguém ajustado social, mental e espiritualmente. E educação aqui , penso que implica também em todos os conceitos descobertos pela psicologia quanto ao acompanhamento e cuidado dos pais desde a infância. Infância essa, tratada por Freud, como fase responsável por todos os traumas e dificuldades percebidos na vida adulta.

Não haverá sociedade ajustada sem uma família estruturada e enquanto delegarmos á terceiros a missão de educar nossos filhos. Não há escola que possa formar o indivíduo que não foi instruído devidamente desde menino, e que não teve uma base de carinho e afeto no ambiente familiar. Não há igreja que possa restaurar vidas pregando a cura, antes de se preocupar em estabelecer o amor de Jesus dentro das famílias, para que pais tenham condições de dar esse amor e instrução aos seus filhos.


“Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito nos aproxima.” Louis Pasteur

Um ótimo fim de semana á todos

José B. Silva Junior

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Paradigma Tecnocrático


O crescimento da Igreja sob o paradigma tecnocrático


Acompanhando as leituras desse semestre na faculdade, sobre o assunto "desenvolvimento da igreja", um dos capítulos do livro indicado como tema para a semana de estudo temático, sugeriu-nos o texto a seguir:

Afinal, qual a essência do paradigma tecnocrático ? Em resumo, podemos entender que para os tecnocratas a igreja é constituida de um modelo constitucional, ou seja, onde se crê que todo o crescimento é produzido automaticamente pelo trabalho na área institucional da igreja. Uma forma de pensamento monista que torna a pessoa convicta de que com um ótimo programa de crescimento, torna-se inevitável alcançar os objetivos, não levando-se em conta os fatores naturais de crescimento do organismo Igreja.

Esse pensamento pode produzir, a níveis extremos, convicções como do tipo: "Celebre o culto de acordo com uma liturgia bem definida e o Espírito Santo vai cair sobre a igreja automaticamente". Ou: "Aceite um conjunto definido de doutrinas e você é "automaticamente" cristão." Ou ainda: "se você é indicado líder , você está automaticamente capacitado para o ministério" e também: "implante esse programa de crescimento e sua igreja irá crescer e se desenvolver automaticamente". Representantes dessa forma de pensamento vivem na ilusão de que o que é feito no campo institucional garante automaticamente o crescimento de todas as áreas da igreja.

A fé incondicional nesse mecanismo automático cega o tecnocrata. Visitar um culto ou experimentar a ação real do Espirito Santo, aceitar um conjunto de doutrinas ou ter um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, participar de um rito de ordenação para o ministério ou receber os dons espirituais, implantar um pacote de métodos para o crescimento da igreja ou experimentar crescimento real da igreja, são aspectos entre os quais o tecnocrata não enxerga diferença.

Isso tudo não tem nada a ver com processos automáticos naturais do desenvolvimento da igreja . O que os tecnocratas imaginam apontam muito mais para uma máquina onde prevalecem os princípios de causa e efeito. Essa estratégia, no que se refere aos seus princípios básicos, está próxima da magia.
A força-motriz psicológica do paradigma tecnocrático é a bem difundida mentalidade da auto-suficiência, tão propagada hoje também no cristianismo. Ao invés de depositar a confiança só sobre a pessoa de Jesus, busca-se garantias exteriores.

O pensamento monista-tecnocrático, me parece ser o modelo mais difundido no cristianismo ocidental. E é o grande perigo da igreja no mais tardar, a partir da segunda geração de crentes. Suas intenções são boas e respeitáveis na maioria dos casos. Só que isso não muda o fato de que esse é um paradigma extremamente perigoso para o desenvolvimento do organismo igreja.


Nota: Trechos desse texto contido no livro : O Desenvolvimento Natural da Igreja - Christian A. Schwarz - Editora Evangélica Esperança .

Hoje é dia dele !

A população mundial chegará aos sete bilhões em 2012, segundo a última projeção do Escritório do Censo americano, que analisa diferentes fatores que afetam o crescimento demográfico em 226 países. Assim, em 13 anos a população mundial passará a ter um bilhão de habitantes a mais. Atualmente há 6,7 bilhões de pessoas no mundo.


