Consegui arrumar um tempinho entre as atividades familiares, do trabalho, da faculdade e da igreja...(ufa)... para assistir à trilogia do filme "Matrix" nesse último final de semana. Tentando entendê-lo, pesquisei alguma coisa na internet que falasse sobre o tema. Achei o vídeo abaixo, que mostra um trecho do filme no qual fiquei refletindo e também o texto na sequencia abaixo, de autoria de Erico Tadeu do blog Salva-Vidas que diz exatamente o que penso e também o que aconteceu em minha vida...
Eu também tomei a pílula vermelha...
Um dia desses, enquanto dirigia passei a me questionar acerca da minha fé. Não me lembro exatamente o porquê. Mas me fazia estas perguntas: Por que eu sou cristão? Por que eu frequento uma igreja? Para ser cristão eu preciso frequentar a igreja? Por que eu acredito naquilo em que acredito? Não contente com esses questionamentos, procurei refletir um pouco sobre o assunto.
Esses questionamentos provoracam um desequilíbrio em minha fé cristã. E isso foi bom, pois ao procurar um novo estado de equilíbrio, percebi que minha fé em Jesus Cristo fora fortalecida, como num processo de equilbração majorante descrito por Jean Piaget. Não pretendo, aqui, dar explicações teológicas a essas questões, até porque não sou teólogo, tampouco estudioso em teologia. Minha formação acadêmica é em física, sou físico e licenciado em física, e todo os meus estudos posteriores têm sido na área da educação, e agora, também, em microscopia eletrônica. Com relação ao campo da teologia (se é que assim posso dizer), ainda venho engatinhando.
Por que sou cristão? Quando me fiz essa pergunta, não estava questionando apenas a minha própria consciência. Estava orando e também fiz tal pergunta a Jesus. Perguntar ao próprio Deus por que eu creio nele me pareceu algo estranho. Afinal, será que a análise da minha própria fé estaria sendo "isenta"? Me converti à fé cristã aos 15 anos de idade, aceitando a Jesus como único Senhor e Salvador da minha vida, e de lá pra cá tenho caminhado com Jesus, nos passos da fé cristã apostólica. Nesse tempo tenho aprendido os valores da vida cristã, num processo de enculturação. Minha cultura não fora mudada, completamente, mas tenho apreendido novos valores da vida cristã. Jesus Cristo foi forjando em mim um novo caráter, Cristo me permitiu enxergar o mundo a partir de um novo referencial. É como ter consciência da "Matrix".
No primeiro filme da trilogia "Matrix", o Morpheus oferece ao Neo duas pílulas (na mão esquerda uma azul, e não mão direita, uma vermelha). Morpheus diz ao Neo que, tomando a pílula azul, tudo voltaria ao normal e ele continuaria vivendo a sua vida, sem ter consciência do seu mundo e acordaria em sua cama acreditando no que quisesse. A pílula vermelha proporcionaria ao Neo ir ao "País das Maravilhas" e Neo saberia até onde vai a "toca do coelho". Tomar a pílula vermelha é tomar consciência da "Matrix". Mesmo Morpheus não consegue definir o que é a Matrix, mas ele a descreve assim:
"A Matrix está em todo lugar. À nossa volta. Mesmo agora, nesta sala. Você pode vê-la quando olha pela janela ou quando liga sua televisão. Você a sente quando vai para o trabalho, quando vai à igreja, quando paga seus impostos. É o mundo que foi colocado diante dos seus olhos para que você não visse a verdade. Que você é um escravo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro, nasceu numa prisão que não consegue sentir nem tocar. Uma prisão para sua mente".
Usando a Matrix como uma analogia, o cativeiro e a prisão onde as pessoas nascem é o mundo de pecados em que reina a morte. Morte, aqui, não significa aniquilação, mas separação de Deus. Segundo a Bíblia todo homem sem Deus é morto espiritualmente (EFÉSIOS 2:5; COLOSSENSES 2:13; APOCALIPSE 3:1). Em Mateus (8:21,22) um dos seguidores de Jesus lhe pedira para sepultar seus pais antes de o seguir, e Jesus lhe disse que deixasse aos mortos essa tarefa: "Venha comigo e deixe que os mortos sepultem os seus mortos" (Nova Tradução na Linguagem de Hoje - NTLH). Também em Lucas (15:24;32) Jesus faz essa comparação, o filho pródigo é comparado a um morto e agora revive de volta à presença do pai. Em Efésios (2:1; NTLH) Paulo escreve: "Antigamente, por terem desobedecido a Deus e por terem cometido pecados, vocês estavam espiritualmente mortos".
