Atingidos pelos Reflexos...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Férias da Faculdade... ? que nada !


Recebi do amigo de faculdade Tiago Di Mônaco (mas que é aqui "Di Campinas"mesmo.rs) o trabalho abaixo que fala sobre a história dos Batistas e seus princípios. Estive ausente das aulas na faculdade esse semestre, mas tenho recebido alguns dos conteúdos das matérias pelo e-mail. Nas próximas semanas estarei postando outros estudos interessantes que me foram enviados. Valeu Tiago e parabéns pelo trabalho !!

Disciplina: História dos Batistas
Professor: Paulo Vicente Ferreira das Neves

Aluno: Tiago Di Mônaco

A teologia dos princípios batistas no Brasil.


Iniciamos nosso estudo dos princípios batistas, pelo que resume o Pr. Irland Pereira de Azevedo oferecido a PIBRJ em 18/10/2006.

Os princípios batistas são linhas mestras de interpretação de fé cristã que distinguem os batistas das demais denominações, em John LANDERS, Teologia dos Princípios batistas, 2.a . Ed. Rio de Janeiro, Juerp da Convenção Batista Brasileira está constituído por cinco princípios:


1- A Autoridade
2- O individuo

3- A vida Cristã
4- A igreja
5- A tarefa Continua


O primeiro contínuo dos crentes batistas advem da autoridade que percebemos e respeitamos na autoridade de Jesus Cristo, o Senhor e salvador do mundo; na Palavra de Deus, a única regra de fé e conduta; no Espírito Santo, como executor da vontade de Deus Pai e de Deus Filho, junto aos crentes e sua igreja. Jesus Cristo como Senhor é fonte suprema de autoridade e de toda esfera da vida está sujeita a sua soberania que emana de sua eterna divindade e unigênito Filho de Deus Supremo, de sua redenção vicária e sua vitoriosa ressurreição. No primeiro estudo desta série abordaremos os pontos pelos quais a Bíblia impõe sua autoridade.
Resumindo, afirmamos que a Bíblia é a Palavra de Deus. A Bíblia como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo é a nossa regra de fé e prática. O Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na experiência humana. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do reino, e santifica e preserva os remidos, para o louvor de Cristo. O Espírito Santo é o próprio Deus revelando sua pessoa e vontade aos homens. Ele portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.

O segundo princípio dos crentes batistas reúne-se no valor, competência e liberdade que possui cada indivíduo. O valor do individuo foi estabelecido por ter sido criado por Deus racional e moralmente responsável a sua imagem e semelhança, Jô 3.16. Criado a imagem de Deus, o indivíduo é competente e responsável por suas decisões e ações. Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas suas próprias decisões e questões morais religiosas. Os batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.

O terceiro princípio é o da vida cristã. Esta se inicia a partir da salvação pela graça. A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendição a soberania divina. Ef 2.8-9. Prossegue através do discipulado, que é o aprendizado e prática, dos ensinos de Cristo. Jesus abriu o caminho para os céus. Jô 14.6; Mt 27.51. Cada cristão tem acesso direto a Deus, através de Jesus Cristo, é o seu próprio sacerdote, e tem a obrigação de servir em benefício de outras pessoas para que também achem o caminho Jesus. O lar é básico na vida cristã e no propósito de Deus, para o bem estar da humanidade, e o desenvolvimento da família deve ser de interesse para todos os cristãos.


O quarto princípio é a igreja. Entendemos que a igreja, no sentido local é a companhia fraterna de crentes batizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e serviço. È composta de membros regenerados, que voluntariamente aceitam o batismo e se entregam ao discipulado. São suas ordenanças o batismo e a ceia. O batismo simboliza a morte do crente para o pecado e o seu nascimento para uma nova vida. A ceia relembra a morte e ressurreição de Jesus e a promessa de sua volta. A democracia é a forma do governo escolhido pelas igrejas batistas. A igreja é um corpo autônomo. O princípio governante para uma igreja local é a soberania de Jesus Cristo orientada pelo Espírito Santo. Na relação igreja e estado consideramos suas responsabilidades e que ambos foram constituídos por Deus e devem permanecer distintos, mas tem a obrigação do reconhecimento e reforço mútuos, no propósito de cumprir-se à função divina. Na relação igreja e o mundo ela tem uma missão para com o mundo, mas seu caráter e seu ministério são espirituais.