6.700.000.000...esse é o número . Não é incrível, que nenhuma dessas pessoas sejam iguais ? Isso mesmo, até mesmo gêmeos são diferentes uns dos outros. Então, se você tinha a esperança de achar uma cópia sua qualquer dia desses pela rua, esqueça. Somos únicos.

Mas no meio desses 6,7 bilhões, existe uma pessoa, cuja aparência física com certeza é a que mais perto chega de mim . Alguém com quem cresci e passei grande parte de minha vida . Que no início de minha adolescência, me ensinou a gostar dos Beatles, que me influenciou a tentar aprender a tocar violão e a iniciar um curso de bateria (ambos sem sucesso), alguém para quem eu olhava e imitava o jeito de falar, andar e vestir. (tanto , que não foram poucas ás vezes que nos desentendemos por eu pegar suas roupas para usar). Pessoa na qual, me inspirava e ainda me inspiro pela inteligência que possui e pela competência em tudo que faz.

Silvio, não sei se todos os irmãos sentem a mesma coisa. Mas eu sinto uma enorme satisfação quando dizem que sou parecido com você.

E nesse dia 21/10...que é seu dia, quero te dar os parabéns por mais um ano de vida. Te desejar muita saúde e alegria nos muitos anos que ainda devemos passar juntos, pedir as bençãos de Deus sobre você e a Rose e mais uma vez te agradecer por tudo que tem feito por mim.
Feliz Aniversário !
Mano Junior.
"Pois Tu criaste todas as partes internas do meu corpo; tu uniste todas essas partes para formar o meu corpo, enquanto eu ainda estava no ventre de minha mãe. Eu te agradeço por me teres criado de maneira tão perfeita e maravilhosa! O teu trabalho é um verdadeiro milagre e na minha alma sei disso muito bem. Tu conhecias perfeitamente cada parte do meu corpo enquanto eu ainda estava sendo formado no ventre de minha mãe, como a semente que cresce debaixo da terra. Antes mesmo de o meu corpo tomar forma humana tu já havias planejado todos os dias da minha vida; cada um deles estava registrado no teu livro! Senhor, como são importantes para mim os teus pensamentos sobre a vida!" (Salmo 139:13-15 – A Bíblia Viva).

sábado, 11 de outubro de 2008

Carta


Estou publicando hoje aqui, uma carta que recebi mês passado de meu professor de filosofia, Pita, comentando sobre um dos textos que publiquei aqui no blog (O Fato, Deus!), e que foi apresentado como trabalho em sua disciplina. Aproveito para agradecê-lo mais uma vez pelas palavras e pela contribuição que tem dado para essa nossa busca pelo saber.



Bom dia José Junior!

