Há quem se sinta
ofendido vendo críticas que faço ao modelo pastoral que grassa no meio evangélico atual .
É
engraçado. Os que se ofendem, sabem que o que se faz é uma afronta à nossa
inteligência, aos princípios éticos e morais. Sabem. Os que me leem sabem que
aceitar depósito em conta no valor de R$ 100.000,00 ou R$ 1.000.000,00 sem
querer saber de onde esse dinheiro vem não é prática que evidencie modelo
pastoral. Sabem que vender bíblia a R$ 900,00, um lenço a 200,00, TV a cabo,
CDs ,livros, em não sei quantas vezes no boleto ou cartão de crédito não
deveria ser coisa de igreja. Sabem que usar dinheiro de dízimos e ofertas que
não são tributados pra comprar grade horária na 2ª maior emissora de TV do país
acima do valor de mercado não deveria ser negócio de “Homens de Deus”. Mas,
mesmo sabendo dizem: “Júnior, se estão fazendo errado, só cabe a Deus julgar.” De
certa forma entendo... é o sistema defendendo o sistema, a roda tem que
continuar a girar...
Identificar
os falsos pastores que estão aí no mercado é fácil. Difícil é imaginar-se que
tipo de religioso é preciso para, desde dentro do sistema, explodir
inteiramente com eles, dando à luz a um modelo completamente diferente... Não
fazem. Pior, fazem o que podem para calar quem pensa com coerência...
E
não se enganem: os modelos dos quais falamos aqui não tem nada a ver com o
modelo dele - seja lá qual imagem dele tomarmos nos Evangelhos. O Cristo da
tradição pascal, seus modelos de tratar Deus como "paizinho", de
trancar-se no quarto - e não no Templo ou na sinagoga - para falar com ele, de
romper com o sábado e pôr-se acima dele... Não, não mesmo.
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