Conversando essa semana com um pastor amigo meu, que acabara de fazer uma visita á uma pessoa com uma grave enfermidade, trocamos algumas rápidas palavras sobre a dificuldade que temos em lidar com graves enfermidades e com a morte ou a iminência dela.
Ao nos encontrarmos frente a pessoas nessa situação, temos a tendência de perder as palavras, e nos consternar a ponto de sofrer um grande desequilíbrio emocional. A morte, seja ela repentina ou pré-anunciada, definitivamente é uma situação para a qual nós humanos, não fomos preparados...
Fiquei pensando nisso e lembrei-me de um relato bíblico que nos apresenta uma situação que aponta para uma reflexão sobre o sentimento que temos ante as graves enfermidades e à morte...
O evangelho de João, nos conta sobre um homem chamado Lázaro que sofria de uma enfermidade que imaginamos, era grave, pois levou-o a falecer. Marta, sofria terrivelmente com a morte do irmão, quando Jesus aparece e diz que irá “despertá-lo”.
Na sequência essas são as palavras de Marta a Jesus: “Senhor, agora após quatro dias, deve cheirar mal”. (Jo. 11:39). Interessante notarmos que Jesus vai ao túmulo de Lázaro somente quatro dias após seu falecimento... e isso pode nos esclarecer o motivo de suas palavras no início do texto: “Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” (Jo. 11:4). 11:4. Jesus explica que aquela doença, apesar de ter provocado a morte de Lázaro, não tinha esse objetivo. A enfermidade de Lázaro tinha um objetivo que as pessoas não estavam conseguindo enxergar... Assim como nós também ficamos perdidos tentando encontrar uma explicação para esses tipos de situação... Nossas graves enfermidades, podem não ter como fim, a morte, mesmo que no final... seja isso que aconteça.
Antes de Jesus agir, ele deixa claro para Marta o significado desse acontecimento: Ele diz: “Teu irmão ressuscitará”. Jesus não iria prestar um favor humano para Marta, mas demonstrar a todos que ali estavam e a nós, sua autoridade sobre a vida e a morte.
Jesus ao provar que pode ressuscitar Lázaro, está declarando aos seus seguidores que a sua própria morte na cruz será voluntária.
“Por isso o Pai me ama, por que dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim. Não, eu a dou livremente. Tenho o poder de entregá-la e o poder de retomá-la, Este é o preceito que recebi de meu Pai.” (Jo. 10:17-18)
Apesar de fazer essa magnífica afirmação, o texto mostra Jesus emocionalmente agitado, como nunca esteve antes, á medida que se aproxima do túmulo de Lázaro. As palavras são fortes:
Quando Jesus a vê chorar (Maria), e também aos judeus que a acompanhavam, comoveu-se interiormente e expressou sua paixão. E disse: “onde o sepultastes...?” Eles lhe responderam: “Senhor, vem e vê.” Jesus chorou e fez com que os judeus dissessem: “Vede quanto o amava”. Mas alguns disseram: “Este que abriu os olhos do cego, não poderia ter evitado sua morte ?” Mais uma vez porém Jesus se emocionou ao se aproximar do túmulo. (Jo. 11:33-38).
Não é de se admirar que fiquemos atônitos diante da morte e de sua iminência. O próprio filho de Deus ficou assim...
Mas porque se Jesus sabe que pode e que ressuscitará Lázaro, fica tão perturbado e em lágrimas ?
Por que esse episódio deixa transparecer o lado humano de Jesus. Sua agonia começa aí. Ele sabe que sua vitória sobre a morte faz parte de sua própria luta pessoal. Previu ali que sofreria uma tortura hedionda que poria fim à sua vida.
Voltando ao diálogo de Marta com Jesus, quando este lhe diz que Lázaro ressuscitaria, Marta responde: “Sei, disse Marta, que ressuscitará na ressurreição do último dia”.
Então Jesus lhe diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso ?
Marta disse: “Sim eu creio que és o Messias, filho de Deus, que veio ao mundo.” (Jo. 11:23-27)
Morte... como lidamos com ela ?
Pois...
“Se é só para essa vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima” (1 Cor 15:19).
Que Deus possa nos confortar e nos dar compreensão para coisas tão difíceis de entendermos...