Leio quase todos os artigos que me enviam, e tenho percebido um grande crescimento nos conteúdos por você escrito, pensado e refletido, fruto desse existir do pensamento. A filosofia surgiu como um esforço de interiorização do conhecimento, uma ascece do espírito que, ao buscar a unidade do saber, buscava nela a sua própria unidade e,nesta a unidade de saber, ser e agir. Você tem demonstrado essas qualidades e o encorajo a continuar buscando esse crescimento filosófico. Saiba que em todo o período grego, a interrogação sobre a alma, o bem e a conduta na vida não era um domínio separado das investigações físicas e ontológicas, mas formava com elas, na pessoa do filosofo, a síntese de conhecimento e vida. As escolas de filosofia não eram apenas centros de ensino e investigação científicos, mas escolas de sabedoria e , até certo ponto, sociedade iniciáticas. Não procurava apenas transmitir a seus membros um certo conhecimento, mas educá-los numa certa maneira de viver que, para a consciência filosófica, era a maneira certa de viver.
O assombro, dizia Aristóteles, é a mãe do desejo de compreender. Não se referia é claro, ao assombro meramente emotivo, epidérmico, comum ao homem e ao animal, que encontra alivio rápido em gritos e trejeitos. Referia-se aquele assombro mais duradouro e profundo, especificamente humano, que em vez de se exteriorizar se interioriza e em vez alivio busca a verdade, mesmo sabendo que troca o fácil pelo difícil. Assim, precisamos ver o “mito da Caverna” como uma realidade para a nossa vida e ministério. Precisamos beber em outras fontes para conhecer o pano de fundo histórico em que o Saramago bebeu (ou percorreu), e assim, entender as idéias que moldaram seu pensamento ou mesmo, influenciou.
Nas décadas de 40 a60, eram comuns os debates sobre “Para que serve a literatura?”. Em geral respondia-se que servia para “criar um mundo melhor”, o que significava, descontados os eufemismos, estender sobre todo o planeta o domínio soviético. Hoje o tema esta fora de moda: sem discussões, dá-se por pressuposto que a literatura serve para o sustento dos que a praticam e que não seria licito esperar dela nada mais, exceto, naturalmente, o lucro dos que a comercializam. Assim, alguns escritores (entre eles, Saramago) vivem um certa ressaca ideológica, o descaramento autocomplacente com que, de outro lado, mostra que, nos dias que correm, as alegações ideológicas de parte a parte não passam em geral de um verniz destinado a encobrir uma mesma mentira fundamental. Crenças análogas vigoram para a musica, as artes plásticas, etc.
Foi assim que os antigos apóstolos da literatura revolucionária se transfiguraram em apologistas da literatura comercial. A literatura tornou-se “uma profissão como qualquer outra”- expressão que se aplica por igual, e com idêntica tranqüilidade, ao sacerdócio e á prostituição. Veja: se a comunidade dos ouvintes de Pixinguinha acumula maior poder dos que a dos amantes de Bach, Pixinguinha torna-se automaticamente superior a Bach. A estratégia de Saramago determina que os intelectuais procurem ocupar espaços nos meios de comunicação, no sistema educacional, de onde podem facilmente impor sua crenças mediante a repetição generalizada de frases feitas, que, acabam por se impor como se fosse um consenso natural e espontâneo. A medida mesma deixava de ser mera abstinência de juízos de valor para se tornar apologia do inferior e repressão explicita a toda pretensão de superioridade diante da qual toda a argumentação é um protesto da alma solitária que se volta, a um tempo, contra tudo que fala, age, adora, busca a Deus. Esta união de todas as forças contra a cultura superior é talvez o fenômeno mais significativo e mais alarmante da nossa época. Nesse novo quadro, as exigências mínimas de coerência, inteligibilidade, sinceridade e honradez cedem lugar aos arranjos oportunistas mais grosseiros e estapafúrdios, que se tornam não apenas crença publica, mas dogma “cientifico” dos intelectuais das massas. Assim, décadas e décadas de cultura anti-Deus, em filmes, livros, e novelas que celebram a maldade como estilo de vida (você já parou pra perceber que felicidade nas novelas não da ibope?) como referencia moral para a sociedade, induzindo-os a fortalecer suas defesas corporativas contra todos nós.

Parabéns, motivação e sucesso!!!!






Pita

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Roubando carga


Hoje pela manhã, ao tentar dar partida no carro, não obtive nenhuma resposta ao girar a chave na ignição. Nenhuma luz se acendeu, nenhum sinal de partida do motor. Apesar de estar com uma bateria nova, não via nenhuma esperança de que conseguiria fazer com que o motor do carro funcionasse.

Precisei ligar para o mecânico, ele trouxe uma bateria, e com cabos ligados àquela que não funcionava, fez com que a partida fosse dada. Ao dar o diagnóstico, lá na oficina, ele me disse que provavelmente algo estava “roubando carga”da bateria, sugeriu então fazer uns testes para localizar qual seria o “ladrão” da carga.

Talvez nossas vidas em algum momento passem por situação semelhante. Onde não vemos o menor sinal de que as coisas vão dar certo. Você percebe que tem muita energia dentro de você, investe seu tempo e esforços em fazer com que tudo dê certo, mas ao parar para refletir, começa a pensar que não está conseguindo sair do lugar. Talvez nossas preocupações, ansiedades e problemas do dia-a-dia sejam os fatores que estejam nos “roubando a carga”. Entregar tudo isso que esteja nos tirando as forças, àquele que pode resolver tudo da melhor maneira é sempre o melhor caminho. Há um texto bíblico que nos ensina algo sobre isso:

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças;e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.