O Quinto e último princípio é a permanente tarefa dos batistas. Esta tarefa é centrada no trabalho de nossas igrejas através das pessoas. O culto é a expressão mais aparente deste princípio e envolve uma experiência de comunhão com o Deus vivo e santo. Exige uma apreciação maior sobre a reverência e a ordem, confissão e humildade,a consciência da santidade, majestade, graça e propósito de Deus. Compõe também a tarefa dos batistas, o ministério cristão, a evangelização, missões, mordomia, o ensino e o treinamento, educação cristã, e a autocrítica que deixamos de detalhar por falta de espaço.
Já o próprio Jonh Lander, no mesmo livro “Teologia dos princípios Batistas” nos relata na página 15 sobre A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS: “Não só os batistas aceitam a Bíblia como sua regra de fé e prática.

Outros grupos evangélicos, com evidente sinceridade, fazem o mesmo. Mas estudam a Bíblia e chegam a conclusões diferentes. Por quê? Este fato se explica, pelo menos em parte, pelos diversos pontos de vista sobre a natureza das Escrituras e dos diversos princípios de interpretação bíblica.

Por esta razão, é necessário estudar a autoridade das Escrituras à luz da natureza da própria Bíblia.”
Para mim só vale o que está em 2 Tm 16, “ Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” Até hoje, vejo com minha pequeníssima experiência na palavra, que as diferenças graves de interpretação interdenominacionais ocorrem pela falta de aprofundamento de certas denominações no estudo das Escrituras. Exemplo: o falar em línguas, dom que Paulo condena ser falado sem haver quem o traduza é sistematicamente utilizado para enaltecer o pregador como o crente mais espiritualizado, estando num degrau acima dos demais, e quando perguntaram a Cristo quem era o maior no seu reino, Ele disse que seria o que mais servisse aos outros. Vemos diversas linhas teológicas conflitantes mas ambas com amparo bíblico, tais como linha Arminianista e Calvinista, mas para mim elas se explicam e ambas estão corretas dependendo do referencial que se toma, do ponto de vista de Deus (oniciente) o Calvinismo está correto, mas pela visão humana, limitada e imperfeita o Arminianismo não está errado.

A diferença de interpretação de fé e obras, por Tiago e Paulo são também de diferença de referencial, Paulo se refere ao ato de conversão do crente e Tiago de santificação do mesmo.
Landers, faz um comentário interessante, que segundo “Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, a Bíblia é o registro da revelação que Deus fez de si mesmo ao homem” , ou seja a revelação antecedeu as escrituras, enquanto Pedro pregava em Pentecostes não havia sido escrita uma linha dos quatro evangelhos, no entanto converteram-se 3000 pessoas.

Ao abordar a inspiração divina de acordo com diversas teorias; teoria do ditado mecânico, onde o autor translada a mensagem do céu; teoria da inspiração verbal indica que a inspiração chegou a influenciar a escolha de palavras, mas modifica a idéia do ditado; teoria da inspiração dinâmica, Deus ajudou os autores a escreverem, mas os autores tinham liberdade de estilos, escrevendo de acordo com sua própria realidade; Landers e os teólogos tentam colocar a maneira de Deus agir, de acordo com uma única forma, para fazer Deus caber dentro de uma teoria humana, para quem entende de matemática, seria colocar o mover de Deus como uma constante numa equação, sendo que Deus não cabe nem como variável, pelo seu poder sobrenatural.
Da mesma maneira Landres trata da inerrância da Bíblia, comparando o Sermão da Montanha de Mateus com o de Lucas, dizendo que os autores parafrasearam a mensagem; na minha opinião, cada autor tinha um público alvo diferente, mais uma vez os “teólogos” ao invés de buscarem a profundidade da Palavra e olhando o texto dentro de uma multiformidade evolutiva do mover de Deus, tentam fazer Deus caber dentro de seus parâmetros, ao invés de alargá-los à riqueza das Escrituras.

