Conversa
de segunda-feira de manhã, meu colega de trabalho diz bom dia e pergunta (pra
me provocar): Foi na igreja ontem? Ele me conhece, conhece a minha historia, e
faz a pergunta só pra me ver dar aquela risadinha irônica... e só a risadinha
já responde a pergunta dele... O que ele
esperava mesmo é ouvir de mim (além da risadinha), alguma crítica em relação ao
assunto. Talvez porque lá na “igreja” aonde ele vai, ninguém fale, sobre o que
ele gosta de falar comigo...
Já tivemos essas conversas muitas
vezes e ele sabe que meu objetivo é a crítica transformadora. Não é a crítica
destrutiva. Interessa-me saber o que o sujeito pensa, no que ele
acredita, em que ele se engaja, a que ele se dedica.
Mas... como disse um pastor pra mim
dias atrás: “é cômodo ficar olhando a distância e tirando conclusões, apenas
criticando de forma inconsequente”... O meio não suporta críticas. Uma vez que
você saiu do “templo”... Você está longe ... Sabe aquela história do pedreiro
que constrói um muro torto? Se você não é pedreiro, como pode falar mal do
serviço? É mais ou menos por aí... Viva com o muro torto e não diga nada...
Mas são apenas palavras, que eu
mesmo não pegarei em armas contra os poderes eclesiásticos...
O que significa, hoje, dizer que se
é cristão? Há tantos modelos!, e modelos antagônicos!. E, no
entanto, todos eles se dizem cristãos. Assim, "cristão" virou um rótulo de
grife, com pouquíssimo conteúdo histórico. De modo que a questão me parece
irrelevante. Os meus valores são, em certo sentido, protestantes, no
sentido teórico-filosófico da corrente. Teologicamente, não: porque o
Protestantismo é "clássico", e minha teologia não acompanha mais a
estrada clássica, das doutrinas reveladas.Se isso é poder ser chamado de cristão,
sou.
Se ser cristão é estar, dia sim e dia também, em templos, sentado, de pé, calado, pulando, ouvindo sermões que, muitas vezes, não têm nenhuma fundamentação nem em Bíblia nem em Tradição alguma, a mistura de mau gosto entre Faustão, Pânico na TV e Jô Soares; se ser cristão é repetir, sob a batuta de um sacerdote disfarçado ou ordenado, mantras, mitos e modas; se ser cristão é condenar todos os outros religiosos; se ser cristão é ficar a olhar para cima, é ficar repetindo jargões planejados, se é entrar no grupo de louvor à Teló; se ser cristão é querer impor a todos os outros minha moral, minha tradição e as verdades de "meu Deus" - bem, game over.
Se ser cristão é estar, dia sim e dia também, em templos, sentado, de pé, calado, pulando, ouvindo sermões que, muitas vezes, não têm nenhuma fundamentação nem em Bíblia nem em Tradição alguma, a mistura de mau gosto entre Faustão, Pânico na TV e Jô Soares; se ser cristão é repetir, sob a batuta de um sacerdote disfarçado ou ordenado, mantras, mitos e modas; se ser cristão é condenar todos os outros religiosos; se ser cristão é ficar a olhar para cima, é ficar repetindo jargões planejados, se é entrar no grupo de louvor à Teló; se ser cristão é querer impor a todos os outros minha moral, minha tradição e as verdades de "meu Deus" - bem, game over.
Mas quem disse que isso é ser
cristão? Eles? Ah... entendi....
Certamente que encontrarei em mim, ainda, muito da tradição cristã. Não a
negarei, jamais. Mas, ao contrário de muitos de meus amigos, meu discurso não é
de didática positiva, de escrever sobre as coisas boas do Cristianismo, com o
intuito de que se deixem de fazer as coisas ruins que igualmente o
caracterizam. Não - eu pinto, com cores fortes, os crimes que cometeram contra
mim e que se cometem dentro das “igrejas” às quais meu colega perguntou se eu teria
ido ontem...
E vamos trabalhar... que a Segunda-Feira é braba...
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