Por outro lado, ao ver o mecânico ligar aqueles cabos entre as baterias , fiquei pensando que ás vezes preciso desse mesmo recurso em minha vida. Quando não consigo sair do lugar por meus próprios esforços, vou precisar de alguém que compartilhe suas forças comigo. A simbiose acontece na natureza, e pode ser definida como uma relação mutuamente vantajosa, na qual dois ou mais organismos diferentes são beneficiados por esta associação. Aquele que tem energia de sobra empresta ao que tem de menos, e assim os dois são beneficiados, o que tem muita, não acumula energia inútil ,e o que não tem nenhuma recebe alguma e consegue renovar as suas.

Esta semana tive essa experiência duas vezes. Ouvi palavras na faculdade, de uma pessoa muito simpática que me procurou para conversar e com a qual tenho pouquíssimo contato, mas que serviram para me lembrar que todos nós podemos ser usados por Deus. E de uma outra pessoa a quem amo muito e da qual recebi uma importante ajuda financeira, que está fazendo com que eu possa renovar minhas forças. Agradeço à Deus, criador da simbiose, que coloca em nossas vidas pessoas que são como aquela bateria que fez com que meu carro funcionasse hoje.


"Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a Lei de Cristo". Gálatas 6:2

José B. Silva Junior

domingo, 5 de outubro de 2008

Eleições



Hoje é dia de eleição. Já cumpri com minha obrigação de cidadão e eleitor do município de Paulinia, votando logo de manhã para vereador e prefeito. Quero ver meus candidatos no poder e espero que assim como eu, eles também cumpram suas obrigações caso forem eleitos.

Fiquei pensando hoje então no significado da palavra "eleger". Do latim eligere , que significa : "escolher, preferir entre dois ou mais". Embora seja importante elegermos os candidatos que vão nos representar nos poderes legislativos e executivos de nossas cidades, há uma eleição que vai tratar de um aspecto muito mais importante de nossas vidas.
Passamos todo tempo elegendo aquilo que deva ser prioridade para nós. Em determinada época de nossas vidas priorizamos o estudar,em outra o namorar, o escolher uma profissão, o constituir familia, o cuidar dos filhos, da aposentadoria . Quando não priorizamos, ou não elegemos como principal algo que devia ser importante em determinada época de nossas vidas, sem dúvida, em algum momento, pagaremos o preço. Podemos deduzir então desse raciocínio que eleger prioridades pode fazer toda a diferença em nosso dia-a-dia e em nossa vida futura.

O apóstolo Pedro em sua primeira carta, abre seu discurso dirigindo suas palavras aos "eleitos de Deus", e desenvolvendo seu pensamento vai explicar aos que estavam seguindo os ensinos de Jesus na Galácia e na Ásia, o que significava essa eleição:

"Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus, não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam." I Pedro 2:9-10.
Essa é a eleição que faz a diferença. Ser eleito para ser chamado de povo exclusivo de Deus. Sair de uma situação de escuridão total (e assim a bíblia diz que está todo aquele que sem Cristo), para entrar naquilo que a bíblia chama de maravilhosa luz, saber que sem essa eleição, não podemos sequer sermos chamados de povo e também não contamos com as misericórdias de Deus. Porém, a partir do momento em que somos eleitos por Deus,através do reconhecimento do sacrfício de Jesus em nosso lugar, recebemos a grande misericórdia de Deus em nossas vidas e passamos a ser chamados de povo Seu. Não vamos ocupar uma cadeira na câmara, nem ser a autoridade máxima de uma cidade, mas vamos sem dúvida ter a melhor eleição de nossas vidas.

É uma questão de preferencia entre dois ou mais caminhos, assim como preferimos um entre mais de dois candidatos. A diferença é que dessa eleição, teremos, diferentemente das consequencias temporais da escolha desse ou daquele vereador ou prefeito, consequencias eternas.

Uma boa eleição á todos.

"Portanto...empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão, e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2ª Pedro 2:10-11

José B. Silva Junior
















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