José B. Silva Junior.
Texto escrito com base na obra de G.Wills – “O que Jesus quis dizer”.
Ao nos encontrarmos frente a pessoas nessa situação, temos a tendência de perder as palavras, e nos consternar a ponto de sofrer um grande desequilíbrio emocional. A morte, seja ela repentina ou pré-anunciada, definitivamente é uma situação para a qual nós humanos, não fomos preparados...
Fiquei pensando nisso e lembrei-me de um relato bíblico que nos apresenta uma situação que aponta para uma reflexão sobre o sentimento que temos ante as graves enfermidades e à morte...
O evangelho de João, nos conta sobre um homem chamado Lázaro que sofria de uma enfermidade que imaginamos, era grave, pois levou-o a falecer. Marta, sofria terrivelmente com a morte do irmão, quando Jesus aparece e diz que irá “despertá-lo”.
Na sequência essas são as palavras de Marta a Jesus: “Senhor, agora após quatro dias, deve cheirar mal”. (Jo. 11:39). Interessante notarmos que Jesus vai ao túmulo de Lázaro somente quatro dias após seu falecimento... e isso pode nos esclarecer o motivo de suas palavras no início do texto: “Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” (Jo. 11:4). 11:4. Jesus explica que aquela doença, apesar de ter provocado a morte de Lázaro, não tinha esse objetivo. A enfermidade de Lázaro tinha um objetivo que as pessoas não estavam conseguindo enxergar... Assim como nós também ficamos perdidos tentando encontrar uma explicação para esses tipos de situação... Nossas graves enfermidades, podem não ter como fim, a morte, mesmo que no final... seja isso que aconteça.
Antes de Jesus agir, ele deixa claro para Marta o significado desse acontecimento: Ele diz: “Teu irmão ressuscitará”. Jesus não iria prestar um favor humano para Marta, mas demonstrar a todos que ali estavam e a nós, sua autoridade sobre a vida e a morte.
Jesus ao provar que pode ressuscitar Lázaro, está declarando aos seus seguidores que a sua própria morte na cruz será voluntária.
“Por isso o Pai me ama, por que dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim. Não, eu a dou livremente. Tenho o poder de entregá-la e o poder de retomá-la, Este é o preceito que recebi de meu Pai.” (Jo. 10:17-18)
Apesar de fazer essa magnífica afirmação, o texto mostra Jesus emocionalmente agitado, como nunca esteve antes, á medida que se aproxima do túmulo de Lázaro. As palavras são fortes:
Quando Jesus a vê chorar (Maria), e também aos judeus que a acompanhavam, comoveu-se interiormente e expressou sua paixão. E disse: “onde o sepultastes...?” Eles lhe responderam: “Senhor, vem e vê.” Jesus chorou e fez com que os judeus dissessem: “Vede quanto o amava”. Mas alguns disseram: “Este que abriu os olhos do cego, não poderia ter evitado sua morte ?” Mais uma vez porém Jesus se emocionou ao se aproximar do túmulo. (Jo. 11:33-38).
Não é de se admirar que fiquemos atônitos diante da morte e de sua iminência. O próprio filho de Deus ficou assim...
Mas porque se Jesus sabe que pode e que ressuscitará Lázaro, fica tão perturbado e em lágrimas ?
Por que esse episódio deixa transparecer o lado humano de Jesus. Sua agonia começa aí. Ele sabe que sua vitória sobre a morte faz parte de sua própria luta pessoal. Previu ali que sofreria uma tortura hedionda que poria fim à sua vida.
Voltando ao diálogo de Marta com Jesus, quando este lhe diz que Lázaro ressuscitaria, Marta responde: “Sei, disse Marta, que ressuscitará na ressurreição do último dia”.
Então Jesus lhe diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá e quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso ?
Marta disse: “Sim eu creio que és o Messias, filho de Deus, que veio ao mundo.” (Jo. 11:23-27)
Morte... como lidamos com ela ?
Pois...
“Se é só para essa vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima” (1 Cor 15:19).
Que Deus possa nos confortar e nos dar compreensão para coisas tão difíceis de entendermos...
José B. Silva Junior.
Texto escrito com base na obra de G.Wills – “O que Jesus quis dizer”.