A Cruz de Cristo reconcilia o homem com Deus e em Jesus todos são tornados filhos de Deus, por adoção (ROMANOS 8:15 e 9:4; GÁLATAS 4:5; EFÉSIOS 1:5). Embora estejamos no mundo, Jesus disse que não somos do mundo, e por isso o mundo nos odeia (JOÃO 15:19). Aceitar que Jesus mude nossa vida é como tomar a pílula vermelha (digo "como", pois não há analogia que descreva perfeitamente a liberdade que temos em Cristo Jesus, através do plano da salvação). Aceitar a salvação em Cristo é como ser livre do cativeiro da Matrix. Em Cristo passamos a enxergar o mundo como ele é e ter consciência desse mundo natural (ou virtual?) e de um outro mundo real, que também é espiritual (representada no filme, pela cidade Zion, ou Sião). Tendo, pois, consciência de quem eu sou em Cristo, não me preocupo com a objeção ao meu primeiro questionamento que fiz ao próprio Deus acerca da minha fé Nele. Tenho consciência da "Matrix" e de "Zion".
John Stott aponta em seu livro "Porque sou cristão" algumas razões para isso, dentre elas:
(1) Porque Cristo me escolheu, e não eu a ele. Stott compara Jesus a um "cão de caça do céu". Não sou cristão porque atendi um apelo para ir à frente da igreja num belo culto, ou porque fiz uma oração de entrega a Deus, simplesmente. Sou cristão porque Jesus me escolheu e me chamou para ser filho de Deus;
(2) Sou cristão pelas afirmações de Jesus acerca de si próprio. Diferentemente de qualquer outro líder religioso, ou qualquer outro profeta, Jesus declarou ser Deus e assumiu essa condição;
(3) Por causa da cruz de Cristo. Em Jesus Deus manifestou seu amor e sua justiça. Ele foi justo condenando o pecado na carne, no corpo de Jesus, cumprindo a professia de Isaías (ISAÍAS, 56:4-10); e "amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (JOÃO, 3:16). Como oferta e sacrifício vivo Jesus se entregou para morrer em nosso lugar e pagar o preço pelo nosso pecado. Por preço de sangue Ele nos comprou para Si próprio.
Como John Stott coloca, alguém simplesmente poderia dizer: por que Deus simplesmente não perdoa os pecados? A questão é porque Deus é justo, e a Bíblia diz que "o salário do pecado é a morte" (ROMANOS, 6:23). Dessa forma o pecado deve ser condenado na carne, naquele que pecou. E porque Deus é amor, ele nos ofereceu o perdão pelos pecados oferecendo a Si próprio, em Jesus, para que o pecado fosse condenado no corpo de Cristo, na cruz. Mesmo sem ter pecados, Jesus se fez maldito (GÁLATAS, 3:13) levando sobre Si os nossos pecados, pagando preço de sangue. Jesus comprou a nossa "carta de alforria" e a queimou, nos oferecendo a liberdade de sermos nós mesmos, a liberdade de encontrarmos o nosso eu verdadeiro, em Cristo. Jesus "morreu a nossa morte para vivermos a Sua vida".
"Lembre-se... Tudo que ofereço é a verdade, nada mais."
Eu também tomei a pílula vermelha...
Um dia desses, enquanto dirigia passei a me questionar acerca da minha fé. Não me lembro exatamente o porquê. Mas me fazia estas perguntas: Por que eu sou cristão? Por que eu frequento uma igreja? Para ser cristão eu preciso frequentar a igreja? Por que eu acredito naquilo em que acredito? Não contente com esses questionamentos, procurei refletir um pouco sobre o assunto.
Esses questionamentos provoracam um desequilíbrio em minha fé cristã. E isso foi bom, pois ao procurar um novo estado de equilíbrio, percebi que minha fé em Jesus Cristo fora fortalecida, como num processo de equilbração majorante descrito por Jean Piaget. Não pretendo, aqui, dar explicações teológicas a essas questões, até porque não sou teólogo, tampouco estudioso em teologia. Minha formação acadêmica é em física, sou físico e licenciado em física, e todo os meus estudos posteriores têm sido na área da educação, e agora, também, em microscopia eletrônica. Com relação ao campo da teologia (se é que assim posso dizer), ainda venho engatinhando.
Por que sou cristão? Quando me fiz essa pergunta, não estava questionando apenas a minha própria consciência. Estava orando e também fiz tal pergunta a Jesus. Perguntar ao próprio Deus por que eu creio nele me pareceu algo estranho. Afinal, será que a análise da minha própria fé estaria sendo "isenta"? Me converti à fé cristã aos 15 anos de idade, aceitando a Jesus como único Senhor e Salvador da minha vida, e de lá pra cá tenho caminhado com Jesus, nos passos da fé cristã apostólica. Nesse tempo tenho aprendido os valores da vida cristã, num processo de enculturação. Minha cultura não fora mudada, completamente, mas tenho apreendido novos valores da vida cristã. Jesus Cristo foi forjando em mim um novo caráter, Cristo me permitiu enxergar o mundo a partir de um novo referencial. É como ter consciência da "Matrix".
