Dia desses assistindo á um programa de televisão vi a seguinte cena: Duas pessoas conversavam num ambiente, quando de repente chega uma terceira. Das duas que conversavam uma vira para outra e diz: “Você pode nos deixar a sós? Temos um assunto particular para resolver”.
Fiquei pensando que apesar da cena ser comum em novelas, isso nunca aconteceu comigo na vida real. Alías, acho que me sentiria muito constrangido, seja de que lado estivesse. Quando desejo falar a sós com alguém, procuro a oportunidade certa para isso... sem que tenha que provocar esse constrangimento a ninguém. Afinal, não estou num estúdio de televisão, onde precise mostrar ao telespectador que aquela conversa é particular e que a outra pessoa não pode ouví-la. Sem levar em conta que geralmente, quando vemos esse tipo de situação ocorrer na telinha, é quase sempre no sentido de interesses escusos, visando o benefício de uns e conseqüente prejuízo de outros.
Os discípulos de Jesus certa ocasião, também decidiram que tinham um assunto particular para tratar entre eles. Sabe como é... coisas do dia-a-dia, que precisavam ser resolvidas...Afinal, pertenciam a um grupo seleto, precisavam planejar estratégias, definir posições, proteger a autoridade e poder que eles imaginavam que possuíam. Para isso decidiram que precisavam ficar a sós, e de certa maneira, “excluíram” Jesus dessa reunião.
Quando finalmente a discussão acabou e chegaram ao local onde Jesus estava, após terem debatido exaustivamente sobre os “importantes” assuntos em pauta, Jesus pergunta:
“O que vocês estavam discutindo no caminho ? Ao que eles guardaram silêncio, porque no caminho haviam discutido quem era o maior.” Marcos 9:33,34
Acho que assim como os discípulos nos dias de Jesus, não entendemos muito bem a essência do evangelho que Ele nos ensinou. Ás vezes, penso que as próprias igrejas tem se fechado a sós em seus templos e discutido muito sobre a importância de serem maiores, sobre a necessidade de obter poder, sobre as regras e rituais que devem ser cumpridos visando a manutenção do sistema. Líderes se preocupam mais com os planos e táticas para manutenção de seus cargos, do que com o ensino do verdadeiro evangelho de Cristo. (O que de certa maneira, se assemelha muito com as práticas dos fariseus do NT) .
Acho também... que não entendemos muito bem que o evangelho ensinado e demonstrado através da vida de Jesus, implica em sermos servos..., em perdermos..., em sermos menores. E tenho convicção de que diferentemente do que a “igreja moderna” ensina, não precisamos “ser cabeça e não cauda”, não precisamos ter os “melhores carros e as melhores casas porque somos filhos do Rei”, não precisamos desejar sermos “os maiores em número”, para viver e mostrar aos outros o verdadeiro evangelho. Precisamos entender que é perdendo que se ganha. Compreender que quando somos menores... aí é que somos maiores.
Li num fórum de debates de um site evangélico, um artigo de um pastor que questionava o secularismo no ensino eclesiástico. Segundo ele, não seria necessário promover dentro de eventos evangélicos, palestras ministradas por profissionais não ligados à igreja. Uma senhora que se apresentava como “pastora” e que debatia sobre o assunto, fez o seguinte comentário a respeito:
“Estamos no século XXI ! Você não consulta médicos, advogados, engenheiros, fora da igreja ? Porque não podemos usar tais profissionais para crescermos e administramos melhor nossas igrejas ? Ou você prefere ser pastor de uma igreja de no máximo 100 membros, acanhada e tacanha por toda sua vida?”
Depois de mais alguns comentários, outro leitor, usando de sabedoria, fez uma única pergunta:
“Pessoal, alguém poderia me dizer qual é o problema das igrejas com menos de 100 membros?”
Aquela mulher não respondeu a questão, guardou silêncio, pois no caminho, havia discutido quem seria o maior.
Esse talvez seja nosso grande problema nesse mundo pós-moderno. Fazemos muitas reuniões a sós, resolvemos muitos assuntos de âmbito “particular”. Não queremos ser “acanhados e tacanhos” ! Como já disse, a mensagem neo-testamentária é clara em indicar que devemos voltar nossas preocupações em viver o evangelho de Cristo, que prega o amor ao próximo e o perder nossa vida para poder achá-la.
Que Deus me ajude, a aceitar perder, seja o que for, para viver segundo os princípios genuinamente cristãos.