È com profunda tristeza que vejo o esforço das igrejas em buscarem uma identidade própria, quando deveriam buscar a melhor maneira da aplicação dos princípios fundamentais ( o grande mandamento) descritos por Jesus, pois se Ele é o cabeça da nossa igreja deve ser seguido; deveríamos estar preocupados com a fome, as doenças, a miséria, a educação, nos solidarizando com os pobres e oprimidos, ao invés de questões sem relevância prática, ou melhor, nos assuntos pertinentes a sabedoria dos sábios, conforme 1 Co 1.18-19, ou seja, irrelevantes à vida cristã sadia.

Landers bem coloca “ A fé bíblica exige a proclamação do Cristo vivo para as necessidades atuais, mas não exige necessariamente a rejeição dos traços culturais da modernidade.”
Landers ao falar sobre A COMPETÊNCIA DO INDIVÍDUO, expõe sobre a forma batista de orientar o cristão, dando a ele liberdade de chegar a suas próprias conclusões ao interpretar a Bíblia, não delegando a responsabilidade a igreja nem ao sacerdote; e a forma católica, onde a criança sem saber nada é batizada, independentemente a sua própria vontade, tendo a figura do clero como intercessor entre ela e Deus.

As escrituras apontam para o jeito batista de orientar, pois Jesus fala a Nicodemos que ninguém entra no reino dos céu sem nascer de novo; o que quer dizer mudar sua forma de viver, mas como uma criança não tem definição não irá mudar sua vida, e sim absorve-la momentaneamente, que pode abrir precedente para uma rebeldia justificada na ignorância, ( muito embora a Bíblia não a aceite).


Muito importante salientar é o livre exame e livre interpretação das escrituras, na religião católica até bem pouco tempo 1940, lia-se a missa em latim, onde o padre ficava de costas para o público. A igreja católica ainda hoje, baseia-se seus fundamentos no clero e laicato. Quando Lutero afirmou que só havia a autoridade das Escrituras, para conduzir a vida cristã, invalidou a autoridade do homem (clero), face a autoridade de Deus (as Escrituras).


Muito embora não concordemos com as posições católicas devemos respeitá-las como sendo igreja de Cristo, e a seus membros como cristãos, do contrário seremos parciais, dizendo erroneamente como o atual papa, que só há salvação dentro da igreja católica; o que foi contradito pelo Papa João XXIII. O terceiro princípio o da VIDA CRISTÃ, ou seja toda pessoa tem o direito de viver sua vida cristã, a começar da salvação pela graça. Este princípio é associado a Reforma Protestante do século XVI, e não só batista. È tão importante, que devemos salientá-lo; Saulo tentou desesperadamente seguir a lei judaica da época, não conseguindo, encontrou-se com Jesus no caminho para Damasco a quem passou à seguir; se deparou com “A lei leva o homem à graça, pois demonstra a incapacidade humana para vencer o pecado(Gal. 3. 24).” Com o passar dos séculos a igreja católica foi transformando a doutrina da graça em doutrina dos sacramentos, trocando o sacrifício de Jesus, por convenção humana, batismo, crisma, penitência, eucaristia, casamento, ordem, e extra-unção. Lutero lendo Rm 1.17, assim como Paulo, abandona a tradição da igreja para dar lugar agora as Escrituras “O justo viverá pela fé”, ou seja, a justificação só ocorre pela fé na graça de Jesus; sola gratia. Lutero verificou que dois sacramentos eram meios da graça alcançar o indivíduo; o batismo e a ceia do Senhor. Até estes mandamentos são contestados como não sendo os meios, mas sim apenas a fé na graça para a salvação, podendo a pessoa no seu último momento de vida ser salva.