No primeiro filme da trilogia "Matrix", o Morpheus oferece ao Neo duas pílulas (na mão esquerda uma azul, e não mão direita, uma vermelha). Morpheus diz ao Neo que, tomando a pílula azul, tudo voltaria ao normal e ele continuaria vivendo a sua vida, sem ter consciência do seu mundo e acordaria em sua cama acreditando no que quisesse. A pílula vermelha proporcionaria ao Neo ir ao "País das Maravilhas" e Neo saberia até onde vai a "toca do coelho". Tomar a pílula vermelha é tomar consciência da "Matrix". Mesmo Morpheus não consegue definir o que é a Matrix, mas ele a descreve assim:
"A Matrix está em todo lugar. À nossa volta. Mesmo agora, nesta sala. Você pode vê-la quando olha pela janela ou quando liga sua televisão. Você a sente quando vai para o trabalho, quando vai à igreja, quando paga seus impostos. É o mundo que foi colocado diante dos seus olhos para que você não visse a verdade. Que você é um escravo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro, nasceu numa prisão que não consegue sentir nem tocar. Uma prisão para sua mente".
Usando a Matrix como uma analogia, o cativeiro e a prisão onde as pessoas nascem é o mundo de pecados em que reina a morte. Morte, aqui, não significa aniquilação, mas separação de Deus. Segundo a Bíblia todo homem sem Deus é morto espiritualmente (EFÉSIOS 2:5; COLOSSENSES 2:13; APOCALIPSE 3:1). Em Mateus (8:21,22) um dos seguidores de Jesus lhe pedira para sepultar seus pais antes de o seguir, e Jesus lhe disse que deixasse aos mortos essa tarefa: "Venha comigo e deixe que os mortos sepultem os seus mortos" (Nova Tradução na Linguagem de Hoje - NTLH). Também em Lucas (15:24;32) Jesus faz essa comparação, o filho pródigo é comparado a um morto e agora revive de volta à presença do pai. Em Efésios (2:1; NTLH) Paulo escreve: "Antigamente, por terem desobedecido a Deus e por terem cometido pecados, vocês estavam espiritualmente mortos".
A Cruz de Cristo reconcilia o homem com Deus e em Jesus todos são tornados filhos de Deus, por adoção (ROMANOS 8:15 e 9:4; GÁLATAS 4:5; EFÉSIOS 1:5). Embora estejamos no mundo, Jesus disse que não somos do mundo, e por isso o mundo nos odeia (JOÃO 15:19). Aceitar que Jesus mude nossa vida é como tomar a pílula vermelha (digo "como", pois não há analogia que descreva perfeitamente a liberdade que temos em Cristo Jesus, através do plano da salvação). Aceitar a salvação em Cristo é como ser livre do cativeiro da Matrix. Em Cristo passamos a enxergar o mundo como ele é e ter consciência desse mundo natural (ou virtual?) e de um outro mundo real, que também é espiritual (representada no filme, pela cidade Zion, ou Sião). Tendo, pois, consciência de quem eu sou em Cristo, não me preocupo com a objeção ao meu primeiro questionamento que fiz ao próprio Deus acerca da minha fé Nele. Tenho consciência da "Matrix" e de "Zion".
John Stott aponta em seu livro "Porque sou cristão" algumas razões para isso, dentre elas:
(1) Porque Cristo me escolheu, e não eu a ele. Stott compara Jesus a um "cão de caça do céu". Não sou cristão porque atendi um apelo para ir à frente da igreja num belo culto, ou porque fiz uma oração de entrega a Deus, simplesmente. Sou cristão porque Jesus me escolheu e me chamou para ser filho de Deus;
(2) Sou cristão pelas afirmações de Jesus acerca de si próprio. Diferentemente de qualquer outro líder religioso, ou qualquer outro profeta, Jesus declarou ser Deus e assumiu essa condição;
(3) Por causa da cruz de Cristo. Em Jesus Deus manifestou seu amor e sua justiça. Ele foi justo condenando o pecado na carne, no corpo de Jesus, cumprindo a professia de Isaías (ISAÍAS, 56:4-10); e "amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (JOÃO, 3:16). Como oferta e sacrifício vivo Jesus se entregou para morrer em nosso lugar e pagar o preço pelo nosso pecado. Por preço de sangue Ele nos comprou para Si próprio.
Como John Stott coloca, alguém simplesmente poderia dizer: por que Deus simplesmente não perdoa os pecados? A questão é porque Deus é justo, e a Bíblia diz que "o salário do pecado é a morte" (ROMANOS, 6:23). Dessa forma o pecado deve ser condenado na carne, naquele que pecou. E porque Deus é amor, ele nos ofereceu o perdão pelos pecados oferecendo a Si próprio, em Jesus, para que o pecado fosse condenado no corpo de Cristo, na cruz. Mesmo sem ter pecados, Jesus se fez maldito (GÁLATAS, 3:13) levando sobre Si os nossos pecados, pagando preço de sangue. Jesus comprou a nossa "carta de alforria" e a queimou, nos oferecendo a liberdade de sermos nós mesmos, a liberdade de encontrarmos o nosso eu verdadeiro, em Cristo. Jesus "morreu a nossa morte para vivermos a Sua vida".
"Lembre-se... Tudo que ofereço é a verdade, nada mais."
Muito bacana o texto Junior...
ResponderExcluirEu tenho uma outra teoria sobre o que realmente é a Matrix...mas deixa pra lá...rsrsrsr
Abraços, amigão!
Bom final de semana.