Assentando-se, Jesus chamou os doze e disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos”. Marcos 9:35
José B. Silva Junior
Fiquei pensando que apesar da cena ser comum em novelas, isso nunca aconteceu comigo na vida real. Alías, acho que me sentiria muito constrangido, seja de que lado estivesse. Quando desejo falar a sós com alguém, procuro a oportunidade certa para isso... sem que tenha que provocar esse constrangimento a ninguém. Afinal, não estou num estúdio de televisão, onde precise mostrar ao telespectador que aquela conversa é particular e que a outra pessoa não pode ouví-la. Sem levar em conta que geralmente, quando vemos esse tipo de situação ocorrer na telinha, é quase sempre no sentido de interesses escusos, visando o benefício de uns e conseqüente prejuízo de outros.
Os discípulos de Jesus certa ocasião, também decidiram que tinham um assunto particular para tratar entre eles. Sabe como é... coisas do dia-a-dia, que precisavam ser resolvidas...Afinal, pertenciam a um grupo seleto, precisavam planejar estratégias, definir posições, proteger a autoridade e poder que eles imaginavam que possuíam. Para isso decidiram que precisavam ficar a sós, e de certa maneira, “excluíram” Jesus dessa reunião.
Quando finalmente a discussão acabou e chegaram ao local onde Jesus estava, após terem debatido exaustivamente sobre os “importantes” assuntos em pauta, Jesus pergunta:
“O que vocês estavam discutindo no caminho ? Ao que eles guardaram silêncio, porque no caminho haviam discutido quem era o maior.” Marcos 9:33,34
Acho que assim como os discípulos nos dias de Jesus, não entendemos muito bem a essência do evangelho que Ele nos ensinou. Ás vezes, penso que as próprias igrejas tem se fechado a sós em seus templos e discutido muito sobre a importância de serem maiores, sobre a necessidade de obter poder, sobre as regras e rituais que devem ser cumpridos visando a manutenção do sistema. Líderes se preocupam mais com os planos e táticas para manutenção de seus cargos, do que com o ensino do verdadeiro evangelho de Cristo. (O que de certa maneira, se assemelha muito com as práticas dos fariseus do NT) .
Acho também... que não entendemos muito bem que o evangelho ensinado e demonstrado através da vida de Jesus, implica em sermos servos..., em perdermos..., em sermos menores. E tenho convicção de que diferentemente do que a “igreja moderna” ensina, não precisamos “ser cabeça e não cauda”, não precisamos ter os “melhores carros e as melhores casas porque somos filhos do Rei”, não precisamos desejar sermos “os maiores em número”, para viver e mostrar aos outros o verdadeiro evangelho. Precisamos entender que é perdendo que se ganha. Compreender que quando somos menores... aí é que somos maiores.
Li num fórum de debates de um site evangélico, um artigo de um pastor que questionava o secularismo no ensino eclesiástico. Segundo ele, não seria necessário promover dentro de eventos evangélicos, palestras ministradas por profissionais não ligados à igreja. Uma senhora que se apresentava como “pastora” e que debatia sobre o assunto, fez o seguinte comentário a respeito:
“Estamos no século XXI ! Você não consulta médicos, advogados, engenheiros, fora da igreja ? Porque não podemos usar tais profissionais para crescermos e administramos melhor nossas igrejas ? Ou você prefere ser pastor de uma igreja de no máximo 100 membros, acanhada e tacanha por toda sua vida?”
Depois de mais alguns comentários, outro leitor, usando de sabedoria, fez uma única pergunta:
“Pessoal, alguém poderia me dizer qual é o problema das igrejas com menos de 100 membros?”
Aquela mulher não respondeu a questão, guardou silêncio, pois no caminho, havia discutido quem seria o maior.
Esse talvez seja nosso grande problema nesse mundo pós-moderno. Fazemos muitas reuniões a sós, resolvemos muitos assuntos de âmbito “particular”. Não queremos ser “acanhados e tacanhos” ! Como já disse, a mensagem neo-testamentária é clara em indicar que devemos voltar nossas preocupações em viver o evangelho de Cristo, que prega o amor ao próximo e o perder nossa vida para poder achá-la.
Que Deus me ajude, a aceitar perder, seja o que for, para viver segundo os princípios genuinamente cristãos.
Assentando-se, Jesus chamou os doze e disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos”. Marcos 9:35
José B. Silva Junior
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