Landers expõe as posições calvinistas e arminianas; para mim ambas estão erradas, pois atrelam a soberania do julgamento divino a letra da palavra e não ao que ela significa, Jesus expõe diversos condicionantes pessoais para entrada no reino do céu, que só Ele mesmo pode verificar na perseverança dos santos; no entanto ao absolver a adultera e ao afirmar que seu jugo é suave para os crentes e pela presença do Espírito na vida do crente, podemos chegar a certeza de perdão dos nossos pecados, pelo significado das escrituras Tg 3.2 “Porque todos tropeçamos em muitas coisas”, todos tropeçamos, se ficarmos com a letra ninguém entra no reino, mas se ficarmos com o sentido, todos tropeçamos e somos salvos pelo sangue de Jesus.

Os batistas sofreram perseguições em 1884, quando W. B. Bagby, foi iniciar outros trabalhos além do da Igreja em Salvador; aconteceu em Alagoas, Pernanbuco, e Minas Gerais. Neste mesmo ano ocorreu grande persseguição em Salvador aos batista, pois , a igreja católica soltou um boato , que quem não era enterrado no cemitério católico, não ia para o céu. Este assunto é bem relatado no livro “Perseguidos mas não desamparados” de Zaqueu Moreira de Oliveria.

A crise de vagas nos cemitérios ensejou uma rebeldia das igrejas católicas que cobraram preços extorsivos para deixarem um cristão ser enterrado em um cemitério católico; pois o cristão acreditava nos boatos.
Segundo Zaqueu, “Em geral, perseguição religiosa não atrasou o progrsso das missões batistas no Brasil. De acordo com alguns escritures, o trabalho na Bahia progrediu mais nos momentos em que enfrentava perseguição.”

A prisão de W. B. Bagby resultou em dez conversões. A tentativa de jogar uma bomba no culto na Bahia resultou em simpatia para o grupo batista.
Por quase quatrocentos anos , a Igreja Catóica Romana esteve oficialmente ligada ao governo brasileiro. Em 15 de novembro de 1890 entretanto , o Imperador do Brasil foi exilado , indo para França, e o país teve sua República proclamada. Em janeiro de 1890 foi decretada a separação entre Igreja e Estado. Foi um período de alegria para todos os protestantes do Brasil. É verdade que era apenas uma separação formal, pelo que seus efeitos mais drásticos para Igreja foram de curta duração.

Os antagonismos existentes foram diminuindo, até que, mais tarde, o monimento laico católico foi ganhando hegemonia e primazia, obtendo mairoes vitórias com as mudanças processadas nas décadas de 1920 e 1930. Entretanto, no período que está agora sendo levado em consideração, ou melhor , entre 1890 e 1900, houve muita euforia e esperança da parte dos protestantes no Brasil, embora a Igreja tenha agido sorrateiramente, burlando as leis e tentando paulatinamente influenciar os novos governantes.
O quarto princípio é o da igreja, “uma igreja batista é uma associação voluntária de crentes.”“Irmãos e irmãs que compartilham da experiência comum de salvação em Jesus Cristo organizam-se para viverem juntos sua fé.”

Ainda segundo Landers, “ alguns alegam que os batistas, com sua ênfase sobre a associação voluntária, ignoram a natureza divina da igreja.

A igreja é muito mais do que um clube ; é uma associação formada pela ação do Espírito Santo.” Os batistas reconhecem o aspecto transcendente do corpo de Cristo, mas querem ressaltar a identidade concreto do povo de deus no tempo e no espaço.


A definição de igreja pela Convenção Batista Brasileira de 1916 declara:
“Cremos que uma igreja visível de Cristo é uma congregação de crentes batistas que se associam por um pacto na fé e na comunhão do evangelho; que observam as ordenanças de Cristo e são governados por suas leis; que usam os dons, direitos e privilégios a eles concedidos pela Palavra; que seus únicos oficiais, segundo as Escrituras, são os Bispos ou pastores e os diáconos cujas qualificações, direitos e deveres estão definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito.”

