Vivemos um tempo de inversões.
Principalmente no que diz respeito aos valores éticos e morais. Cada vez em mais situações, notamos que o comportamento de quebrar regras e desrespeitar normas é objeto de admiração de muitas pessoas. Vivemos num tempo onde os valores são violentados todos os dias por diversos meios e atitudes. A todo o momento as pessoas são reprimidas por agirem com cordialidade e simultaneamente incentivadas a transgredirem os princípios morais.
É... Não foi à toa que Rui Barbosa disse: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
Segue uma “estorinha”, (uma parábola talvez), para exemplificar esse tipo de situação:
“Pessoa membro de comunidade que tem como missão pregar a ética, moral, bons costumes e ajuste espiritual, é adepta da prática de furto. Sabe-se porque há testemunho.
A vítima do furto é procurada pelo líder da comunidade da qual é adepto o acusado, que diz haver injustiça nessa inculpação, pois o testemunho do furto não parte de pessoa em quem se deva confiar. O líder entende não haver crédito na palavra de quem não está inserido em seu grupo e/ou compactua de sua fé.
A “alta cúpula” da liderança da comunidade da qual o acusado de furto faz parte, reúne-se (como de praxe nesse tipo de situação) e por fim chega-se a conclusão de que o verdadeiro culpado não é o acusado de furto, mas sim quem foi furtado, por levantar falso testemunho e caluniar contra um inocente. À fogueira com ele... O tempo é o senhor da razão... Outros testemunhos e provas se apresentam e fica demonstrada a culpa do verdadeiro embusteiro, o acusado desde o princípio.
Sem retratação. Sem pedido de perdão.
Uma coisa, porém, penso ser certa:
“Nem sempre conseguimos mascarar por muito tempo nossas verdadeiras intenções e planos matreiros. Não dá para enganar as pessoas por tempo indeterminado. Após vestirmos as roupagens da afabilidade e doçura para encobrir rudeza e desrespeito, vem a realidade dura e cruel que desnuda aqueles lobos que vestem a “pele de ovelha”.
Ter duas ou mais faces resulta gradativamente em uma psicose da vida mental, porque, de tanto representar, um dia perdemos a consciência de quem somos e do que queremos na vida.
Necessário se faz então que busquemos com todas as nossas forças, sermos autênticos. Que lutemos sempre por descobrir nossas reais potencialidades interiores, que herdamos da Divina Paternidade. Esforçando-nos por desenvolvê-las, agiremos com maior naturalidade e, conseqüentemente, estaremos em paz conosco e com o mundo.
É o que nos resta nesse tempo inverso...
"A injustiça em qualquer lugar é um atentado contra a justiça em todos os lugares".
Martin Luther King
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