O autor diz que nunca existiu uma igreja perfeita, gloriosa, sem mácula, nem ruga, santa e irrepreensível, temos as igrejas locais que estão longe da igreja idealizada por Paulo em Ef 5.27 , igreja esta idealizada no céu, pois aqui não conseguimos tanta perfeição, na realidade estamos muito distantes deste alvo, estamos mais para um clube com relances de espiritualidade, e fazendo sofrer muito o Espírito Santo que nos acompanha.
Landers aborda que a postura da Igreja Católica é se declarar a igreja propriamente dita, e as demais como irmãos separados, e também o Conselho Mundial de Igrejas , se intitula não uma igreja mas o representante da igreja universal; e outras entidades paraeclesiásticas pretendem unir todas as igrejas e falam em nome da “Igreja de Jesus Cristo”. Para mim este esforço é louvável, demonstra amor ao próximo em forma de tolerância , respeito e amor.

A tarefa contínua como sendo o ministério dos servos de Deus, temos no capítulo sétimo o perigo do líder espiritual tomar o lugar de Deus, exemplo os cléricos do primeiro milênio da história cristã, além de pastores e pregadores se intitulavam como sacerdotes com poderes especiais para ministrar sacramentos, controlando os meios da graça, assumindo poderio inimaginável.
Segundo Landers, o ministério é serviço. È exercido pelos crentes ao levarem o evangelho as almas perdidas, “ele persta o maior serviço possível,”; ele também presta serviço a igreja; e presta serviço a Deus indiretamente com os serviços aos outros e diretamente com cânticos, louvores e oração.

Os serviços se dividem em três tipos de ministérios:

1- Serviço ao mundo;
2- Serviço à igreja;
3- Serviço de culto à Deus.


O ministério tem dois aspectos, o de liderança e o serviço; os discípulos queriam ser líderes mas não servos, “muitos que são os primeiros serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros... Qualquer que entre vós quiser o primeiro, será servo de todos” ( Mt 10.31;44). “Todos os crentes são ministros, mas nem todos são líderes do ministério da igreja.” Ainda segundo Landers a principal tarefa dos ministros è: O ministério é a função da igreja como o corpo vivo de Cristo. É necessário rejeitar a noção popular de que o pastor é assalariado para ministrar enquanto os demais crentes pagam seu ordenado. Os líderes não devem ser pagos para fazer aquilo que é o dever de todos.

A tarefa principal dos ministros é tornar possível o ministério da igreja. O ministério é da igreja, o corpo de Cristo, e deve envolver ativamente todos os membros do corpo.
Conforme Efésios 4.11_12 Cristo “deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo...” Segundo Efésios 2.20, Cristo edificou sua igreja “sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas”. Estes fá morreram, e não existem mais apóstolos e profetas na função dos iniciais. Ainda há evangelistas, pastires e mestres.

Estes líderes têm uma função principal: “ o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço”. Isto quer dizer que a liderança existe para treinar, organizar e mobilizar o povo de Deus para o ministério.
A igreja é como uma orquestra. Cem músicos tocam juntos. Cada um dá a sua contribuição, mas a música não é só de um nem de outro. Todos os músicos produzem som – aliás, todos menos o maestro; mas sem o maestro a orquestra faria um estrondo. Quem assiste a um concerto não ouve o violino de fulano, nem o fagote de sicrano; esses aparecem aqui ou ali, mas a música é de todos.

Na igreja, como na orquestra, é necessário que cada participante fique em seu lugar. Existe ordem na igreja; um lugar para todos e todos em seus lugares. É importante, porém, que os crentes encontrem seus lugares de participação. Num mundo necessitado do evangelho, é mister que nenhum crente fique em seu lugar sem fazer nada.
Os maiores recursos das igrejas são recursos humanos. Alguma igrejas vivem o evangelho enquanto outras dormem ou brigam. Muitas vezes a diferença está na participação.

Quando os crentes pensam que o ministério é do pastor e que o papel dos crentes é essencialmente passivo, é natural que eles pouco se animem pela causa. Por outro lado, quando os irmãos percebem que o ministério é da igreja e que o papel do pastor é “aperfeiçoar os santos para a obra do ministério” , a igreja começa a viver o evangelho. O futuro realizador está com aquelas igrejas que mobilizam seu povo e com os líderes que aperfeiçoam “os santos para a obra do ministério”.


Tiago Di Mônaco.

11/2009

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